CROWN ( Camila/You G!P )

Capítulo 12

S/N POV

— Eu não gostei da forma que falou com ela, S/N! Camila não merecia aquilo! Nenhuma mulher merece ser tratada daquela forma! – Lauren contraiu os maxilares irritada. Suas mãos delicadas se fecharam em punhos cerrados, prontas para me dar um soco.

— Eu tô cagando pro que você gosta, ou deixa de gostar, maninha. – Lauren riu, um som alto e debochado.

— Você não está conseguindo mais, não é, S/N? – Ela sorriu de leve, os lábios repuxados de maneira gozadora.

— O que não estou conseguindo Lauren? – Minha voz assumiu o mesmo tom que a minha mãe usava quando eu era mais nova e queria brincar com objetos cortantes.

— Odiá-la, desprezá-la...

— Você não sabe o que está falando, Lauren! – A cortei rude. Ela levantou um canto dos lábios com a minha fala.

— Não? Oh! Porque, acreditar na mentira, é muito mais fácil, do que acreditar na verdade? Porque, Camila tem desempenhado um papel além do esperado por você? Porque, ela está sempre ansiosa para agradar você? Mesmo quando a trata mal? Porque, fazê-la te odiar, é mais fácil, do que você a amar e depois perdê-la como aconteceu com Ariana? Porque, fazê-la te odiar, é mais fácil, do que ela te amar e posteriormente lhe perder, já que seus inimigos nunca lhe dão uma trégua? É por isso que está aí toda irritada querendo puni-la por isso. Porque você se apaixonou por ela! Camila não a conhece e pode acreditar nesse showzinho que acabou de dar, mas eu a conheço como ninguém, S/N. Sei que perder alguém que você ama, não se compara com nenhuma outra dor do mundo, essa dor não tem cura, essa dor não passa por mais que você tente tirar ela do peito. E você não quer que ela passe por essa mesma dor, quando perdeu Ariana. Você...

— Chega Lauren! Agradeço sua análise perfeita da situação, mas você já pode sair. – Minha voz pingou exasperação cortando-a de vez e voltei a encarar a tela do notebook.

— O medo é a coisa mais cruel que eu conheço, S/N. Ele esmaga seus sonhos, te puxa pra baixo, você tenta se livrar dele, mas parece que ele cria suas próprias raízes e te prende ali. – Sua voz estava claramente esgotada. – Eu tenho medo, quase de tudo. Tenho medo do escuro, tenho medo da solidão, tenho medo de altura, tenho medo de mim mesma, tenho medo de perder as pessoas que eu amo, tenho medo de não ser o suficiente para aqueles que esperam tanto de mim, tenho medo de falhar miseravelmente em alguma tarefa... – Lauren assumiu baixinho. – Mas aprendi que novos ventos só chegam até você, quando soltamos as velhas âncoras que nos atrapalham de seguir em frente. – Ela suspirou. – Não tenha medo de começar de novo por causa do que aconteceu no passado. Você tem que se levantar, enfrentar a sua própria escuridão e explorar novas galáxias. Ainda existe um universo inteiro a tua espera, só basta você se permitir, S/N. – Lauren disse por fim, antes de girar a maçaneta da porta e sair do escritório também.

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A camisola preta mal cobria os seios perfeitos dela. O lençol caindo na cintura. Debrucei-me na cama, apoiando uma mão de cada lado da sua cabeça mantendo-a presa a mim. Sorri ao perceber a respiração dela se alterando. A espertinha estava fingindo.

— Uma dica para situações futuras, princesinha. Seu peito está subindo rápido demais para quem está adormecida. – Sussurrei em sua orelha e ela estremeceu.

— Quer, por favor, sair de cima de mim? – Ela disse entre dentes, mas seus olhos castanhos estavam totalmente dilatados pela minha proximidade.

— Chega de jogos, mi amor. – Puxei bruscamente o lençol que a cobria e ela sentou-se indignada. A levantei nos braços enquanto ela se debatia.