Humana
''Mas eu sou só humana
E eu sangro quando caio
Eu sou só humana
E eu me despedaço e eu me quebro''
(2014 - Christina Perri)
Quatro
Abro meus olhos e a luz do dia cega minha vista por alguns segundos, eu me sinto tonta tudo está rodando sem parar que chega a me causar dor de cabeça, suspiro aos fechar meus olhos, e a primeira coisa que noto é a janela o céu está tão azul lá fora, sorrio de canto e observo o teto pintado de branco. Olho que estou cheia de fios conectado na minha pele fios que eu não consigo nem contar, mas logo minha mente reflete tudo o que aconteceu e quando me dou conta eu estou passando mal, minha respiração acelera junto com meu coração. O monitor cardíaco já está apitando descontroladamente por causa do meu coração que a cada segundo acelera mais. Logo já começo a perceber a falta de ar aparecendo observo minhas mãos que tremem sem parar. O medo me invade completamente e eu começo a olhar em volta na esperança de encontrá-la de novo, na expectativa de ouvir sua voz para enfim me acalmar, mas ela não está aqui. O médico aparece no quarto e tenta tocar meu ombro, porém eu me afasto quase caindo da cama e berro quase sem ar:
— Não me toque!
O vejo suspirar pensativo e o mesmo comenta:
— Se acalme tudo vai ficar bem Nádia, não vou machucá-la.
Ele tenta me tocar, porém quando sinto seu toque eu afasto meu braço de perto dele o vejo abaixar a cabeça e suspirar e esclarece:
— Não vou machucar você...
— Okay. Tudo bem... Eu... — tento pensar no que falar. — Não da, por favor.
Ele concorda com a cabeça e novamente ouço meus batimentos aumentarem, eu deito minha cabeça no travesseiro sentindo lágrimas brotarem em meus olhos e eu pergunto quase sem voz:
— Cadê ela? Onde ela esta?
Eu sei qual será a resposta dele, mas eu ainda acredito que ela está viva achar que ela está viva é a esperança que ainda tem em mim. Ele olha para minha mãe e comprime os lábios tentando não demonstrar certo incomodo:
— Ela não sobreviveu aos ferimentos causados. Sinto muito.
Começo a chorar ao perceber o quanto as palavras que sai da boca dele me machuca, o quanto saber que a única pessoa que ficou comigo por todos esses meses foi tirada de mim de maneira tão brutal. Que toda a esperança dela de voltar para casa e rever a família nunca irão acontecer. Debato-me enquanto o médico tenta segurar meus braços para que eu tente me acalmar, eu grito desesperadamente a dor é insuportável grito sem parar. Ouço-o chamar por uma enfermeira pedindo para que me dope com algum tipo de tranquilizante. Sinto os toques da minha mãe em meu rosto, mas recuso-os afasto sua mão de mim eu tento parar de chorar por ela, porém quanto mais eu tento mais eu quero chorar e gritar. Sinto as batidas de meu coração sossegar noto a enfermeira sussurrar em meus ouvidos:
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Uma Vida - Inacabada
Teen Fictionvolume:1 * ''Nosso sobrenome é Oliveira, igual à árvore oliveira que nasceu há mais de 3.000 anos antes de Cristo e que demora quase 10 anos para poder cultivar. O sobrenome Oliveira está na nossa família desde século XVIII e nunca mais morreu''. É...