Sideral
''Onde posso ir?
Quando as sombras estão chamando
As sombras estão chamando por mim
O que posso fazer?
Quando ele está me puxando para baixo''
(2015 - Ruelle)
Dezesseis
Eu queria que minha vida fosse diferente do que acabou se tornando, sinto falta de ter sorrisos verdadeiros no rosto, falta de me sentir feliz realmente, de me importar com a felicidade, o medo continua aqui dentro de mim querendo sair, mas eu não deixo, porém percebo que isso não dará de esconder o medo e a raiva que eu sinto dentro de mim, será um grande desafio. Porque de certa forma eu sei que no final eu vou falhar eu sinto isso, a infelicidade, solidão, raiva e o medo só aumentam. Eu sinto falta dos meus amigos, que estão distantes. Calebe está tentando convencer Elena a pedir desculpas pelo que me disse, no entanto, não quero o seu perdão, por sentir que não será verdadeiro. Não quero ao meu lado uma pessoa que tenha vergonha de ficar ao seu lado. Estou tentando aguentar o Maximo o desprezo das pessoas:
— Querida, vamos temos que ir ou você irá se atrasar.
— Eu não me importaria em me atrasar! — grito do quarto. — eu não estou a fim de ir mesmo... — murmuro pra mim.
— Ah... Vamos lá, Nadia. — começa meu pai entrando no quarto. — Não é tão ruim assim.
— Esta bem cacete! — brado caminhando para fora do quarto.
Tento sair pela porta, mas meu pai me segura pelo braço impossibilitando-me de continuar andando e me faz encará-lo nos olhos enquanto tento me soltar da pressão da sua mão em meu braço e começa:
— O que está acontecendo? Por que está tão agressiva ultimamente?
Suspiro fechando os olhos em recusa:
— Não, pai. Pare. Me solta.
— Você vai me contar, não vou deixá-la sair desse quarto enquanto não contar.
— Eu não quero falar.
— São eles querida? Eles te acharam? Viu algum deles? As fotos continuam vazando? Quer que eu a leve na polícia? Quer visita seu psicólogo?
— Pai, por favor, se acalma ok. Não é nada disso que você está pensando.
— Então fale querida! Estou cansado de ver você sofrendo calada! Poxa, eu estou aqui meu bem, vou sempre estar.
— Eu sei pai, é que eu só quero que você pare de se preocupar comigo, só por um momento. — encosto minha cabeça em seu peito começando a chorar. — Eu já perdi a mamãe por causa disso, não quero perde-lo também.
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Uma Vida - Inacabada
Jugendliteraturvolume:1 * ''Nosso sobrenome é Oliveira, igual à árvore oliveira que nasceu há mais de 3.000 anos antes de Cristo e que demora quase 10 anos para poder cultivar. O sobrenome Oliveira está na nossa família desde século XVIII e nunca mais morreu''. É...