Todas As Estrelas
'' E eu sei que os céus irão sangrar
Mas os nossos corações acreditam
Que todas as estrelas irão nos guiar para casa
Eu posso ver as estrelas da América''
(20 14 - Ed Sheeran)
Trinta e dois
2 de junho de 2014
Minha vida está caminhando como eu desejei desde que voltei, os meses que se seguiram foram os mais difíceis que eu já presenciei. Mas é como diz um ditado popular; se quiser o arco-íris, tem que aguentar a chuva. Eu aguentei, eu fui forte com ajuda do meu pai, do meu namorado, da minha amiga. Se não fossem eles para me ajudar, talvez eu não estivesse sorrindo hoje. Às vezes caio sim eu caio, mas eu levanto e continuo atrás do meu arco-íris, porque eu sei que ele chega ao final da caminhada na tempestade.
Paula voltou a andar comigo ignorando completamente o fato de eu não ser da mesma classe social da dela. A mesma acabou com essa exclusão que muito tempo existia entre o povinho ''rico''da escola. Elena passou a ser uma desconhecida para eu e Calebe, a mesma mudou até de sala para não nos ver mais. Ainda ouço palavreados ofensivos direcionados a mim, no entanto, meus amigos me ajudam a passar por esse desconfortável momento passageiro.
— Nadia eu ainda não sei por que você não troca o status de relacionamento logo. — comenta Paula indo em direção a arquibancada.
— Paula... Não é bem assim que as coisas funcionam.
Ela franze a testa e me encara séria enquanto com suas mãos abria a tampa do pote com algumas bolinhas dentro. Ela pega uma bolinha joga dentro da boca mastiga e coloca sua mão na frente da boca engolindo e tentando continuar:
— Eu sei que você... Ainda está na fase de superação, mas olha bem... — aponta para Calebe. — Olha bem para ele. — ri. — Ele te ama cara. Não há por que temer, eu não vejo maldade nesse garoto completamente desajeitado.
Eu rio observando Calebe tentando jogar tênis de mesa com uns colegas dele seus olhos me encontram e ele acaba se distraindo enquanto me olha sorridente:
— Calebe! Presta atenção aqui, oh! — grita o garoto jogando a bolinha na cara dele.
Eu rio voltando meus olhos para Paula que olha para ele e depois para mim fazendo careta e negando com a cabeça comentando:
— Vocês dois são uma gracinha. — de repente sua expressão entretece.
Chego perto dela pego sua mão e acaricio sentando do seu lado sinto meu estomago revirar-se no tempo em que analiso sua expressão e percebo que por mais que eu tente perguntar o que aconteceu, ela nunca irá me dizer, pois, ela irá desabar. Suspiro profundamente tentando não pensar que o problema seja a mãe dela. Eu e ela temos algo em comum, mães de algum modo ausente, mas diferente de mim, a mãe dela já fora presente.
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Uma Vida - Inacabada
Teen Fictionvolume:1 * ''Nosso sobrenome é Oliveira, igual à árvore oliveira que nasceu há mais de 3.000 anos antes de Cristo e que demora quase 10 anos para poder cultivar. O sobrenome Oliveira está na nossa família desde século XVIII e nunca mais morreu''. É...