Who You Are

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Quem você é

''Não perca quem você é no borrão das estrelas

Ver é enganar, sonhar é acreditar

Tudo bem não estar bem

Às vezes, é difícil seguir seu coração''

(2011 - Jessie J)

(2011 - Jessie J)

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Dezessete

Novamente engulo em seco enquanto observo-a chegar mais perto de mim, Alexia toca mais uma vez minha cintura e desliza sua mão até minha coxa, logo a imagem de Simon reflete em minha mente e eu a empurro para trás e suplico tentando demonstrar firmeza em minha voz, porém acho que passou longe de ser assim:

— Por favor, pare, não faça isso comigo.

— Mas você não é uma prostituta?

Eu nego com a cabeça e todas elas riem eu fecho os olhos um, dois, três, quatro, cinco... Fico cabisbaixa olhando para o chão enquanto Alexia pergunta ironicamente:

— Acha mesmo que acreditamos em você? Putas têm fama de serem mentirosas.

Sinto vontade de chorar, nada do que eu disser fará sair desse inferno, mas não posso fraquejar perto do meu inimigo tenho que ser forte e aguentar tudo isso, tal como aguentei no galpão. No entanto eu sei que é difícil uma pessoa humana aguentar tanta dor sozinha, Alexia olha-me por alguns segundos e volta a comentar:

— Ninguém acreditaria numa mentirosa e prostituta.

Abaixo meus olhos outra vez e fito o azulejo bege do banheiro sentindo meu peito latejar, logo já estou a olhar os sapatos vermelhos dela. Alexia segura meu queixo e puxa para cima, a fim de que eu continue a olhar diretamente os seus olhos e calmamente fala:

— Não fique triste agora querida. Pois você vai ter muito tempo para isso.

Ela olha para trás e em um gesto balança um pouco sua cabeça como se estivesse avisando algo. Logo suas amigas chegaram perto de mim, não façam isso comigo Alexia se afastou deixando que elas tomassem controle de tudo agora. Suas amigas me tiraram da parede e me empurram de encontro ao chão com todas as suas forças, eu sinto minha cabeça bater contra o piso e, logo em seguida, começar a latejar. Tento tocar num gesto involuntário, porém não tenho tempo nem de respirar direito, elas abaixam-se e começam a me tocar sem parar. Eu me debato enquanto elas tentam tocar em mim de toda forma, uma delas defere um tapa na minha cara o que me faz acalmar e parar de me debater enquanto estou ofegante, tentando fazer meus pulmões receberem o ar que cada vez mais parece desaparecer, eu quero gritar, porém não sei como se faz. Estou atordoada, com dor e com muito, muito medo. No entanto elas voltam a tocar meu corpo de forma inapropriada e eu para fazer parar, eu aranho uma delas com as minhas unhas, a garota se irrita e retribui a agressão me deferindo um tapa e logo em seguida rasga minha blusa que estou usando, fazendo meu corpo ficar exposto aparecendo todas minhas cicatrizes que tenho empalhado pelos braços e barriga. Elas param por um momento observando meus braços e barriga, no entanto, Alexia manda continuar e as mesmas continuam. Alexia acha divertido o que está fazendo comigo o sorriso não sai do seu rosto.

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