Quando a Escuridão Vier
'' Para que essa luz te guie para casa
Quando você estiver se sentindo perdido,
Eu vou deixar meu amor
Escondido no sol
Para quando a escuridão vier''
( 2013 - Colbie Caillat)
Trinta e cinco
Balanço o globo de neve em minha mão posiciono o globo diante dos meus olhos focando nas bolinhas e observo a torre de Paris, tentando imaginar-me no topo da torre visualizando tudo em minha volta.
— Nadia? Está prestando atenção em mim?
Volto meus olhos para Pedro abaixando o globo e sorrindo de canto para ele enquanto preparo meus ouvidos ao que ele está tentando me aconselhar. Mas novamente me perco em meus pensamentos relembrando do meu desmaio no meio da rua, lembro de acordar em minha cama com calafrios sorrio para Calebe que deitou sua cabeça na beirada da minha cama e acabou adormecendo provavelmente. Acaricio seus cabelos acordando-o e ele levanta a cabeça esfregando os olhos perguntando:
— Você está bem?
— Estou com frio só. — respondo suspirando longamente.
Ele pega um manto em meu guarda roupa e cobre meu corpo segurando minha mão no fim indagando:
— Melhorou?
— Melhor. — sussurro.
Observo a boca de Pedro se movendo sem parar, no entanto, eu não capto nada do que ele fala. Quando ele para de falar e me lança um olhar penetrante eu entendo, eu não o respondi, ajeito-me na poltrona arrumando minha jaqueta em meu corpo enquanto de relance olhos as horas no relógio, faltam cinco minutos para acabar essa chatice.
— Nadia?
— Sim? — pergunto fingindo-me de desentendida.
— Não vai falar nada?
— Não. — respondo.
— Escutou o que eu falei?
— Sim. — minto.
— Como anda os flashbacks?
— Está passando aos poucos.
— Está conseguindo se alimentar bem?
— Sim. — minto.
— Dormir?
— por incrível que pareça, sim.
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Uma Vida - Inacabada
Teen Fictionvolume:1 * ''Nosso sobrenome é Oliveira, igual à árvore oliveira que nasceu há mais de 3.000 anos antes de Cristo e que demora quase 10 anos para poder cultivar. O sobrenome Oliveira está na nossa família desde século XVIII e nunca mais morreu''. É...