Você não sabe
''Não posso impedir desses pés afundarem
E começa a transparecer em mim
Você esta encarando enquanto estou piscando
Mas apenas não me diga o que você vê''
(2017- Katelyn Tarver )
Trinta e quatro
— Ah! Então está explicado sua MUDANÇA ISSO SE CHAMA PENA! — esbravejo no tempo em que me levanto do sofá dela.
— Não tenho pena de você Nadia.
Nego com a cabeça me afastando dela enquanto ando para um lado e para o outro tentando me acalmar de alguma forma. Meu coração parece que vai sair pela boca de tão acelerado que está meu sangue ferve e eu posso perceber uma ligeira mudança na minha cor, avermelhada e eu respiro fundo dizendo:
— Têm sim, todos tem pena de mim. — lágrimas ofuscam minha visão.
— Eu juro a você que não tenho pena. Só me cansei Nadia... Não é justo o que fizeram com você, me desculpa por não ter ajudado antes. Mas eu tentei sabe... Você que não permitiu.
— Ok... — Falo suspirando longamente lembrando as vezes que ela tentou se aproximar de mim novamente.
Ela sorri me envolvendo em um abraço apertado retribuo seu abraço depois de alguns segundos abraçado a ela. Respiro fundo ainda em seu abraço e noto-a me encarando saindo do abraço enquanto pergunta ficando séria:
— É verdade Nadia. Acredite em mim.
— Mas é que... Se você viu mesmo o que eu passei lá, não tem como você não se penalizar com os acontecidos Paula.
— Está tudo bem Nadia. Só confie em mim, depois da minha mãe não vou deixar você escapar também.
Sento-me no sofá no tempo em que a vejo pegar a bacia começando a comer volto meus olhos para caixa e abro-a me deparando com fotos minhas e de Camila ainda no galpão, ainda quando estava respirando. Deixo uma lágrima descer pelo meu rosto pegando uma foto dela morta. Respiro fundo fechando meus olhos no tempo em que Paula coloca sua mão em cima da minha e a mesma diz:
— Tudo bem eu estou aqui com você.
— Ela faz falta. — suspiro profundamente sentindo meu peito arder.
— Eu sei como se sente.
Sorrio fraco para ela e a mesma retribui na mesma intensidade fraca e triste. Analiso fotos minhas nuas e algumas com arranhões e marcas de cortes de faca, todas as fotos que eu vejo coloco em um canto separado na mesa. Ela pega uma dessas fotos me olhando em seguida e eu afirmo com a cabeça lendo a sua expressão e ela pergunta abaixando os olhos para a foto:
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Uma Vida - Inacabada
Teen Fictionvolume:1 * ''Nosso sobrenome é Oliveira, igual à árvore oliveira que nasceu há mais de 3.000 anos antes de Cristo e que demora quase 10 anos para poder cultivar. O sobrenome Oliveira está na nossa família desde século XVIII e nunca mais morreu''. É...