Paralisado
''Estou paralisado
Onde está o meu verdadeiro eu?
Estou perdido e isso me mata por dentro
Estou paralisado''
( 2015 - NF)
Onze
Um mês depois
Ouço batidas na porta e lentamente eu abro os olhos, sentindo meu peito dar uma leve sensação de dor como se fosse acontecer alguma coisa que não estou sabendo. Viro-me de lado fitando os minutos passarem e pensando na possibilidade do meu pai não aparecer pela porta e insistir que eu vá estudar. Hoje eu não estou a fim de ir.
Meu pai beija minha testa carinhosamente e começa a sussurrar para que eu levante enquanto o noto tirando a coberta que segundos atrás me cobria:
— Não quero ir papai. Estou com sono.
— Eu também estou cansado e vou trabalhar. Então você vai estudar e depois sua mãe vai buscá-la.
Suspiro rendendo-me a sua proposta e sabendo que nada que eu dissesse fará mudar sua decisão, raramente me deixavam faltar e com certeza não será agora que isso vai mudar.
Levanto-me da cama e faço minha higiene matinal, coloco meu uniforme e suspiro enquanto fito-me no espelho do guarda-roupa. Toco meu rosto acariciando-me e de repente tenho um flash-back daqueles três meses que fiquei sumida e observo que não me vejo mais como antes de tudo isso acontecer. Limpo as lágrimas que insistiam em cair e suspiro fundo colocando a jaqueta para tampar meus braços observando o céu azul com leves nuvens cobrindo-a. Saio do meu quarto e vou para a cozinha sento-me à mesa e observo o prato com panquecas de banana com cobertura de chocolate, sorrio de canto:
— Fiz especialmente para você querida.
— Obrigada papai. — forço um sorriso.
— Não gostou do café da manhã? — franze o cenho.
— Adorei papai, muito obrigada.
Ele acena positivamente sorrindo discretamente, noto minha mãe sentando a mesa ela me observa por alguns segundos e anunciou:
— Bom dia Nádia. Bom dia Jonathan.
— Já terminou seu café? Podemos ir?
— Sim, sim.
Volto para meu quarto e entro um pouco na minha rede social como de costume e vejo mensagens de Calebe:
''se eu fosse você não iria para escola hoje, não tem nada de tão importante. ''
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Uma Vida - Inacabada
Teen Fictionvolume:1 * ''Nosso sobrenome é Oliveira, igual à árvore oliveira que nasceu há mais de 3.000 anos antes de Cristo e que demora quase 10 anos para poder cultivar. O sobrenome Oliveira está na nossa família desde século XVIII e nunca mais morreu''. É...