Youth

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Juventude

''Nós somos os rebeldes

Somos a juventude selvagem

Perseguindo visões dos nossos futuro

Um dia revelaremos a verdade

Que um irá morrer antes de chegar lá''

(2013 - Daughter)

(2013 - Daughter)

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Vinte e três 

Semanas depois

Observo o céu azul enquanto ouço Calebe atrás de mim arrumando o meu leitor, fecho meus olhos respirando o ar puro e pensando em meu avô que também adorava analisar a natureza, e as coisas boas que ela nós trás. Passo minhas mãos pelos meus cabelos enquanto percebo alguns fios balançando com a brisa, viro-me encarando a porta quando ouço alguém bater. Ele me analisa sorridente, tento retribui seu sorriso, mas nada sai do meu semblante machucado e inseguro por dentro.

— Boa tarde Nádia.

Assinto e ele continua:

— Sou seu doutor que lhe dará alta hoje. Tenho algumas coisas para explicar a você.

— Explica. — comento pegando minha muleta para poder me mover pelo quarto.

— ao tomar banho você precisa cobrir o gesso de forma que não entre em contato com a água. Também é importante você manter o membro imobilizado na posição que orientei.

— Mais alguma coisa? — pergunto observando a cama arrumada.

— Daqui uma semana preciso que você venha trocar seu gesso pela bota imobilizadora.

— Ok. Mais alguma coisa?

— Não. Antes que vá preciso da sua assinatura.

Concordo e assino o papel que ele me entrega, sem me importar com ler. Só queria sair logo dali, deitar em minha cama e dormir sem ao menos querer me importar com o mundo exterior, com ele esta perambulando por ai e eu não me poder sentir mais segura em lugar nenhum. Ignoro o fato de o meu nome estar com acento e entrego a pasta e a caneta, sorrindo de canto falsamente para não ser taxada de mal educada. Noto-o sair do quarto se despedindo observo Calebe dobrando as cobertas e eu abro a porta demonstrando que ele tem que se apressar com as cobertas, sorri para mim e o mesmo entende já terminando.

— Odeio esse lugar. — sussurra-o.

Reviro os olhos ignorando-o, enquanto conto cada passo que dou com as muletas. Entendo no fundo o porquê dele não gostar muito de hospitais, o cheiro, os médicos, as enfermeiras mal educadas e a fila enorme para atender pacientes. Vejo meu pai encostado no capo do carro quando me vê saindo pela porta vem em minha direção me pegando no colo, percebendo que já me sinto cansada. Ele coloca-me com cuidado dentro do carro e eu observo Calebe sentar do meu lado no banco de trás. Percebo-o passar a mão no topo da minha cabeça dando risadinha baixa, observo-o confusa e o mesmo explica:

Uma Vida - InacabadaOnde histórias criam vida. Descubra agora