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☯|Lorenzo|☯

O medo me consumia por inteiro..

O medo de perder a minha mulher. A mulher que esteve comigo no lixo e mereceria estar comigo no luxo. A mulher que segurou a minha mão quando a porra toda tava desmoronando. A mulher que me abraçou quando o mundo virou as costas pra mim. A mulher que mesmo vendo o meu pior lado, não desistiu de mim. A mulher que mesmo quando eu mesmo desisti de mim, acreditou que eu era capaz e eu fui. A mulher da minha vida.. a mulher por quem eu daria a minha vida sem pensar duas vezes...

O meu peito a apertava a cada batida, por não ter dito durante esses 4 meses que eu não a amava.

Por não ter ficado do lado dela quando ela mais precisou de mim.

Mais cara eu me sentia obrigada a dar aquilo pra ela, dar a nossa tão sonhada casa. Sair debaixo da asa da minha mãe e da vó neiva, tirar meu pivete do foco do Tráfico.. poder criar a minha família, cuidar, proteger e amar.

E agora eu correria o risco de perder-lá.

Se eu perder-lá, como eu vou olhar pro meu pivete ? Como vou cuidar dele sozinho ? Pqp eu não conseguiria, não sem ela!

Ou se eu perdesse o meu pivete, imagina como ela ficaria arrasada ou como eu ficaria!

Ou se eu perdesse os dois! Eu literalmente me mataria, me entregaria Porq sem ela ou ele na minha vida eu não conseguiria seguir!

Sabe aquelas cenas de filme ? Quando tudo tá tão agitado, uma correria ? Mais na sua visão fica tudo tão lento, tão embasado ? Era como o mundo tava pra mim, eu corria com ela nos meus braços no maldito hospital..

Chegou uma enfermeira com a maca e eu a coloquei com cuidado.

As palavras dela percorriam a minha mente:
"Cuida dele por mim"..

Eu não seria digno.

Xx: Você é o pai da criança ?!.- Ouvi uma voz aguda me tirando do total transe e eu assenti com os olhos paralisados.- Vai querer assistir o parto ?.- Assenti.- Venha comigo.- Me puxou e me deu aquelas paradas de roupão azul, toca, máscara, barato pra por no pé e os caralhos.

Eu puis e segui o enfermeiro até a sala, ele abriu e eu entrei.

Tomando visão dela com os cabelos ruivos desejados na maca e um pano impedindo ela de ver o parto.

Vi ela abrir os olhos e sorrir, o sorriso pelo qual eu me apaixonei perdidamente.

Me aproximei segurando sua mão e a beijando.

Coringa: Eu te amo.- Sussurei passando minha mão sobre seu lindo rosto redondinho fazendo a mesma sorrir mais ainda.

Yanni: Eu também te amo.- Falou fraquinha.

Médico: Tenta fazer força, Yanni.- Ele Falou e ela tentou apertando minha mão, ela suava.

Yanni: Eu não consigo!.- Falou com os olhos cheios de lágrimas.

Médico: Você tem que tentar! O bebê desistiu, ele está cansado. O seu líquido está acabando pra ele! Tenta só um pouco.- Ele ordenou.

Amor proibido - A escolhida (Morro)Onde histórias criam vida. Descubra agora