Caçada

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Ikisaki - Capítulo 2

Caçada

" Não fique caçando a mentira. Deixe-a só, que ela correrá para a morte ".

- Lyman Beecher.

Um youki atraiu a atenção deles que se afastaram novamente para a parte escura da mata, observaram o rapaz de roupas vermelhas e cabelos brancos entrar na pequena gruta, com uma última olhada se afastaram, logo sumindo da presença do pequeno grupo.

XXX

— Você me subestima — O youkai gritou para o hanyou que desviava de mais um ataque dele, com facilidade. O grupo havia sido surpreendido por ele, que estava em busca dos fragmentos da joia que estavam com Kagome.

Sango o atacou com a foice com corrente e Miroku tentou prender um amuleto no youkai, mas fora em vão, aquele fragmento que estava com ele o ajudava a ficar mais resistente e mais hábil. Kagome havia tentado atirar flechas contra ele, mas era em vão, nunca o acertava. Por mais que mirasse bastante, ele sempre desviava.

— Keh, como se fôssemos fazer o que quer — Inu-Yasha comentou enquanto preparava-se para lançar a ferida do vento, o grupo se moveu, como sempre, para lhe dar liberdade para atacar — Mexeu com as pessoas erradas.

E lançou o ataque da espada, atingindo-o de surpresa, retalhando o corpo do youkai instantaneamente. O hanyou sorriu com o seu feito e embainhou a espada, Kagome que estava mais afastada, se aproximou e retirou o pequeno fragmento que estava em seu corpo. Abriu o potinho e colocou-o junto com os outros. O monge e a exterminadora olharam para a garota, havia alguns dias que Kagome fazia tudo no automático e não viajava nas costas de Inu-Yasha, como de costume e sim em sua bicicleta.

Ambos estavam preocupados com a garota, mas sabiam também que havia dedo de Inu-Yasha na história, que não estava nem um pouco preocupado com o afastamento da jovem, afinal ele achava que ela apenas precisava de espaço e que como sempre, voltaria para ele após alguns dias. A única hora em que o monge e a exterminadora viam Kagome como ela era normalmente, era quando estava brincando com a pequena Kitsune.

— Deveria ter atirado para matar, Kagome — Inu-Yasha a olhou repreensivo e Kagome baixou o olhar envergonhada e levemente frustrada - "novamente me diminuindo", estava farta de errar, ser o estorvo do grupo. Queria ser mais independente e aprender a se defender sozinha. Mas como? Inu-Yasha não a deixava fazer nada sozinha por julgá-la incapaz!

— Sabe que ela se esforça, Inu-Yasha — Miroku partiu em defesa da amiga, sabia o quão esforçada ela era e o quão frustrada a jovem ficava a cada erro — Os tempos dela são outros...

— E mesmo que tivesse nascido nessa era, — Sango continuou, defendendo a amiga. Ela não gostava da forma que Inu-Yasha a tratava às vezes, como se fosse o dono dela — ela não tem obrigação de ser guerreira, muitas mulheres não são.

— Kikyou é... — o hanyou pensou alto fazendo com que Kagome baixasse o olhar de forma triste. Era sempre assim no fim, terminava sendo comparada a Kikyou. Miroku e Sango ralharam com ele que percebeu sua falha, mas Kagome já havia voltado a pedalar sua bicicleta, obrigando-os a continuar a caminhar, atrás de Naraku.

Ela não era idiota, sabia que sempre seria subjugada, sua capacidade nunca reconhecida e ela se odiava por isso. Uma sensação esquisita se apossou dela, como se algo a observasse e mesmo que tivesse olhado ao redor, não havia visto e nem percebido ninguém. 'Estranho' pensou enquanto continuava a pedalar.

— Tá tudo bem? — Shippou perguntou quando percebeu que Kagome olhava ao redor, como se buscasse algo. A mulher apenas assentiu para o pequeno, prestando atenção à frente.

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