Encontro

580 65 2
                                    


Ikisaki - Capítulo 9

Encontro

"Todo encontro guarda o inesperado dentro de si ".

- Roberta Paiva.

E apenas talvez, mostraria que mais um encontro entre Amaterasu e Tsukiyomi acontecia naquele instante, mas isso... Fica apenas na imaginação.

XXX

A floresta estava silenciosa, os youkais e os animais estavam tranquilos, os pássaros voavam na manhã de verão, o tempo quente e abafado. O grupo caminhava cada um em seus próprios pensamentos, o diálogo não era uma opção no momento e nenhum deles tinha uma real necessidade de conversar. O hanyou estava próximo da sacerdotisa de ossos e terra da sepultura, ele nunca a deixava sozinha ou fora de suas vistas, porque teme por sua segurança. O monge e a exterminadora olhavam ao redor, como se buscando algum possível ladrão ou alguém que os emboscasse, possíveis problemas. Ambos estavam na youkai gata que caminhava tranquila sentindo a leve brisa passar por seus pelos.

A pequena Kitsune estava sentada na cestinha da bicicleta de Kagome, a qual a jovem empurrava no momento. Estava perdida em seus próprios pensamentos, o Kojiki em sua mochila. A jovem não sabia explicar o porquê, porém ela conseguia sentir a energia sinistra de Sesshoumaru por perto e por mais que ela não entendesse o porquê daquela ligação, ela gostava de senti-lo perto. A exterminadora havia tido algum tempo para pensar sobre os fatos dos últimos dias, cada dia que passava sem saber notícias de Kohaku, fazia com que uma ansiedade tomasse conta dela, tanto que ela se afastou um pouco dos outros enquanto esperavam o regresso de Kagome.

Inu-Yasha se recusou a continuar sem ela, e todos estavam de acordo, porém, para a exterminadora, um dia a menos nas buscas por Naraku, era um dia a mais que Kohaku continuava nas garras do hanyou. Ela não queria magoar ninguém, mas ela ainda estava em dúvida se quando chegasse o momento... Se conseguiria dar fim a vida de seu irmão ou se aceitaria que seus amigos o fizessem... Pedia aos céus que os deuses lhe dessem a solução para isso... O monge por sua vez estava cada vez mais preocupado com Sango. Ele sabia que ela estava sofrendo por seu irmão, e vê-la dessa forma o magoava. Não sabia explicar o porquê, mas ver Sango triste daquele jeito mexia com ele.

Kikyou estava mais habituada ao grupo a cada dia que passava, os amigos de Inu-Yasha ainda a tratavam com um pouco de hostilidade, mas aos poucos ela ia vencendo a barreira entre eles, ainda mais que agora, Kagome se dirigia a ela com mais frequência. A sacerdotisa sabia que a garota não queria que ele fosse infeliz, e mostrava a ela, da maneira dela que apoiava o relacionamento dela com Inu-Yasha... O que Kikyou não entendia era o incômodo de Inu-Yasha em relação a aceitação de Kagome... Não era o que ele queria afinal?

— Sinto um cheiro estranho... — Inu-Yasha comentou do nada, olhando ao redor — Parece cheiro de flores ou algo assim, mas, eu nunca senti isso... Essa fragrância.

— Deve ser apenas um cheiro fraco de alguém que passou por aqui — Miroku comentou com o outro fazendo ele franzir o cenho, mesmo que fosse algo assim, ele reconheceria o odor — Não dê tanta importância...

Inu-Yasha resolveu deixar isso pra lá e continuaram a caminhar. Um pouco mais afastados, como sempre, estavam Takeo e Yukio, com este lhe olhando em total desaprovação. Para Yukio, o cheiro de Takeo era como um campo de várias flores e vários aromas, e perceber que ele deixou o cheiro exposto assim o irritava, afinal eles precisavam de total descrição.

— Tem consciência de que ele não pode nos detectar? — Yukio reclamou com Takeo que deu de ombros.

— Eu apenas esqueci de me ocultar — ele respondeu sem ligar realmente pra bronca do outro, na opinião de Takeo, ele estava dando mais importância do que deveria — e precisamos tomar cuidado com o outro, esse é inofensivo.

IkisakiOnde histórias criam vida. Descubra agora