Diálogo

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Ikisaki - Capítulo 17

Diálogo

"O diálogo se dá entre iguais e diferentes, nunca entre antagônicos".

- Moacir Gadotti.

Ou será que não? A resposta dessas questões ficam para outros momentos, afinal, ainda não é o momento das revelações.

XXX

O grupo fazia mais uma pausa nas buscas de Naraku. Já haviam andando bastante, contudo não eram buscas frutíferas, Naraku estava muito bem escondido, não havia um vestígio sequer de seu paradeiro. Kikyou estava mais forte, por ter conseguido uma boa alma jovem, todavia, ainda necessitava estar repondo as almas de tempos em tempos, e nessa pausa, era necessário tal processo.

— Eles estão impacientes — Kikyou comentou com o grupo, quando Inu-Yasha parava numa campina, visando apenas uma pausa de minutos. Os carregadores a cercando, carregando as almas que haviam conseguido roubar.

— Pode ir, nós cuidamos de tudo — Sango respondeu, encorajando. Não havia mais uma hostilidade do grupo para com Kikyou, e ela apreciava isso. Ser bem vinda, e agora, aceita.

A sacerdotisa de ossos e terra da sepultura se afastou com seus carregadores, e o grupo se acomodou da melhor maneira. Kagome apoiou a bicicleta em uma árvore, se sentando próxima de Miroku. Já havia alguns dias que ela havia retornado de sua era, porém, as dúvidas ainda eram muitas em sua cabeça. Havia descoberto poucas coisas sobre Omikami e ela precisava saber de tudo o que pudesse descobrir, para poder enfrentar Takeo e Yukio e obter as respostas que desejava. Direto da fonte...

Kagome já havia percebido que Sesshoumaru estava por perto também, pela estranha ligação que os rondava, porém ela se questionava o porquê dele estar tão próximo dela. Poderia ser apenas coincidência, não? A garota ainda não conseguia entender porque aquilo estava acontecendo com eles, contudo ela gostava, se sentia segura. Independente de qualquer situação entre eles, aquela ligação lhe dava alguma coisa, mesmo que fosse apenas para ela.

— Está tão pensativa... — Sango comentou com a garota quando se sentou ao lado dela. Kagome se sobressaltou, pega de surpresa.

— Não é nada — a jovem respondeu dando um sorriso para a exterminadora. Todavia, Sango sabia que os pensamentos de Kagome possuíam nome e sobrenome, mas não havia como conversarem ali. Queria questioná-la, mas não teria como...

A jovem sacerdotisa sentiu a presença de Sesshoumaru mais forte, o que alegava que ele havia se aproximado mais, e acabou ficando claro com a exclamação de Inu-Yasha.

Tsc, aquele bastardo. — o hanyou olhou ao redor, enquanto resmungava algo apenas para si.

— Vamos ver a Rin, Shippou? — Kagome perguntou a pequena Kitsune, tomando a coragem que precisava e o usando como desculpa para uma nova aproximação.

Ela queria questionar Sesshoumaru sobre os Omikami e pedia aos deuses que ele lhe desse as respostas de bom grado. A pequena Kitsune respondeu um sim eufórico, enquanto se levantava para arrumar seus brinquedos.

— Porque quer ir até o bastardo de novo? — Inu-Yasha questionou levemente contrariado. O hanyou não entendia aquela aproximação de Kagome e Sesshoumaru. Eles se odiavam não? Ela deveria odiar, ele já tentou matá-los!

O hanyou não gostava de perceber que apenas talvez, estivesse perdendo Kagome para seu irmão, e mais, que seu irmão a aceitava de alguma maneira. Aquele envolvimento dos dois estava indo longe demais para o hanyou e ele não iria permitir aquilo, afinal, Kagome era tão sua, quanto Kikyou.

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