Omikami

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Ikisaki - Capítulo 16

Omikami

"O questionamento, a investigação e o raciocínio é a chave de acesso da descoberta da realidade das coisas".

- Gabriel Camilo.

Kagome, enquanto caminhava de volta para os amigos, chegou a conclusão de que agora estava mais confusa do que quando havia acordado naquela manhã.

XXX

O som estridente chegou até ela, fazendo com que desse um pulo, assustada. Kagome olhou ao redor, levemente perdida no tempo, sem saber onde ou quando estava, até que focou os olhos no motivo de seu súbito susto, o despertador. Quanto tempo não o usava? Nem se lembrava mais da sensação. Como se o braço dela pesasse uma tonelada, a garota bateu no despertador, apertando a trava dele. O quarto ficou novamente silencioso e Kagome se acomodou, novamente, entre os lençóis.

A garota havia chegado na noite anterior, e após passar um tempo com sua família, tomou um longo e relaxante banho e deitou em sua amada cama, há, como ela sentia falta de um bom colchão. Kagome havia retornado por dois motivos, do qual um, apenas ela sabia. Parte do motivo foi o término de seus mantimentos, e ela precisava repor, aproveitando disso, e usando como desculpa, voltou para sua casa, no futuro. A outra motivação é a pesquisa que queria fazer sobre os Omikami, não podia simplesmente perguntar aos amigos.

Uma vez que ela não contou a ninguém o que vinha acontecendo com ela, nem mesmo aquelas marcas estranhas. Kagome, andava evitando tocar no assunto e por mais que pensasse muito naquilo, não conseguia explicar o que acontecia. E não queria levantar suspeitas para ela, por isso, apenas guardava para si, e ansiava pelo momento em que alguém lhe daria as respostas. Do lado de fora da casa, o céu estava sem nenhuma nuvem e um clima agradável pairava sobre o local, algumas pessoas já perambulavam pelo templo, em busca de suas orações e pedidos aos deuses.

A senhora Higurashi já preparava o café da manhã, uma vez que Kagome estava em casa, e era final de semana, então todos poderiam ter um café em família. A senhora Higurashi estava perdida em pensamentos, afinal, ela sabia de muitas coisas, das quais não podia citar com a filha, ainda, contudo ela ansiava pelo momento da descoberta, como Kagome reagiria? Se sentiria abençoada, ou amaldiçoada? A senhora Higurashi enxergava aquilo como uma benção e estava disposta a pagar o preço que lhe fora imposto, desde que Kagome estivesse bem, ela esperaria o tempo que fosse.

O som do despertador de Kagome a retirou de seus pensamentos e ela sorriu, um pouco de alegria para aquela casa não faria mal. Novamente o despertador tocava e Kagome acordou pra valer, tirando a pilha do relógio, não conseguia nem descansar quando desejava. A garota espreguiçou-se e derrubou Buyo da cama, o gato também sentia falta dela, mas ele não gostou muito de ser jogado da cama daquela maneira.

— Me desculpe, Buyo — ela acariciou a cabeça do gato que ronronou — Eu esqueci que você dormiu aqui.

O gato miou em resposta e ela abriu a porta, para que ele saísse. A garota aproveitou e foi ao banheiro, fazendo sua higiene matinal. Ela não havia prestado atenção acerca da hora, mas ela achava que não passava das dez da manhã. De pijamas ainda, desceu as escadas de encontro a mãe, já havia alguns meses que não passava por ali e sempre que voltava para casa, Kagome observava alguma coisa de diferente.

Dessa vez foram os quadros que sua mãe colocou ao longo da escada, de várias paisagens diferentes, mas todas do campo. A sala de estar também estava mais alegre e florida, e ela gostava disso, lhe passava aconchego. Quando terminou de descer as escadas, o cheiro de comida chegou até ela. Sua mãe sempre fazia suas comidas favoritas quando estava em casa.

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