Valentina ainda estava remoendo aquela cena na farmácia, não entendia aquela reação de Sophia, parece ciúmes, não devia ser ou devia?
Tentou parar de pensar naquilo e focar nos irmãos.
- Temos que conversar, os dois na sala
. - disse para os gêmeos assim que chegou em casa.- O que foi? - disseram eles sentando na sala.
- Comprei uma coisa pra vocês levarem para a viagem. - disse ela entregando dois pacotes para cada um.
- Não façam cara de espanto, eu sei que vocês andam apaixonadinhos e eu não quero saber de sobrinhos tão cedo, então por favor usem. - falou.
- As suas você pode me dar, já que pro seu lance não tem necessidade de usar. - disse Beto zombeteiro para Bianca.
- Cala a boca idiota. - disse Bianca saindo da sala correndo e batendo a porta do quarto.
- O que foi isso Beto? - perguntou Valentina.
- São coisas delas. - disse ele vagamente.
- Que coisas? E Por que ela ficou chateada com o seu comentário?
- Você vai ter que perguntar pra ela. E depois eu peço desculpas pela brincadeira. - disse Beto.
- Ei, não esquece de usar. - disse apontando para a caixa de camisinha. - Eu não quero sobrinhos. - repetiu.
- Relaxa, maninha eu não sou burro. - disse Beto indo para o quarto.
Valentina não entendeu porque Bianca ficou tão chateada e foi conversar com ela.
- O que aconteceu? - perguntou Valentina sentando ao lado dela na cama.
- Nada, Beto é um idiota. - disse ela.
- Pode confiar em mim, quando você era menor me contava tudo que acontecia com você. - pediu Valentina.
- Eu sei, mas é que agora tudo esta diferente.
- O mundo ou você Bianca? - perguntou.
- Os dois.
- Você ainda é virgem e esta com vergonha, é isso? Pois saiba que não tem porque ter vergonha cada um tem seu tempo e... - falava Valentina até ser interrompida.
- Eu sou virgem, mas esse não é o problema. O problema é que eu sou diferente, não gosto das mesmas coisas que as outras meninas. - falou ela quase em um sussuro.
- Você gosta de meninas, Bianca?
Ela não conseguiu responder só balançou a cabeça.
- E que mal a nisso? Você tem o direito de gostar de quem quiser e ninguém tem o direito de lhe dizer o contrário.
- Eu achei que você fosse achar estranho, sei lá.
- Estranho porque? O amor não tem sexo Bianca e o preconceito é um sentimento detestável. Sem contar que você é minha caçulinha. Independente de com quem você tiver se for menina ou menino se você esta feliz eu também estaria. Agora me conta quem é ela?
- Ela não sabe ainda é só minha amiga, tenho medo de me declarar, estou esperando o momento certo.
- Que você acredita ser na viagem, acertei? - falou Valentina.
- Acertou. - disse Bianca.
- Só tome cuidado, não quero que você sofra por quem não te merece.
Valentina sabia que tinha algo acontecendo com os irmãos, ela via o sorrisinho apaixonado dos dois mexendo nos celulares.
Ela saiu do quarto de Bianca e foi até onde estava Beto.
- Você deve desculpas a sua irmã. - disse.
- Eu sei, foi uma brincadeira idiota.
- Foi mesmo. - disse Valentina.
- Agora me diz, quem é ela? - perguntou Valentina.
- Não tem ela.
- Por favor, Beto não maltrate a minha inteligência.
- Ta, Ta é Marina o nome dela. - falou.
- Vocês ja transaram ? - perguntou na lata.
- Isso é coisa que se pergunte, Valentina. - disse ele envergonhado. - Já bastou aquela vez que você nos obrigou a ir no médico e aprender como usar preservativo e dst's.
- Sim, e levo de novo se for o caso. - disse ela.
- Você não tem limites. Ainda não transamos eu ainda sou virgem e ela também. - disse ele por fim.
- Vamos ver se a minha bola de cristal acerta de novo. Vocês vão tentar nessa viagem? - quis saber ela.
Beto nada disse.
- Eu deveria proibir vocês dois de ir nessa viagem. - bufou Valentina.
Os gêmeos imploraram para que isso não acontecesse.
- Eu vou falar com os professores colocar um colado em cada um. E outra não quero saber de sobrinhos, vocês só tem 16 anos, comportem-se e chega de segredos nessa casa.
- Agora vamos sair pra almoçar no shopping não estou com cabeça para cozinhar, avisou Valentina e os gêmeos comemoraram.
Era domingo, Valentina estava deitada no sofá quando o interfone tocou. Era Juliana.
- Eu quase não vejo você, tenho que marcar hora pra te achar. - disse Juliana entrando no apartamento.
- Eu sei ando tão ocupada que não tenho tempo para nada . - se desculpou.
- E os pestinhas como estão? - perguntou Juliana.
- Estão bem agora estão numa fase apaixonados. - disse ela torcendo os olhos.
- Eles estão na idade, sabe quem deveria ter vida social também e se apaixonar? Você. - disse Juliana
Juliana juntamente com seus pais ajudaram Valentina na pior fase de sua vida e ela era muito grata. Juliana passava convidando e dizendo que ela devia sair mais se divertir, não podia viver só em função dos irmãos ainda mais agora que eles estavam crescidos.
Valentina prometera que durante a viagem dos irmãos iam combinar de ir em algum barzinho para a felicidade de Juliana.
[...]
Sophia passou o resto do seu final de semana em casa. Estava decidida, ia casar com Julio pegar a empresa para ela e alguns meses depois ia pedir o divórcio, não era a melhor solução, mas a sua única opção.
Poderia viver sua vida escondida e livre de qualquer pressão. Era a melhor decisão a se fazer.
Passou o domingo em casa refletindo e tomou a decisão, iria comunicar Júlio do casamento.
Um problema estava resolvido, agora ela precisava lidar com o outro, Valentina. Sophia sentia atração por ela, isso estava claro. Uma noite com ela e os meus problemas estavam resolvidos. - pensava Sophia.
Eu não estou apaixonada, eu só quero aquela mulher por uma noite e nada mais, se eu conseguisse depois ia voltar a viver normalmente sem ter ninguém perturbando meus pensamentos. - pensava Sophia.
Encheu a banheira colocou alguns sais e ficou ali até sentir sua pele ficar murxa. Estava decidida segunda-feira seria o dia de recomeçar e resolver todos os seus problemas tanto afetivos quanto profissionais.
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Amor Improvável (Romance Lésbico)
RomanceSophia era herdeira de um império, mas para ter direito a herança ela precisava seguir as regras de seu pai. Valentina era estudante de direito e cuidava dos irmãos. Duas mulheres, duas vidas completamentes diferentes, mas o destino vai uni-las, con...