Valentina acordou com sua cabeça latejava parecia ter uma escola de samba batucando. Olhou ao redor e viu que estava em seu quarto menos mal. Avaliou as suas roupas ainda eram as da noite passada. Tinha flashes passando pela sua cabeça, até ela conseguir ligar tudo o que tinha acontecido na noite passada
- Ah me Deus. - pensou.
Eu a abracei, senti seu cheiro, mas fui salva pelo meu estômago se não eu tinha beijado uma mulher, minha chefe e o pior de tudo eu queria e queria muito. Merda, merda, merda. - repetia ela para si mesma.
Sophia tinha uma relação estranha com Julio,uma relação aberta. Que tipo de relação era essa. Ela havia dito que não estava apaixonada será que era verdade? Varias questões que Valentina não tinha resposta.
Valentina levantou da cama e viu uma garrafa de água e um analgésico, tomou. Olhou seu estado estava deplorável, mas ainda era cedo teria tempo de tomar um banho antes de ir a agência.
Encontrar Sophia naquele dia não estava nos planos de Valentina ainda mais depois do papelão da noite passada. Tomou seu banho, colocou uma roupa e foi para sala, chegando lá se depara com Sophia deitada dormindo em seu sofá.
Sophia estava encolhida no sofá, parecia uma menininha toda enrolada em seu próprio corpo. Aquela cena fez o coração de Sophia bater mais forte, quem diria que aquela mulher deitada ali tinha mão de ferro para comandar seus funcionários?
Foi até a cozinha e preparou um café, Sophia ia precisar quando acordasse.
Sophia Bush passando a noite em um sofá, era muito inacreditável para ser verdade.
Valentina levou a xícara até a mesa do centro da sala e tocou de leve os ombros de Sophia tentando acordá-la mas não teve êxito. Sentou perto dela e começou a acariciar seus cabelos.
- Tão macios e cheirosos. - pensava ela.
Sophia sentiu o toque de Valentina e quis aproveitar mais um pouco aquele momento antes de abrir os olhos.
- Sophia. - sussurrou Valentina.
Todos os pelos do corpo de Sophia arrepiaram ao sentir aquela voz. Lentamente ela abriu os olhos e se deparou com Valentina agora sentada ao seu lado lhe encarando.
- Trouxe um café. - disse Valentina alcançando a xícara.
- Obrigada. - disse Sophia pegando a xícara e bebendo um gole.
- Como você esta? - perguntou Sophia se sentando no sofá.
- Um pouco de dor de cabeça, mas já tomei um analgésico que você deixou ao lado da cama.
Sophia sorriu ao ver que ela tinha percebido o pequeno gesto.
- Eu acabei dormindo no sofá, não queria te atrapalhar, mas também queria ter certeza que você estava bem. - disse Sophia.
- Obrigada por isso, mas não precisava você deve estar com a coluna destruída.
- Não posso negar que uma massagem agora seria bom.
A vontade de Valentina era se oferecer para fazer, mas não tinha intimidade para tanto preferiu o silêncio.
- Dei muito trabalho? - perguntou Valentina.
- Quase nada, você lembra de tudo? - perguntou Sophia.
- Alguns flashes nada muito claro. - mentiu. Ela não tinha coragem de dizer a verdade.
- Bom, temos que ir. - disse Valentina cortando o assunto.
- Tem razão, quer carona?
Valentina assentiu e saíram as duas do apartamento.
- Você se importaria de passarmos na minha casa? Preciso tomar um banho.
- Claro, só que vamos nos atrasar, melhor avisar a chefe. - debochou Valentina.
- Que engraçadinha. - brincou Sophia.
Chegaram no prédio de Sophia que morava na cobertura, subiram de elevador. Valentina ficou espantada com o tamanho do lugar, cabia duas vezes o seu apartamento ali dentro.
- Fica a vontade vou tomar um banho, rápido. - disse Sophia.
- Ah, se você quiser deve ter alguma coisa para comer na cozinha, Marisa limpa para mim e sempre enche a geladeira.
- Tudo bem. - disse Valentina sentando-se no sofá e notando como era confortável.
Notou como aquela sala era aconchegante em tons creme, uma tela de 50 polegadas, Beto ia surtar se visse essa tela.
- Valentina, você pode vir aqui? - gritou Sophia.
Valentina foi até o quarto que era do tamanho da sala, uma suíte.
- Poderia me alcançar a toalha que eu esqueci, fica na última gaveta - pediu Sophia.
Valentina pegou a toalha e foi até o box entrega-la para Sophia. Não pode deixar de notar a sombra das curvas de Sophia no reflexo do box completamente nua. Ela era um mulherão. Alcançou a toalha e sentou na poltrona do quarto esperando.
Sophia voltou do banho vestindo uma toalha e novamente os olhos de Valentina percorreram toda a extensão do corpo dela. Valentina se sentia estranha porque ela nunca sentiu tesão por mulher nenhuma, mas com Sophia era diferente.
Sophia tirou a toalha ficando de langerie vermelha. Ela podia sentir os olhos de Valentina a analisando com desejo, ou talvez fosse coisa da cabeça dela?
- Como ta o pescoço. - perguntou Valentina depois de ver ela movimenta-lo várias vezes.
- Um pouco dolorido. - disse ela.
- Se tivéssemos tempo eu faria uma massagem. É o minimo depois de você ter que dormir no meio sofá horrível. - arriscou Valentina.
Antes que Sophia pudesse responder seu celular tocou e ela foi atender. Era Julio para lembrá-la da reunião que teriam em poucos minutos.
- Eu vou cobrar essa massagem, mas agora temos mesmo que ir. - disse Sophia.
Foram caminhando até o carro de Sophia.
- O que achou da minha casa? - perguntou Sophia.
- Linda e enorme, meus irmãos iam surtar. - disse ela.
- Assim que eles voltarem da viagem estão convidados a conhecer minha casa, podemos fazer uma noite de jogos. - disse Sophia.
- Claro. - respondeu Valentina já imaginando que aquela noite nunca iria acontecer de verdade.
Chegaram na agência e antes de Valentina ir embora Sophia perguntou.
- O que vai fazer hoje?
- Só quero descansar hoje, a noite de ontem foi muito agitada.
- Tudo bem. - respondeu Sophia.
Valentina sabia que ela queria convida-la para fazer algo e disse por fim:
- Por quê?
- Queria te convidar para irmos ao cinema.
- Claro, mas poderia ser amanhã? Porque hoje estou cansada mesmo.
- Sim, você quem decide. - sorriu Sophia que retribuiu. As duas entraram na empresa, Valentina indo para o seu setor e Sophia para sua reunião, mas uma coisa as duas tinham em comum uma não conseguia deixar de pensar na outra.
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Amor Improvável (Romance Lésbico)
RomanceSophia era herdeira de um império, mas para ter direito a herança ela precisava seguir as regras de seu pai. Valentina era estudante de direito e cuidava dos irmãos. Duas mulheres, duas vidas completamentes diferentes, mas o destino vai uni-las, con...