Capítulo 1

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SOPHIA

O despertador tocou e Sophia levantou da cama, foi até a janela do seu quarto para admirar a vista do Rio de Janeiro da sua cobertura. Respirou fundo agradeceu por mais um dia e foi tomar banho.

Vestiu uma saia e uma camisa pegou sua bolsa e foi trabalhar. Sophia tinha 27 anos e era herdeira de uma rede de hotéis espalhados pelo Rio de Janeiro e pela Europa, mas não era um ramo que lhe instigasse a trabalhar. Tinha 1,75 cabelos castanhos escuros ondulados e olhos cor de mel.

Junto com Julio seu amigo abriram um escritório de advogacia que agora contava com 5 filiais espalhadas pelo Brasil. Os dois se conheciam desde pequenos, já que seus pais eram sócios em quase todos os empreendimentos.

Sophia adotava uma postura na agência completamente diferente da sua postura na rua. Prendia o cabelo em um coque alto e colocava seus óculos ficando com um ar intelectual.

- Bom dia, senhorita Bush, o senhor Álvarez está lhe esperando na sua sala. - disse Márcia.

- Obrigada, Márcia.

Sophia entrou em sua sala e Julio já estava lá praticamente deitado em seu sofá.

- Minha sala não é quarto, querido. - disse Sophia.

- Vejo que acordou com um humor contagiante no dia de hoje. - debochou Júlio.

Sophia franziu o senho, Julio tinha o poder de lhe tirar do sério.

- Deixa de bobagem, Julio. Precisamos agilizar o processo, o cliente esta cobrando uma posição nossa.

- Eu sei, mas com a abertura da nova filial estamos desfalcados de funcionários.

- Eu tô ciente, pedi para a agência agilizar a seleção de candidatos precisamos urgentemente. - falou Sophia pegando o telefone e ligando para a agência.

- Vou fazer a seleção pessoalmente . - falou Sophia.

- Coitados dos candidatos. - riu Julio.

A fama de Sophia na empresa não era das melhores, era considerada uma excelente advogada, não perdia suas causas, mas entre os funcionários tinha fama de megera e Julio sabia disso. Sophia não se importava e nem fazia questão de mudar a opinião dos seus colegas, Julio não tinha pulso firme e Sophia acreditava que alguém tinha que gerir a empresa com pulso firme.

- Não maltrate muito o(a) novo futuro (a) empregado, vou indo para minha sala. - disse Júlio.

- Jamais faria isso. - sorriu ironicamente Sophia.

Sophia pegou sua bolsa e foi se dirigindo até o elevador, iria para a agência fazer a seleção, por mais que a agência fosse de confiança ela gostava de analisar pessoalmente quem iria contratar.

Chegando na agência, Sophia observou uma mulher morena sentada em um banco.

- Não acredito nisso, Bruna o que você faz aqui. - gritou Sophia em seus pensamentos.

A menina olhou para ela e logo foi fuzilada pelo olhar furioso de Sophia.

Bruna era a ficante fixa de Sophia, uma morena um pouco baixa de cabelos lisos escorridos. Quando Sophia estava afim aparecia no apartamento de Bruna em busca de sexo e depois ficava semanas sem dar notícias até aparecer de novo. As regras na relação delas foram impostas por Sophia e Bruna não se importava, pois sabia como a família de Sophia era.

Sophia entrou na sala da agência contrariada com a presença de Bruna e passou voando pelas candidatas entrando em uma sala.

- Qual o problema dessa garota? - repetia Sophia enquanto recebia uma pilha de fichas para analisar.

[...]

VALENTINA

Valentina nem tinha conseguido dormir direito, a agência tinha ligado no dia anterior informando que ela havia sido selecionada entre as 10 candidatas para trabalhar numa das maiores redes de advocacia do Brasil.
Valentina estava no quarto ano de direito e aquela era sua oportunidade de quem sabe ser contratada em definitivo da empresa? Era uma possibilidade, mas primeiro ela tinha que ser selecionada para essa vaga.

Acordou cedo tomou banho, ficou escolhendo que roupa colocar que pudesse lhe dar um ar mais formal. Optou por uma saia lápis preta e uma blusa vestiu um sapato. Olhou no espelho e não estava nada mal, ela tinha olhos azuis e cabelos loiros. Na adolescência tinha realizado alguns trabalhos como modelo, mas com o acidente de seus pais a sua vida tomou outro rumo.

Foi até a cozinha e para sua surpresa o café estava servido e seus irmãos ja estavam sentados na mesa.

- Que milagre aconteceu aqui? Quem são vocês e o que fizeram com meus irmãos. - debochou Valentina.

- Parece que alguém dormiu com o Bozo. - falou Bianca.

- Nosso incentivo pra você arrasar na entrevista maninha. - piscou Beto.

- O que seria de mim sem vocês? - disse Valentina enquanto beijava a bochecha dos dois, que reclamaram da melação.

Valentina saiu de casa cedo pegou o ônibus e chegou na agência antes do horário previsto, chegou na recepção e foi encaminhada até a sala de espera onde cada candidata seria chamada para a entrevista.

Enquanto esperava Valentina conheceu duas mulheres que sentaram ao seu lado, as duas tinham filhos pequenos e estavam receosas que aquilo seria um problema. Valentina ficou pensativa se ela realmente merecia aquele emprego ou se tinha gente mais necessitada que ela.

Valentina viu entrar em uma sala uma mulher alta muito bem apresentável, mas muito mal educada. A mulher passou por elas sem sequer cumprimentar, uma baita falta de educação, pensou Valentina. Quem essa mulher pensava que era pra entrar daquele jeito ?

Amor Improvável (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora