Capítulo 18

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Sophia foi até a porta irritada.

- Sim? - perguntou ela.

- Desculpe. - disse um homem com materiais de limpeza nas mãos. - Achei que estava livre a sala. - disse ele.

- Ainda esta ocupada. - disse ela seca.

O homem foi embora e Sophia voltou sua atenção para Valentina.

- Era o pessoal da limpeza. - disse Sophia.

Valentina observou o relógio.

- Nossa perdemos o horário já é tarde, melhor irmos. - disse Valentina.

- Você tem razão. - suspirou Sophia.

Sophia estava irritada com a interrupção e mais ainda consigo mesmo. Ela estava prestes a gozar somente com o toque de Valentina sob sua pele. Ela nunca tinha passado por aquilo era como se Valentina tivesse um poder sobre ela inexplicável.

Sophia mexeu no cabelo, respirou fundo, ela tinha entrado em um estado de completo transe, se não tivessem batido na porta ela não sabia o que poderia ter acontecido e Valentina, o que ela deve estar pensando nesse momento? Essas perguntas não saiam da cabeça de Sophia e pela primeira vez na sua vida ela estava com vergonha de uma mulher.

- Quer carona? - perguntou Sophia de costas para Valentina arrumando suas coisas.

Valentina tinha percebido que pela primeira vez Sophia estava estranha desde a batida na porta ela ainda não olhava Valentina nos olhos, o que era estranho. Ela não tinha gostado da massagem era uma possibilidade, mas Valentina no fundo sabia que não era isso. Sophia soltava pequenos gemidos de prazer a cada toque de Valentina, no início ela achou que era por causa das dores, mas depois aquilo ficou tão intenso que Valentina chegou a achar que tinha algo a mais.

Agora Sophia estava lhe oferecendo carona, sem nem sequer olha-la nos olhos o que era no mínimo estranho.

- Não precisa, obrigada. - disse Valentina.

Sophia não retrucou nem nada disse. Ela estava extremamente encabulada e frustada com aquela situação eram sentimentos opostos que estavam lhe deixando ainda mais confusa.

Valentina saiu da sala pegou suas coisas e foi para a parada de ônibus, aquele dia tinha sido no mínimo interessante. - sorriu ela.

Sophia ainda demorou para sair da empresa, tomou um copo de água, respirou fundo três vezes tentando se recompor o que tinha acontecido naquela sala era imperdoável ainda mais para ela que sempre deixou claro que prazer e negócios não andavam juntos. O toque de Valentina ainda estava presente no corpo de Sophia assim como seu perfume.

- Que droga Valentina, porque você fez isso. - esbravejava Sophia.

Sophia pegou o celular e mandou uma mensagem para Bruna dizendo que ia passar lá mais tarde. Não era a coisa certa a fazer, Sophia sabia, mas era a única forma que ela sabia para tirar Valentina da cabeça.

Saiu da sua sala pegou suas coisas e foi pegar seu carro. Valentina ainda estava presente em sua cabeça e aquilo era perigoso. Saiu da empresa e viu Valentina parada no ponto de ônibus.

Essa hora, Valentina, porque você não aceitou a minha carona. - pensou Sophia parando o carro.

Desde o momento em que foram interrompidas, Sophia não conseguia olhar Valentina nos olhos, e Valentina sabia que tinha algo errado. Por isso ela não aceitou a carona, precisava pensar.

-Sobe eu te levo. - falou Sophia ao parar o carro na parada de ônibus.

- Não precisa, obrigada, o ônibus já esta chegando. - disse Valentina.

- Valentina, por favor eu não vou deixar você aqui sozinha a essa hora. Sobe vai? - pediu Sophia

- Tudo bem. - disse Valentina resignada.

Valentina subiu no carro e Sophia partiu em direção a casa de Valentina.

- Por que você não aceitou a minha carona ? - perguntou Sophia.

- Não queria atrapalhar. - mentiu Valentina.

-Você nunca atrapalha. - disse Sophia apertando a mão de Valentina delicadamente.

Sophia se arrependeu do gesto assim que o fez, novamente seu corpo acendeu só com o toque de Valentina, a fazendo soltar a mão de Valentina rapidamente.

Valentina não entendia porque seu corpo ansiava pelos toques de Sophia mesmo que fossem tão simples. Valentina estava confusa ela desejava uma mulher, era isso? Não podia ser.

A viagem até a casa de Valentina ocorreu no mais completo silêncio, ambas estavam desconfortáveis com aquela situação.

- Chegamos. - disse Sophia.

Valentina ficou sentada no carro pensando em tudo que tinha acontecido entre elas. Ela queria convidar Sophia para entrar, mas será que era seguro?

Antes que Valentina falasse alguma coisa, o celular de Sophia tocou e ela respondeu uma mensagem de forma inquieta.

Valentina podia imaginar do que se tratava.

- Obrigada pela carona. - disse e saiu rapidamente do carro sem esperar resposta de Sophia.

Já em casa Valentina refletia em como ela podia ter pensado em ficar com Sophia, ela tinha Julio e mais um harém de mulheres aos seus pés, ela não tinha como competir com aquilo, o melhor a fazer era tirar essa ideia estúpida da cabeça.

[...]

Bruna tinha mandando mensagem para Sophia confirmando que a estava esperando. Sophia visualizou e foi responder, quando ouviu a voz de Valentina se despedindo e saindo do carro rapidamente, sem dar qualquer chance de resposta.

Sophia bufou e acelerou o carro, aqueles flertes com Valentina estavam lhe tirando o sono e ela não aguentava mais.

Parou o carro no apartamento de Bruna e entrou.

Chega de Valentina, chega de Valentina. - repetia para si mesma.

Entrou no apartamento de Bruna que lhe esperava com uma taça na mão só de hobbie. Bruna não perdeu tempo e a beijou, Sophia fechou os olhos e viu Valentina, intensificou o beijo e viu Valentina novamente.

Cada toque, cada carícia de Bruna, Sophia imaginava Valentina e seu corpo correspondia em completa excitação e prazer. Sophia gemia alto até chegar na plenitude de seu prazer sussurrando o nome de Valentina.

Bruna deitou na cama e observava Sophia ainda de olhos fechados extasiada.

- Você transou comigo, imaginando ela, caralho Sophia.

Sophia abriu os olhos e olhou para Bruna.

- Do que você esta falando?

- Só vai embora Sophia eu já estou cansada de tapar buracos na sua vida, eu mereço um pouco de amor próprio.

Sophia não quis discutir pegou suas coisas e saiu, porque ela sabia que as palavras de Bruna eram verdadeiras.

Amor Improvável (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora