Sophia foi direto para sua reunião e Valentina foi para o seu setor, ainda tentando entender tudo o que tinha acontecido na noite anterior. Sophia tinha cuidado dela, o que tinha sido fofo, mas ela ainda não sabia o que pensar direito de Sophia. Várias mulheres na sua volta, a sua relação/não relação com Julio, tudo era muito confuso.
A reunião de Sophia terminou e ela foi para a sua sala, estava com muita dor no pescoço e nas costas, passar a noite no sofá de Valentina tinha destruído sua coluna, mas ela não podia reclamar ser acordada por Valentina daquele jeito fofo e carinhoso valia todas as dores do mundo.
A secretária de Sophia ligou informando que seu pai estava na linha.
- Não consigo ter um dia de paz, por quê? - suspirou Sophia.
- Bom dia, pai. - disse ela.
- Bom dia minha filha como você está?
- Bem e o senhor?
- Bem, Bem. Estou te ligando pra avisar que estou indo para o Brasil dentro de um mês. - disse ele.
- Que legal. - disse Sophia.
Ela sabia que dentro de um mês teria que divulgar para toda a imprensa o seu noivado com Julio, e só de pensar nisso já lhe dava um desânimo.
- Tenho outra coisa pra lhe pedir filha, um filho de um amigo esta passando por um processo de divórcio e eu queria que você cuidasse do caso. - disse Eduardo.
- Pai, nós não tratamos de casos conjugais aqui e o senhor sabe muito bem disso.
- Eu sei, mas é o filho de um amigo querido, e eu sei que vocês podem me fazer esse favor. - pediu ele.
Sophia suspirou seu pai tinha o poder de lhe tirar do sério.
- Fale com o Julio, eu estou muito ocupada com vários casos. - disse por fim.
- Vou falar, depois conversamos mais sobre o assunto.
- Tudo bem, um beijo, pai.
- Se cuida minha filha. - disse ele desligando.
Sophia se jogou na cadeira movimentando seu pescoço, aquela conversa com o pai tinha lhe aumentado as dores musculares.
[...]
Valentina estava organizando processos para levar a reunião da equipe naquela tarde. Não tinha mais visto Sophia desde o início da manhã quando chegaram juntas. Não queria admitir para si mesma, mas queria vê-la de novo.
Passou a tarde ansiosa esperando pela reunião. Ansiedade essa que foi notada por Carol.
- O que você tem Val?
- Nada, só esperando pela reunião.
- Você esta mais inquieta do que o normal. - disse Carol analisando-a.
- Impressão sua, só estou com saudades dos meus irmãos. - disse ela.
- E como eles estão?
- Ótimo, o lugar que estão é lindo, mas parece que vão ficar menos tempo por lá.
- Suas férias estão acabando. - sorriu Carol.
- Verdade, mas já estou morrendo de saudades.
- Irmã, coruja. - brincou ela.
Valentina e Carol chegaram na sala de reuniões. Valentina notou a cara de Sophia que não estava muito amistosa. Assim que Sophia viu Valentina ela sorriu.
A reunião correu como sempre, várias cobranças, mas quem tomou a frente foi Júlio. Sophia parecia estar bem longe dali em pensamentos.
Sophia não conseguia prestar atenção na reunião, a noite passada tinha sido reveladora. Apesar da bebida de Valentina ela tinha dado pistas de que talvez sentisse algo e aquilo era animador. Mas a ligação do seu pai mais cedo tinha trazido Sophia de volta para a realidade e o noivado em menos de 1 mês não saia de sua cabeça. Sem levar em conta as dores que ela estava sentindo na coluna naquele dia.
- Bom pessoal era isso por hoje, estão liberados. - disse Julio.
- Vamos juntas? - perguntou Carol para Valentina.
- Vai indo, eu vou organizar umas coisas antes de ir. - disse Valentina.
A equipe foi se retirando e Valentina ficou enrolando mexendo em alguns papéis, ela queria falar com Sophia mas não tinha coragem.
Sophia percebeu que Valentina estava demorando para arrumar suas coisas e continuou na sala até todos saírem.
- Como você esta? - perguntou Valentina depois de todos terem ido embora.
- Bem, só essa dor nas costas que esta me matando. - disse ela.
- Meu sofá causa isso nas pessoas.
- Sabe o que cairia bem? Aquela massagem que você ofereceu. - arriscou Sophia.
- Posso fazer, mas aqui na sala de reuniões?
- Você quer ir a algum outro lugar? - perguntou Sophia.
Valentina não gostou daquela insinuação, ela sabia o que tinha dito na noite passada e talvez Sophia estivesse achando coisas que não deveria.
- Na sua sala podia ser. - disse Valentina. Era o melhor lugar nada muito íntimo.
Foram até a sala de Sophia. Valentina indicou um divã que tinha na sala. Valentina estava nervosa e não conseguia entender o porquê, era só uma massagem ela repetia para si mesmo várias vezes.
Sophia sentou no divã e Valentina tirou delicadamente os cabelos de Sophia das costas e colocou em seus ombros. Os cabelos de Sophia exalavam um cheiro que penetravam em Valentina de uma forma que a faziam sair de órbita.
Valentina começou a massagear os ombros de Sophia de forma delicada e aos poucos foi pressionando a região com mais intensidade.
Sophia começou a soltar alguns gemidos quase sussurrando de prazer. O que incentivava Valentina a continuar os toques na pele macia de Sophia.
Sophia arrepiou seu corpo inteiro ao sentir o toque de Valentina em seus ombros, quanto mais intensa ficava a massagem mais Sophia se transportava dali. Pequenos gemidos involuntários saiam da sua boca com aquela massagem inebriante.
Valentina continuou a massagem descendo dos ombros para as costas, pressionando firme aquela região.
Sophia deu um suspiro ainda mais profundo de prazer e Valentina sentiu satisfação ao perceber que Sophia estava gostando da massagem.
Gostando não seria a palavra correta, Sophia estava em outra órbita com o toque de Valentina. Cada toque dela em sua pele, a fazia sentir coisas inexplicáveis, Sophia estava em êxtase com aquilo, ela queria mais e mais.
Valentina continuou a massagem descendo do pescoço até a lombar de Sophia que arfava ainda mais intensamente.
Será que ela... Não, deve ser coisa da minha cabeça. - pensou Valentina.
Ouviram uma batida na porta e Valentina parou imediatamente a massagem e se levantou. Sophia ainda demorou alguns segundos até recobrar a consciência e se dar conta de onde estava e que tinha alguém batendo na porta.
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Amor Improvável (Romance Lésbico)
RomanceSophia era herdeira de um império, mas para ter direito a herança ela precisava seguir as regras de seu pai. Valentina era estudante de direito e cuidava dos irmãos. Duas mulheres, duas vidas completamentes diferentes, mas o destino vai uni-las, con...