C65

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ALANA NARRANDO

Minha única reação foi correr pro quarto e desabar. Eu que me achava tão forte, to aqui chorando por causa de um embuste. Que raiva.

A Bella entrou no quarto

-Bella: Lana?

Não quis responder, por que não quero ser grossa com ela.

-Bella: Lana? - ignorei e continuei chorando no meu canto -Lana fala comigo - continue chorando - desculpa

-Alana: desculpa pelo que Maria Isabella? - estourei - por ter nos tirado da paz que tínhamos em SP e voltado pra esse inferno? Desculpa por que agora ele pode descobrir sobre  a minha filha e querer tirar ela de mim? Desculpa por que, Maria Isabella?

-Bella: desculpa, Lana - começou a chorar e eu já me arrependi de jogar toda culpa pra ela

Levantei do chão

-Alana: é a última vez que eu, Duda e Vinícius pisamos no Rio. - sai batendo a porta e voltei pra sala.

-Vinicius: calma, meu amor - veio me abraçar e ai que eu desabei mesmo - ele não vai tirar a Duda da gente. Ta tudo bem. Eu to com você.

É incrível o poder que o Vinícius tem de me acalmar.

...

Já era a noite todo mundo na sala assistindo tv e conversando, todo estresse já tinha passado, eu e Bella ficamos um pouco distante.
Bateram na porta.

-Alana: que porra que ninguém dá um minuto de sossêgo?! - me afastei do abraço do Vinícius e fui abrir a porta.

-Beck: caraca, Alana é você mesmo? - me abraçou e eu abracei ele de volta - quando me falaram que tinham visto vocês eu nem acreditei

Beck entrou e foi abraçar a Bella.

-Beck: cadê a Duda? - peguei ela que estava brincando no chão e levei até meu amigo

-Alana: filha, esse é o tio Beck - na hora ela se jogou pros braços dele.

-Beck: Nossa como eu tava ansioso pra conhecer você - abraçou a Duda bem apertado

Colocou ela no chão e foi comprimentar Vinícius, a Tia e a Vó.

-Beck: então - falou se escorando no sofá e ajeitando o boné - vamos comer alguma coisa?

-Bella: lógico! - Bella já se animou. Eu hesitei um pouco mas que mal tem não é mesmo?

Eu e a Bella trocamos de roupa e saímos. Fomos no carro do Beck, o Vini e ele na frente foram conversando. A tia Ângela ficou com a Duda.

Do caminho até o barzinho que a gnt ia, fiquei olhando a favela. Não mudou quase nada aqui, as crianças ainda brincam na rua, ainda tem um monte de fofoqueira sentada na calçada, sinto falta daqui mas não voltaria não.

Chegamos no barzinho e eu pedi uma porção de fritas pra mim e pra Bella e uma coca pra começar, não to afim de beber não.

-Alana: eai, Beck como estão as coisas por aqui?

-Beck: na mesma, Laninha. Na luta pela liberdade do Digo

-Bella: ele vai ficar lá até quando?

-Beck: eu não sei, Bella. É complicada a situação dele sacô?!

-Bella: eu quero ir lá

-Alana: ta doida, Bella? Você vai fazer 17 anos essa semana não pode ir.

-Beck: na verdade, eu até consigo desenrolar pra ela ir lá - Bella se animou na hora - ele vira e mexe pede que eu te leve lá

-Bella: ele fala de mim?

-Beck: o tempo todo

Eu vi uma esperança no olhar da Bella. Ela ainda o amava e quem sou eu pra impedir?

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Muito obrigada por lerem!

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XOXO

Neurótico Por Ela (Morro)Onde histórias criam vida. Descubra agora