C73

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Maratona 2/3

DIGO NARRANDO

Caralho, mano. Marina enche viu?! Falei que não ia passar o natal com ela e mesmo assim ela aparece na minha casa.

Digo: quê que foi, Marina? - disse encontrando ela sentada no sofá

Marina: fiquei te esperando em casa e você não apareceu

Digo: eu falei que ia? - ela desmanchou o sorriso - vai pra casa, pro baile sla, porra. Não tem família pra passar o natal também?

Marina: eu queria passar com você... Tinha até comprado um presente pra você e pra minha sogra...

Digo: tá, tá amanhã eu vejo isso... Agora vaza

Marina: não vai pra NOSSA casa?

Digo: não, vou ficar na minha mãe hoje

Marina: posso dormir com você?

Digo: caralho Marina. RALA - gritei e ela me olhou com os olhos marejados se levantando e indo embora

Encheção de saco da porra.

Fui dormir pensando na Bela. Caralho, passou os anos e continuo amarradão nela. Espero que seja recíproco.

Daqui uns dias volto pro privado, mas queria me acertar com ela antes, pô. Falar que quero ter uma família com ela sabe?!

Sempre foi meu sonho ser pai, to chegando perto dos 30 anos e parece que fica cada vez mais distante se realizar. Minha coroa também, é doida pra ter um neto. Será que Deus ainda vai me ouve? Dormi com esses pensamentos.

Acordei cedão hoje, cheio de bo pra resolver na boca e ainda tenho que buscar minhas coisas na casa da Marina.

Tomei café e fui direto pra boca, nem vi minha mãe. Fiz toque com os mulekes que estavam na boca e fui pra minha sala.

Fiquei lá até umas 13h fazendo a contabilidade. Nem vi a hora passar, já tava com uma larica da porra. Sai de lá e vejo passando na rua a razão das minhas dores de cabeça.

Dg: MARIA ISABELA - gritei ela do outro lado da rua que me viu, bufou e continuou andando. Abusada da porra,  tio - ta surda, caralho? - fui até ela com a moto

Bela: ou talvez não quisesse falar com você?!

Dg: ta indo onde?

Bela: na vendinha - falou já sem paciência

Dg: sobe ai, pô ta mo solzão - ela subiu resmungando deixei ela na vendinha e consegui roubar um selinho dela, sai voado pra casa da Marina.

Entrei, fui em direção da cozinha tomar uma água. Vi um copo com chá de canela, e cara, minha mãe sempre falou que essa porra era abortiva, era só o que me faltava. Tava tudo em silêncio. Subi pro quarto e a doida tava em cima da cama fazendo a unha

Digo: eai?! - fui em direção o closet

Marina: até que enfim, achei que não ia aparecer, pedi marmitex tá lá no microondas

Nem respondi nada e peguei uma mochila que tinha ai, e comecei a jogar minhas roupas dentro

Digo: tava tomando chá de canela pq? - olhei pra ela que ficou pálida na hora

Marina: já tem uns dias que tô tomando...

Digo: só isso? Acha que eu tenho cara de otário? - ficou quieta sem responder

Marina: eu não quero ter um filho agora, Dg

Cara, ela falou isso e eu saí de mim. Voei naquela piranha, não acredito que ela matou meu pivete. Taquei ela na cama segurando seu pescoço

Digo: repete essa porra ai - ela não conseguia falar e ficava tentando se soltar - sua puta do caralho, como você faz isso sem falar comigo?

Dei dois murro na cara dela.

Marina: des.. de.. culpa - tentava falar

Digo: DESCULPA VAI TRAZER MEU FILHO DE VOLTA, SUA VADIA? CARALHO EU VOU TE ESTOURAR.

Mano, como assim? Como alguém faz isso? Nem pra vir falar comigo, simplesmente vai lá e toma essa porra por dias. Eu to muito puto.

Digo: pega tuas coisas e vai embora - falei saindo de cima dela, que tava com alguns cortes na boca e um olho machucado.

Ela não falava nada. Nem se mexia.

Digo: ta surda, porra? - ela me olhou ainda  choque - VAZA, eu não quero você mais aqui. Se tu pisar no meu morro eu te mato

Saí de lá, eu ia matar ela se continuasse. Chamei um vapor e pedi pra dali a pouco subir lá e certificar que ela ta pronta pra vazar e deixar no pé do morro.

Caralho, só pica. Não tem um dia de paz.

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Já solto o último, curtam e comentem!

XOXO

Neurótico Por Ela (Morro)Onde histórias criam vida. Descubra agora