Permita-se Amar (FANFIC CONCLUÍDA)

Capítulo 22

POV Anastácia

Foi difícil.

Eu não consegui resistir à pressão de estar tão perto de Christian, e ao mesmo tempo longe. Ele parecia tão tranquilo quando se juntou à nós para o jantar. Mas só de vê-lo meu coração parecia que iria explodir em meu peito. Eu havia ficado tensa até mesmo para terminar de comer.

Eu não conseguiria ficar lá com eles.

Como se nada tivesse acontecido, como se...

Fechei meus olhos fortemente.

Quando cheguei no meu quarto, eu me arrependi de ter feito aquela cena na cozinha.
Idiota.

Peguei minha mala e comecei a arrumar, eu preciso sair daqui enquanto ele estiver na cidade.

Grace e Ella não tinham nada haver com o que estava acontecendo. E eu simplesmente estraguei o jantar de todo mundo.

Amanhã eu teria que me desculpar com elas. Eu só esperava que Grace não fizesse perguntas e que entenderia a minha decisão.
Assim que ele retornasse para Nova York eu voltaria para ajudá-la.

Enquanto eu ainda estava tentando entender minha mente confusa, batidas na porta interromperam meus pensamentos.

Fechei novamente meus olhos e torci para que ele fosse embora de uma vez.

Mas as batidas continuaram, e agora meu nome estava sendo chamado.

Era ele.

Porque Christian estava do outro lado da porta?

Porque ele ainda se importa?

Esperei silenciosamente até que ele se cansasse e desistisse de chamar meu nome.

Ouvir sua voz rouca estava me enlouquecendo.

Meu deus, o que eu faço?

Um instante antes das batidas perderem a força, e parecer diminuir com o passar dos segundos.

Eu fui até a porta, e pousei a mão na maçaneta.

Será que eu estava fazendo a coisa certa?

Expirando fundo, e limpando um pouco das lágrimas que correram dos meus olhos, eu movi a maçaneta e abri a porta.

Não apareci de imediato, apenas esperei que ele entrasse.

E ele entrou.

O quarto parecia muito pequeno para nós.

O ar começou a faltar.

Eu não levantei meus olhos para vê-lo ainda, mas eu conseguia sentir o quão nervoso ele estava.

Afinal ninguém esperava que eu fosse reagir daquela forma, não era?

Christian tinha seus olho fixos em mim, eu podia sentir uma força querendo me empurrar até ele.

Ele começou a se desculpar e eu comecei a justificar o que tinha acontecido, e o porquê que eu havia saído correndo da cozinha.

Mas no fundo ele já sabia não era?
Era impossível ele não perceber.

Quando ele começou a se aproximar dado passos largos pelo meu quarto, eu levantei a mão para impossibilitá-lo.

Já tínhamos feito isso antes, e eu sabia onde levaria.

Christian sussurrou meu nome algumas vezes, soando como se quisesse que eu relaxasse, que eu derrubasse as próprias barreiras que criei.