Filho, venha a mim!

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-Como vocês perderam o bebe de vista? – Maze gritou no celular. – Amenadiel... sem desculpas! Tá, eu resolvo! – ela desligou e bufou.

-Tudo bem com o Charlie? – perguntou Eva enquanto remexia nos bolsos do foragido que haviam capturado. – Achei a chave!

-Ótimo. – Maze ligou para a DP. – Estou com a recompensa. Ryan Bayle. Vou deixa-lo no armazém do Pops porque tenho outro ser para procurar. – e desligou. – Vamos, Eva. 

                Chloe recebeu a mensagem de Lúcifer avisando que Charlie havia sumido e ela montou uma pequena equipe de busca para circular a região. Um pouco mais de meia hora ela recebeu uma mensagem de Trixie pedindo para ir busca-la na escola com urgência.

-Dan, qualquer novidade do Charlie você me avisa. – pediu Chloe e saiu.
-Pode deixar!

                Quando Chloe chegou à escola, viu a menina no banco do corredor com Charlie no colo.

-Trixie, querida! Onde o achou?

-Na verdade, ele me achou. – a menina ria enquanto Charlie tentava pegar sua chiquinha. – Ele estava preso na janela da sala. Bizarro!

-Ah... é, obrigada por avisar, macaquinha. Eu vou devolvê-lo aos pais. Volta pra aula, tá bom?

-Sim, mamãe!- a menina pulou do banco e deu tchauzinho para o bebê.

                Chloe mandou uma mensagem a Amenadiel informando que havia encontrado o bebe e que o levaria a Lux. Ela o colocou no banco de trás e afivelou bem a cadeirinha e rumou à boate. No meio do caminho, Lúcifer liga, Chloe põe no viva voz.

-Detetive, cuidado com o bebe!

-Eu estou olhando ele, Lúcifer. Eu sou mãe, assim você me ofende. – Chloe olhou o menino ao seu lado, ele olhava a janela.

-Não, Detetive, é pra você tomar cuidado! Acho que o Charlie está...

-Ai meu Deus! – Chloe gritou quando a criança abriu as asas e tampou a visão da mulher. Chloe apertou o freio, mas ouviu o barulho da buzina e sentiu o impacto.

-Detetive?! – gritou Lúcifer no outro lado da linha.

-Charlie! – murmurou Amenadiel em choque. Os dois desceram e Lúcifer nunca dirigiu tão rápido por LA.

                Linda segurava um Charlie adormecido. Ele estava muito sonolento e cansado com a descoberta de suas asas. Por sorte, Amenadiel sabia uma música angelical que acalmava o bebe e recolhia as asinhas; Ele não teve sequer um arranhão. Lúcifer o achou chorando ao lado de uma Chloe desacordado e gravemente feriada, o carro bateu de frente com um caminhão. Nos cálculos de Ella, era um caminhão de transporte ilegal, por isso nem pararam para socorrer. O médico apareceu na recepção e todos deram um pulo para ouvi-lo.

-A sra. Decker está inconsciente e fraturou uma das costelas. Ela está em estado gravíssimo, eu sinto muito. – disse o médico. – O baque na cabeça foi muito forte, há grandes chance de entrar em coma.

-Não. – murmurou Lúcifer entrando em desespero. – Não! – ele gritou e o empurrou, andando às pressas até a UTI. Pelo vidro olhou ao longe a mulher com cortes no rosto, entubada e frágil. Não poderia perde-la.

                Lúcifer passou a noite no hospital. As enfermeiras, encantadas, permitiam que ele ficasse alguns minutos com Chloe ao longo da madrugada nasala de UTI.

-Se você me deixar eu jamais a veria novamente. – Lúcifer comentou acariciando sua mão. – Você iria para o céu, dentre as mortais mais lindas e eu jamais a veria. – Lúcifer repousou a cabeça na cama. – Pelo jeito eu também não a veria mesmo se fosse para o inferno agora. – ele riu desgostoso. – Por favor, não me deixe, Chloe.

A Ascensão de Lúcifer (Depois do Adeus)Onde histórias criam vida. Descubra agora