A Ascensão de Lúcifer (Depois do Adeus)

Irmãos

NOTA DA AUTORA: reta final da fic!
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A cada viagem parecia mais fácil, mais familiar voltar para casa. Casa; não parecia ruim chamar o Céu de Lar depois da experiência que passou com seu Pai, depois de ter relembrado momentos que o Inferno fizeram o anjo esquecer. Quando pousaram em frente os portões, a roupa humana dos três se diluiu, não sendo compatível com a divindade do local.

-É muito bom estar em casa. – Eva comentou sorrindo maliciosa ao ver Lúcifer nu. – Que Chloe não ouça, mas olhar não tira pedaço.

-Certo. – Amenadiel cortou. – Esqueci desse detalhe. Podia ter pego minha roupa de guerreiro na lavanderia.

-Deixa disso, Amenadiel. Desde quando nudez é um tabu no céu? – Lúcifer riu enquanto os três entravam.

-É tão bom estar em casa! – comentou Amenadiel. – Respiro até melhor.

-Bom, para onde vamos? – comentou Lúcifer.

-Só há um lugar onde Remiel mais ama no mundo. – sugestionou Amenadiel e Lúcifer sorriu entendendo o recado.

-Vem, Eva. – pediu o diabo pegando a mulher no colo e alçando voo novamente.

 

                Remiel era a fã incansável de Amenadiel. Queria lutar como ele desde que se entendeu como anjo. Amenadiel a ensinou tudo o que sabe, e ela cresceu. Desafiou seus outros irmãos, e se tornou grandiosa. Amenadiel dizia que ela era melhor que ele, pela garra dela, mas todos sabiam que Amenadiel seria sempre o melhor guerreiro de Deus.

                No meio do espaço, os anjos viram Remiel gritar instruções a pequena Zauriel enquanto lutavam. Zauriel era o anjo da delicadeza e da doçura, os cabelos loiros e cacheadinhos lhe davam um ar puro, mas era extremamente esperta, na verdade, com a doçura conseguia tudo o que queria, era seu dom. Lúcifer assobiou e Remiel olhou se assustando, Zauriel a empurrou para o solo gramado e pendeu a espada a milímetros de seu pescoço.

-Acaba com ela. – gritou Lúcifer rindo e batendo palmas enquanto se aproximavam. Zauriel olhou espantada para Amenadiel e Lúcifer.

-Samael. – ela murmurou trêmula. – Você voltou! – ela tocou em seu rosto.

-Voltei, pequena. – ele sorriu e Zauriel o abraçou.

-Oi, irmão! – dirigiu-se Remiel a Amenadiel para evitar a cena de carinho. – O que fazem aqui?

-Viemos lutar. Na verdade, Luci precisa conhecer e dominar seus poderes. Na Terra era perigoso e o Pai o instruiu a vir para cá.

-O Pai? – Remiel debochou rindo. – Que poderes? De transar com humanos de forma desenfreada? Me poupe. E ela? O que faz aqui?

-Bom revê-la, Remi! – cumprimentou Eva bem confortável com a sua nudez.

-Zauri, pega uma roupa para eles. – comentou Remiel.

-Obrigado. – disse Amenadiel. – Mas, Remi, estou falando sério, as coisas tem mudado com o Luci e preciso de sua ajuda.

-Você não precisa da minha ajuda. – disse Remiel.

-Se tornou melhor do que eu, melhor do que todos em batalha. Você é a mais indicada. – Remiel ficou muda, mesmo carrancuda, Amenadiel sabia que para ela foi importante ouvir isso.