A Profecia

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NOTA DA AUTORA: Leitores lindos do meu core, só para ressaltar, Lúcifer não é inspirado na figura religiosa e sim nós quadrinhos da DC. Então o que se passa aqui não devam levar pro teor religioso. Obrigadinha <3
Ah, com alegria (e tristeza) aviso que finalizarei todos os capítulos hoje. Por isso a demora, preferi postar tudo de uma vez. Bom, aí vamos nós!
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O som do agouro era o mesmo, mas parecia mais terrível depois de Lúcifer ter ficado algumas horas no Céu. A estrada que ligava o mundo vivo ao dos mortos estava tranquila, o chão de terra tinha muitas pegadas, mas Lúcifer viu uma pena com respingo de sangue e confirmou a presença do anjo ali embaixo. Ele e Amenadiel via um grupo de pessoas, das mais variadas raças, posições sociais e idades caminharem sonambulas até o Portal do Inferno. O portal dourado vibrava quando cada mortal o transpassava.

-Certo, chegou a hora. – comentou Lúcifer. – Lembre-se, Miguel está ferido e sem seus poderes, mas ainda possui reflexos sobre-humanos.

-Entendido. Vai dar certo! – Amenadiel se aproximou do Portal.

-Você tem uma hora. Passando disso eu automaticamente vou ficar preocupado. – comentou Lúcifer. Amenadiel sorriu.

-Quem diria, não é mesmo? – Amenadiel bateu em seu ombro. – O Pai realmente tem um propósito para tudo.

-Irmão, sem romantismo agora. Vai salvar nosso demônio!

-Certo! – Amenadiel se recompôs. Respirou fundo e então o Portal o sugou para dentro quando o tocou. Lúcifer sentou-se no chão ansioso.

-Vai dar tudo certo. – ele murmurava para si mesmo, tentando se convencer.

                Os minutos transcorriam de forma agonizante. Lúcifer andava de um lado a outro, vendo mortal por mortal adentrar os portões. Ele baseava seu tempo com os gritos distantes, eram pontuais. Um intervalo de oito minutos para mais uma remessa de tortura. Já haviam se passado cinco rodadas de torturas pontuais, ou seja, cerca de quarenta minutos. O tempo de Amenadiel estava se esgotando, junto com a paciência de Lúcifer.

                Ficar ali estava acabando com seu íntimo. Não que Lúcifer sentisse falta de estar ali, mas pelos sons ele sabia que o inferno estava mal administrado. Ele pensava nos demônios soltos, com raiva por terem sido abandonados. Deixados depois de uma grande confusão com os mortos, seu rei saiu para resolver e nunca mais voltou. Era cruel, mas o inferno precisava de um rei para liderar e estar ali deixava Lúcifer com um grande nó na garganta.

                Ele tentava ouvir qualquer barulho diferente, passos voltando para o Portal, som de luta, asas, sons da Maze; qualquer coisa! Mas pareciam distantes dali.

-Uma hora. – Lúcifer murmurou após a última rodada de gritos. O homem imaginava a demora, estava preocupado. Ele andava muito negligente em relação a amiga, Amenadiel tinha um filho agora; Lúcifer não podia ficar ali de mãos atadas.

-Vamos, Pai! Me ajuda! – murmurou o homem desesperado, andando de um lado a outro. – Sei que ela é um demônio, mas é importante para mim! É minha melhor amiga! Me deixa ajudar Amenadiel! – ele pediu em prece. – Vamos! – gritou esmurrando o portão.

               

                O portal vibrou e retumbou um som grave, ecoando por toda a extensão. Lúcifer encarou e pensou sobre o portão dourado a frente.

A Ascensão de Lúcifer (Depois do Adeus)Onde histórias criam vida. Descubra agora