Capitulo 25

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Os Fraulen deviam ter alguma fraqueza.

Pensa, Emília. Pensa em coisas que seriam capazes de feri-los gravemente ou até mata-los. No mundo real, a luz do dia está lá, do lado de fora, todos vivem normalmente suas pacatas vidas, mas no interior da minha mente, só consigo enxergar a mim e Mjeer no topo daquela torre alta mais tarde; as possibilidades que assaltam a minha mente, os impulsos nervosos das minhas pernas enquanto dou voltas e voltas no quarto sem sair do lugar.

Fogo talvez desse jeito nos quadros — mas eu precisava antes encontra-los, nada resistia ao fogo. Porém, na remota chance disso acontecer, se eles morressem, eu jamais encontraria minha irmã. Eles precisam estar vivos pelo menos por hoje. Pelo menos até libertar May.

Pensa, Emília...

Humanos são mortos por praticamente qualquer coisa. Carne e ossos são vulneráveis a tudo. Mas eles não tem esses atributos — na verdade, nem sei do que Dante era feito, sequer senti textura de pele quando nos beijamos ou quando ele me tocou.

Preciso pesquisar na internet.

Digito por: Pinturas.

Não, muito obvio e pouco objetivo.

Apagar pinturas.

Destruir pinturas.

Isso! Exatamente o que eu procurava. Um site mostrava a forma certa de manipular instrumentos de pintura; cavalete, pinceis, tintas, produtos diluentes e...

Não, não pode ser tão obvio.

Solvente industrial.

Solvente... solvente! Sim!

De repente, me lembro do dia em que Dante e eu estivemos na casa segura e uma imagem preenchida pelo som do grunhido que ele exalou quando um produto caiu na sua pele enquanto pintava assume os meus pensamentos. Havia um pequeno pote com um liquido incolor dentro que quando caiu sobre ele, foi suficiente para praticamente incapacita-lo.

É claro! Se eu jogasse solvente em tinta, acabaria com a composição dela, ela seria totalmente destruída!

Olhei para a minha pistola operacional da polícia. Não precisava de uma lata de solvente, precisava de umas balas embebidas nele.

* * * * *

Adam parece inquieto quando para o carro de frente para aquela torre comercial. Luzes violetas invadem o lado direito do carro no passageiro onde eu me encontro, parece que sua desconfiança não conhece limites. E eu sei de tudo isso sem sequer olhar em seus óculos escuros; dos quais nunca vou saber o motivo para ele usa-los a noite.

— Estou pronta, Adam.

— Você está confusa, Emília. Tem certeza que quer entregar a peça de volta para eles? Sabendo que Mjeer está lá em cima, poderíamos enviar homens para prende-la.

— Não, provavelmente os outros Fraulen devem estar próximo, talvez não na torre, mas nos arredores. Seria melhor que você ficasse no carro e me desse cobertura. E sim, estou no meu melhor estado e sei o que estou fazendo, sim?

Ele suspirou audivelmente e esfregou os olhos, destravou a porta.

— De qualquer forma, temos homens circulando as ruas adjacentes a essa e dois snipers na 7 e na 8.

— Desde quando um investigador tem homens?

— Desde que me tornei próximo do delegado.

— Como?

— A Rennet é filha dele.

— Oh, isso explica muita coisa.

Além do fato do cara ter se casado justamente com a filha do delegado, quais poderiam ser suas outras intenções?

O Ultimo FraulenOnde histórias criam vida. Descubra agora