Reconstituição de crime. Vitima: Maratriz Bailey

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No dia que se seguiu ao brutal assassinato da famosa apresentadora e jornalista, Maratriz Bailey, Emilia e um grupo de investigadores e a própria delegada Mayhem Braun, subiram até o riquíssimo apartamento da apresentadora. Tiveram liberação para inspecionar o amplo espaço com janelas panorâmicas direcionadas para a cidade, uma infinidades de cômodos, sala mobiliada com o melhor da tecnologia e o grande e abafado escritório que tinha a janela lateral estilhaçada.

Naquele escritório, Maratriz passava algumas de suas noites estudando e preparando infinitos roteiros, mas foi também naquela sala onde encontrou seu destino final.

— Emy, se importa de ficar sozinha um minuto? Preciso fazer uma ligação — Mayhem pediu.

— Claro, irmã — Emilia se abaixou diante da mesa de movino negra onde algumas pastas jaziam fechadas.

Ali, diante daquele cenário havia sangue, mas também uma infinidade de provas contundentes que comprovavam a participação dos terríveis Fraulens durante a última madrugada.

Fuçou por entre papeis, alguns colegas tiravam fotografias e colhiam provas, mas ela já sabia basicamente, qual poderia ter sido a estruturação daquele assassinato brutal.

Ela caminhou até a parte de trás da mesa e olhou com mais minucia o espaço enegrecido deixado pelas pinturas trazidas a realidade.

"Eles não sabiam onde estavam, apenas sabiam que a magia que os prendia ao quadro havia se dissipado e permitido sua libertação".

— Onde estamos? — a dama Fraulen, Mjeer, olhou tudo ao redor com uma expressão pasma.

— Nós fomos libertados — Silas moveu os pulsos congelados buscando movimento.

Emilia seguiu para a antessala por onde o tapete de pelos demonstrava passos firmes e decididos que estiveram ali, e foram diretamente até a sala.

"Eles pareciam entusiasmados e encantados com o tanto de coisas que dispunha; quadros da bela morena com uma franja, sorridente, irreverente, ao lado de outros famosos. Troféus e títulos a reconheciam como "A dama da comunicação", e, quase que de imediato, Mjeer sabia que algo lhe interessava. Soube depressa que aquela mulher formosa era na verdade a essência para os seus planos, cobiçou aquela cadeira estofada".

— Já chega sentando.

— É confortável — disse ela, ajustando-se na cadeira ao olhar para a cidade escura diante daqueles vidros finos. — Não percebem? Se voltamos a esse mundo, é porque o destino assim o quis.

— Não graças a Dante — protestou Maikon Fraulen, enrolando a manga de seu agasalho medieval. — Não vejo a hora de resolver nossos assuntos com ele.

— O cenário continua ideal para continuarmos com os nossos planos — ela juntou os dedos e cruzou as pernas.

— O que nossos quadros fazem nesse lugar? — Silas Fraulen olhou por sobre a cabeça de Mjeer.

— Certamente que deveriam estar em outro lugar. Essa mulher não parece ser o tipo de adepta a Dante.

— Estaríamos sequestrados contra a vontade dele? — ela olhou para trás também, sacando de imediato que ali havia algo de errado.

"Então ouviram o som de portas abrindo, seguido de um assovio leve, chaves sendo atiradas sobre a mesa e passos ruidosos se aproximando".

Mjeer se aprumou, enquanto que os outros dois se esconderam, um atrás da porta e o outro ao lado de uma planta dentro de um vaso a frente das janelas.

— Então, Emília? Qual sua primeira impressão? — Mayhem desligou seu celular e olhou para a irmã prostrada no chão analisando aquele padrão de marcas.

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