𝐮𝐦

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𝐮𝐦 - 𝐜𝐞𝐠𝐨𝐬 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐢𝐧𝐬𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚

𝐀𝐒𝐓𝐑𝐈𝐃 𝐅𝐀𝐋𝐀𝐕𝐀 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐓𝐔𝐃𝐎 𝐄 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐃𝐄𝐓𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 𝐌𝐀𝐓𝐄𝐌𝐀́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄

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𝐀𝐒𝐓𝐑𝐈𝐃 𝐅𝐀𝐋𝐀𝐕𝐀 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐓𝐔𝐃𝐎 𝐄 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐃𝐄𝐓𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 𝐌𝐀𝐓𝐄𝐌𝐀́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄. Todos que conhecem a garota sabiam o quanto ela odiava a matéria.  Na verdade, Astrid dizia que ela era de Humanas e não de Exatas.
 
Poderiam perguntar a ela sobre qualquer livro do autor Nicholas Sparks, ou talvez até mesmo a última fala de Landon Carter e Jamie Sullivan, ela poderia falar sem problemas. Até mesmo o primeiro capítulo de Cidades de papel decorado na cabeça, ela sabia. Ou quem sabe alguns mistérios da literatura.
 
As pessoas que conheciam Astrid adoravam comentar que a garota possuía a personalidade de Margo Roth. O que revela outra paixão de Astrid. Mistérios.
 
Ela poderia passar dias inteiros assistindo programas como Criminal Minds, ou lendo livros como o que ela tem em mãos nesse momento; Sharp Objects. Astrid preferia isso do que completar seu caderno desorganizado e cheio de frustração por contas que ela sabe que não iria resolver.
 
Não é como se ela fosse leiga em matemática. Ela apenas preferia evitar a Matéria nas horas vagas. E por esse motivo sua mãe a obrigou a ter aulas particulares com seu primo e lobo, Sam. Aulas como ela estava tendo neste momento, mas ao invés de olhar para a mesa cheia de cadernos desgastados e lápis com pontas quebradas, Astrid preferia passar seu tempo com o rosto enfiado nos livros. Ah, mas não os livros de escola. Livros com mistérios e magia por trás, livros que contam uma história.
 
 — Se você quiser se formar vai ter que prestar atenção. — Se tinha uma coisa que Astrid amava em Sam era seu tom de voz. Sam tinha uma voz presente, ele anunciava sua chegada e fazia ficar difícil de não notá-lo, mas naquele momento, tudo o que Astrid queria era ir para casa. 

 — Então eu me pergunto como você se formou. —  Astrid murmurou brincalhona, se certificando de colocar o marcador na página certa antes de fechar o livro. 

 Sam riu, entregando a garota a caneta. — Passei com mérito em matemática, e você? 

 — Se Deus quiser com o suficiente para passar e nunca mais ver a cara dos meus professores. Um bando de filhos da puta.

Uma travessa de biscoitos caseiros foi colocada a mesa. O cheiro bom entrando no sistema de Astrid, lhe deixando satisfeita com os biscoitos que ela ajudou a fazer. — Olha a língua! 

 Ah, é. Emily. Emily era a pessoa mais pura dentre daquela casa, sem dúvidas. Bom, tirando por um quesito. Apesar de Astrid ser a única que ainda não tinha tido relações sexuais antes, ela poderia falar mais palavrões que todos ali juntos. 

 Astrid tentou pegar um biscoito, não se importando com o calor da travessa ao tentar fazê-lo. Sam a impediu, movendo a travessa para perto de si mesmo. 

— Só vai comer depois que terminar as duas últimas contas.

 A menina levou seus olhos verdes e desacreditados a seu primo, que por sua vez parecia bastante satisfeito consigo mesmo e com o biscoito que levava lentamente aos lábios, claramente provocando Astrid.
 
 — O que… Mas eu ajudei a fazer! Isso é ridículo. 
 
 — Já acabou de fazer as contas? 

✓|PERFECT DRIVE, Jacob BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora