Capítulo 3

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Eu estava hesitante e com receio de entrar na reserva. Começava a me perguntar se meus pais me aceitariam, se o Thomas tivesse arrumado uma companheira, o que eu iria fazer?

-Que se dane - eu disse pra mim mesma.

Eu já estava no meio do caminho, quando ouvi passos atrás de mim, eu me virei cautelosa, e quando me virei, meu coração parou, era ninguém menos que o Thomas, com uma aparência mais madura, curiosamente sem camisa, com um abdômen bem definido, de tirar o fôlego. Ele parecia surpreso por me ver ali, depois de tanto tempo.

Quando enfim me recuperei do choque, de ver ele de novo, o cumprimentei.

- Oi Thomas - eu disse uma voz cínica.

- O que você está fazendo aqui? - eu juro que nesse momento deu vontade de socar a cara dele, me recuperando do meu acesso de raiva,  o respondi.

- Pelo que vejo, sua educação não melhorou nem um pouco desde que eu sai.

Passou-se  minutos de silêncio, apenas um encarando o outro, até que minha paciência se esgotou.

-Se você não tem nada para dizer, eu vou indo. - disse indo em direção a minha antiga casa, até que sinto ele me puxar de volta para ele.

Fiquei encarando-o, sem saber o que fazer, pois meus sentimentos estavam uma bagunça, ao mesmo tempo que sentia raiva, por ele ter me rejeitado, eu também sentia que meu coração voltava a vida, por encontra-lo. O sentimento de raiva falou mais alto.

- Me larga, você não é meu dono. - falei com voz de desdém, que parece que o atingiu, pois ele responde com voz cheia de ira:

- Você é minha!

- Não sou, nunca fui e nunca serei, você me perdeu no dia em que me rejeitou e me humilhou diante de toda a alcatéia. - eu disse com muita raiva, quem ele pensa que é?, ele me rejeitou, me fez passar por maus bocados, e agora vem querer dar uma de ciumento, eu devo estar mole mesmo. :/

- Me desculpe - disse ele com uma voz mais amena.

- Não tem nada neste mundo, que você possa fazer, para que eu esqueça o que você fez! - falei irritada, já que minha raiva não havia passado. Percebendo que ele ainda me segurava, eu disse - Pode me soltar?

- Claro... - disse ele, com uma cara de cachorro sem dono.

Logo que ele me soltou, segui o meu caminho, dizendo para mim mesma, que a batalha estava apenas começando.

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Esta foto é do Thomas

Repentance is killedOnde histórias criam vida. Descubra agora