- Você está babando - diz o Dean me acordando.
- Sai - disse sonolenta, batendo nele.
Me sentei no sofá, me lembrando de onde estava.
Nesses últimos três meses, a minha vida estava dando uma grande reviravolta.
Não morava mais com o Thomas, já que depois daquele acidente , eu comecei a namorar com o Dean, sendo assim fui morar com Dean,uma das decisões das quais não me arrependo. Estamos nos dando super bem, nossa relação está cada vez mais firme, mais cheia de amor, mas mesmo assim acho que está faltando alguma coisa para me sentir completa.
Ontem passamos a tarde toda assistindo " A Culpa é das Estrela ", um filme que não canso de assistir, mas que me custou muito convencer o Dean a assistir:
- Ahhhh, vai Dean, assisti - disse melosa e com cara de gato de botas.
- Nem vem, eu não vou assistir esse filme de mulherzinha - disse ele tentando resistir a minha carinha.
- Mas é lindo, e quero ver com você- disse me aproximando dele.
- Fica longe, você sabe que com você tão perto de mim, não vou resistir - disse ele tentando se afastar.
Sabendo o efeito que causo nele, me aproximei ainda mais.
Por fim, depois de muito persuasão, consegui o convencer a assistir, e assim passamos a tarde, juntos um nos braços do outro, e adormeci com a sensação de carinho preenchendo meu coração.
- Ei,ei, volta - disse ele tentando chamar a minha atenção.
-Oi? - disse voltando.
- Eu estava perguntando para onde vamos hoje - disse ele.
- Não sei, não podemos ficar aqui? Tô com preguiça... - disse manhosa.
- Para de ser preguiçosa.
- Ainda não descobriu que preguiça é meu segundo nome?
- Claro... - disse ele fazendo uma careta de descrença - mas não tem descussão, levanta essa bunda daí e vai se arrumar.
- Agora quer dar ordens? Quem você pensa que é ? - disse brava, mas sorrindo.
- Seu amante - disse ele dando risada, mas na hora uma carranca se formou no meu rosto.
- Não brinque assim, você sabe que eu não gosto - disse chatiada.
- Tudo bem... - disse ele se rendendo.
Me levantei do sofá, indo em direção ao nosso quarto, sim, dormimos juntos, mas é só dormir mesmo, já que ainda não me sinto preparada a me entregar completamente a ele.
Ele sempre "brinca" comigo, falando que ele é meu amante, pois fui marcada pelo Thomas, mas isso me deixa super chatiada, porque eu faço de tudo para conseguir esquecer esse momento da minha vida.
As vezes esbarro com o Thomas, andando pela reserva, mas sempre é um encontro desagradável, pois ele sempre está com uma mulher a tira colo.
Sim, ainda sinto ciúmes dele, porque é difícil se distanciar quando se descobre o companheiro ou quando é marcada, na verdade pelas nossas lendas, é impossível, mas eu, teimosa como sou estou indo contra tudo e todos, para conseguir viver uma vida feliz e estou convicta de que consiguirei.
- Vamos - gritou o Dean, já impaciente com minha demora.
- Tô indo - grito descendo as escadas - para onde nós vamos?
- Vamos sair, ficar um tempinho juntos - diz ele .
- Como se não ficássemos grudados sempre - digo sendo irônica.
- Nem sempre - diz ele meloso.
- Okay - disse o acompanhando.
Ele nos levou a uma lanchonete que eu frequentava sempre, já que eu tinha um amigo de longa data lá, na verdade um dos únicos que consegui ter naquela época.
- Eaí, gata - disse uma voz , assim que entrei.
- Oi Mauro - disse e fui logo o abraçando.
- Minha linda, faz tempo que não te vejo, por onde andou?
- Aconteceu umas coisas , mas é uma longo história. - disse cabisbaixa - mas mudando de assunto, quero você conheça o meu namorado, Dean esse é o Mauro, um grande amigo meu - disse apontando para o Mauro - e Mauro esse é meu namorado, como você pode ver.
O Mauro fez uma careta interrogativa, já que ele também era um lobisomem (de outra alcatéia), sabia pelo olfato que eu havia sido marcada, e que o cheiro do meu companheiro, não era o mesmo do Dean.
- Depois converso com você - disse puxando o Dean para uma das mesas.
- O que vão querer? - perguntou o Mauro.
- O mesmo de sempre para mim - disse.
- Um grande x-salada, para mim - disse o Dean faminto.
Depois de alguns minutos o Mauro voltou com o nosso pedido. Ele sentou conosco que ficou conversando com o Dean.
Eles ficaram conversando a tarde toda, me ignorando, mas fiquei feliz já que os dois se deram bem.
- Dean, preciso que você venha comigo - disse uma voz autoritária.
Na hora identifiquei, de quem pertencia a voz, eu nunca esqueceria aquela voz, Thomas.
- Thomas, o que aconteceu? - diz ele um pouco preocupado e também com raiva.
- Só preciso que você venha comigo - disse o Thomas.
- Agora eu não posso ir - disse o Dean determinado.
- Você vai, e agora! - disse o Thomas com a voz de alpha, e saindo da lanchonete.
- Me desculpe, mas você sabe que preciso segui-lo, não é ? - diz ele um pouco triste.
- Tudo bem - digo, dando um beijo nele.
- Tchau, Mauro. Foi um prazer te conhecer - disse o Dean acenando.
- Tchau, digo mesmo, companheiro.
Assim que ele saiu, o Mauro veio logo me interrogar:
-Pode ir contando tudo - exigiu ele.
Contei tudo a ele, sem esconder nenhum detalhe, e ele por sua vez fica calado, sem expressão nenhuma, somente ouvindo.
Depois de toda a história contada, ele finalmente se pronunciou, mas inves de se sentir aliviada, ela se sentiu temerosa, pois o Mauro não estava com a melhor das expressões.
- Tome cuidado, Sophia. Desafiar desse jeito a sua natureza, pode causar dor não só a você mas as pessoas próximas de você, pense nisso...
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MEUS LINDOS, O QUE VOCÊS ACHAM QUE ELA DEVIA FAZER, SERÁ QUE ELA DEVE SEGUIR O CONSELHO DO MAURO?
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Repentance is killed
LobisomemMe chamo Sophia, tenho 20 anos, e faz 2 anos que deixei minha matilha, por um único motivo: fui rejeitada por meu companheiro.