Capítulo 17

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Nesse dia de espera, eu não paro de pensar nele, sonhar com ele, e só consigo falar dele, estou até me enjoando, pois tudo que sai da minha boca, é o nome dele, coitada da Isa que está tendo que me aguentar nesse tempo.

Eu sei estou toda melosa, o que era tudo que eu não queria, mas vou curtir pelo menos esses momentos, pois depois vou continuar com meu plano maléfico. kkk

Eu fui ao shopping com a Isa, escolher algo, para mim vestir nesse " passeio ". Fiquei horas escolhendo, mas acabei achando algo perfeito, um vestido roxo, com algumas flores rosas, com um decote modesto.

Depois de duas horas me arrumando, eu finalmente fiquei pronta , me olhei no espelho e me senti satisfeita com o que eu vi: eu estava com aquele vestido, com um salto alto que tem uma abertura na frente, e no cabelo eu fiz uma tiara de trança, simplesmente perfeita. Nem um pouco modesta, né?

A Isa me chamou na sala, avisando que o Thomas já estava me esperando.

Ele estava lindo, com uma calça jeans skinny e uma camisa polo azul. O cheiro suave que ele exalava...

Desci o restante das escadas. Eu estava um pouco envergonhada, sem saber o que fazer, eu o comprimentei, com um beijo na bochecha, mas o que realmente queria era tocar aqueles lábios, descobrir o que me foi negado por ele.Esse pensamento me fez relembrar o que tinha acontecido, mas ignorei esse pensamento.

Me despedi da Isa,e o acompanhei até o carro, me sentei ao seu lado, e ficamos em um silêncio desconfortável.

- Então... onde estamos indo? - disse ela, quebrando o silêncio.

- Nunca tinha percebido, como você é curiosa - disse ele, com seu sorrisinho lindo - mas é uma pena, porque eu já decidi que vou fazer surpresa...

Fiz uma cara emburrada, o que fez com que ele risse, e que eu o acompanhasse.

Ninguém falou mais nada até chegar em um restaurante, que eu nunca tinha visto. Parecia um restaurante muito chique, o que explica o por quê de eu nunca ter visto.

Um manobrista pegou o carro, onde o Thomas me ajudou a descer, um verdadeiro cavalheiro, que pena que só em ocasiões especiais.

O metre nos levou até nossa mesa, que ficava em um lugar reservado. Ele afastou a cadeira para mim, logo depois se sentou.

- Que lugar lindo! - disse admirada

-Eu já o tinha reservado, faz tempo, só precisava te convencer a me acompanhar - disse ele triunfante

- Oshi, é só você piscar que todas, as garotas desse mundo, te acompanham - disse sorrindo, mas por dentro estava triste, com a ideia de todas a garotas que ele teve nesses anos.

- Quem disse que eu, ia querer sair com elas? - disse ele achando graça.

Isso me deixou supermegaultra feliz... O garçom trouxe nossos pratos ,e comemos em silêncio.

Esse silêncio estava me irritando, mas não sabia como acabá- lo.

- Então, como foi sua vida nesses dois anos? - ele perguntou

- Foi boa, fiz bons amigos , eles eram tudo que eu tinha - disse com saudades , e vendo como a feição dele mudou, quando pronunciei essas palavras.

-Olha, me desculpe - disse ele ressentido.

- Está se desculpando, do que? - disse me fazendo de ignorante.

-Você sabe muito bem do que eu estou falando - disse ele - Eu sei que o que eu fiz, a machucou, pois senti a mesma coisa, no momento em que falei " eu te rejeito ", eu senti uma dor cortante, e aposto que você sentiu a mesma coisa, já que somos companheiros.

- Realmente isso me machucou - disse admitindo - mas não são simples palavras que vão, me fazer te perdoar.

- Eu sei... - disse ele.

De repente duas meninas, uma loira e alta, e a outra uma morena e baixa, entraram no restaurante, eu tive a impressão de já as conhecer.

A loira percebeu a nossa presença, e avisou a outra, indicando a nossa mesa.

Elas estavam vindo em nossa direção, tentei de toda maneira me lembrar de onde eu as conhecia, mas me fugia da memória essa informação.

- Oi Thomas - disse a loira, com uma voz melosa, demonstrando já a sua intensão.

- Oi Britany - disse ele - Oi Carol.

Os três se enganjaram em conversas e mais conversas, com as duas piruas, jogando charme para cima do Thomas.

- Cansei - disse exaltada, e me levantando.

Que isso!? Aguentei demais, fiquei uma hora, sim UMA HORA, com as duas em cima dele, ignorando a minha presença. Nem tiveram a descência de me comprimentar, para pelo menos encenar que eram descentes.Aghrrrrr

- Sophiaaaaaa! -chamou ele, enquanto eu saia do restaurante, atropelnado tudo e todos.

Corri para a floresta que havia lá, a poucos quilômetros, chegando lá, me transformei e fiquei correndo sem ter um rumo.

Não sabia aonde estava e nem para onde iria. Parei perto de uma árvore grande, e me transformei de novo, subi na copa da árvore e fiquei pensando:

Quando finalmente achei que estava me acertando com ele, isso acontece. Devo estar destinada a ter um final triste e amargo, só pode... Não tem outra alternativa.

Não sei mais o que eu faço, se eu fico sem ele, eu sofro, se eu fico com ele, estou pondo em risco minha sanidade, que merda!

*********

Acordo com alguém me chamando. Abro os olhos aos poucos por causa da claridade.

Me levanto e olho para trás e vejo o Thomas, todo descabelado, parecia preocupado.

- O que você quer? - disse agressiva

- Sophia me escuta...- pediu ele suplicando

- Não quero te escutar - disse ainda mais furiosa - Você já me causou muito dano, nesses dois anos, já pensei em coisas ... - disse não completando a frase

- Como o que? - pergutou ele

- Você quer saber ? - gritei e ele assentiu - Então você vai saber, nesses dois anos, a ideia de me matar, de acabar com a minha vida e de me entregar a outro, passou não só uma vez, mas várias vezes na minha cabeça.

Na hora, a fúria o dominou, e ele avançou para cima de mim.

Senti uma dor aguda na base do pescoço, e na hora soube: ele me marcou...

Repentance is killedOnde histórias criam vida. Descubra agora