Capítulo 4

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Quando enfim cheguei na frente da minha casa, fiquei com receio, de como seria a recepção dos meus pais, e já que era sábado, eles com certeza estariam lá.
- Entra logo, você vai ter que encarar eles, cedo ou tarde - diz Liz em minha mente.

- Okay, já estou entrando - eu disse erguendo as mãos, me rendendo.

Minhas pernas estavam trêmulas ao atravessar o soleiro da porta, a sala estava vazia, mas dava para ouvir o barulho do chuveiro ligado e da louça sendo lavada.

Ao entrar na cozinha, me deparei com uma cena que há muito não via: minha mãe lavando a louça, com um sorriso no rosto. Comecei a chorar, pois parecia que meu sumiço não fez diferença alguma.

Passou-se minutos até minha mãe, finalmente percebeu a minha presença,no instante em que me viu, ela ficou pálida e sem reação, o que fez sentir-me mais horrorizada, pois o que se espera de uma mãe, nesta situação, é ela começar a chorar e abraçar a filha, mas não, ela simplesmente fica quieta, como se tivesse visto um fantasma.

Percebo uma presença atrás de mim, e quando me viro, me deparo com meu pai, tendo a mesma reação da minha mãe.

Certo, agora virou palhaçada, minha mãe e meu pai nem se quer sentiram minha falta, já estava chateada, por eles nunca terem me procurado, me ligado, uma coisa tão simples, mas agora sei que está tudo como deixei, como se eu nunca tivesse saído.

Chorando ainda, senti uma mão no meu ombro, e quando me virei minha mãe estava me encarando.

- Filha, por que você voltou?- disse ela quebrando o silêncio.

Nossa, magoou. Às vezes fico pensando: como uma simples frase pode magoar tanto.

- Nossa mãe, é assim que você me recebe? Eu senti sua falta- disse ainda chorando.

- Filha, foi você que decidiu ir embora, não vejo o por quê de você estar chorando.

- Como? Eu só fui embora por causa daquele idiota do Thomas...

-Não fala assim do nosso alpha,Sophia- disse ela me interrompendo.

- Você ainda o defende? Por que não estou surpresa? Vocês sempre foram negligentes quanto a mim... - disse magoada.

- Como negligentes? - perguntou meu pai, tinha até esquecido que ele estava ali.

- Vocês nunca perceberam como sou tratada aqui? A alcatéia sempre me maltratou, me subjugou, como se eu não fosse nada, e vocês nunca me defenderam, tive que me virar, abaixando sempre a cabeça, e depois da humilhação que o Thomas me fez passar, eu não poderia continuar ficando aqui, então fui embora - disse escondendo que o Thomas também havia destroçado meu coração, e quase destruído minha vida.

Meus pais me olhavam pasmos, não aguentando ficar ali com eles, fui correndo para o meu refugio que sempre tive nesse lugar, o meu quarto, mas chegando, fiquei ainda mais pasma com o que eu vi.

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Esta foto é da mãe da Sophia

Repentance is killedOnde histórias criam vida. Descubra agora