3 - Pequena e charutos...

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Ella Amaro

Não conseguia me mexer, não coseguia ao menos abrir a boca para falar algo quando ele saiu. Eu simplesmente permaneci no mesmo lugar por quase uma hora até que a porta se abriu e o vi com uma bandeja de prata, ele se aproximou e aceitei me alimentar.

Torcia para ter algum veneno e assim eu sairia dali rapidamente, mas não, estava tudo dentro das regras e deliciosamente gostoso, mesmo que simples.

Rodolfo me observou o tempo inteiro enquanto eu comia e sua calma me deixou estranha, por saber como os homens de meu pai se portavam, ele não parecia ser um deles.

—Como chegou nesse cargo? - minha pergunta fez sua mandíbula travar e uma sobrancelha se elevar, me deixando ainda mais intirgada. —Janet se deitou com ou anteriores, não? - então engulo em seco quando ele sorri de lado confirmando meu argumento e dou uma mordida exagerada no segundo lanche para tentar não mostrar que ele tinha um charme surpreendentemente incrível.

Então a música "Natural" - Imagine Dragons - surge sendo abafado por algo e o vejo apanhar seu celular de dentro de sua calça e tento me conter pelo toque sendo minha música preferida.

—Pronto! - ele se levanta e termino de comer meu segundo lanche. —Vou leva-la... - seus olhos me atingem e sei que é meu pai. —Falo com ela! - quando arqueia a sobrancelha, sei que exatamente o que meu pai quer. —Okay! -  vejo desligar e elevo minha mão o vendo me observar e não dizer uma única palavra.

—Ele vai me apresentar, acertei? - confirma e solto o ar pesado que me incomodava.

—Precisa se trocar! - nego. —Nem adianta ir contra, pequena! - me levanto de supetão.

—Nunca mais... - me aproximo dele e fico cara a cara. —Me chame... - então sinto minha mão direita arder e ele fecha os olhos ao sentir meu tapa. —De pequena novamente! - o vejo virar seu rosto devagar na minha direção e seu olhar se transforma lentamente me arrependendo em seguida do que fiz.

Pois sou surpreendida quando ele me joga na cama e fica por cima prendendo meus pulsos acima com sua mão esquerda, abaixa seu corpo até estar totalmente sobre mim e travo pois o sinto beijar de leve meu pescoço, e mesmo eu tentando escapar, ele me prensava contra seu grande corpo ainda mais.

—Preste atenção, pequena! - a raiva me consome e me debato, mas ele não se move por ser mais forte. —Estou sendo calmo e paciente contigo, pela situação a que fomos colocados... - franzi o cenho por quase entender que ele não queria estar naquela situação tanto quanto eu. —Não me irrite ou me conhecerá de verdade! - então em seus olhos vejo algumas linhas azuis que brilham me deixando intrigada. —Não quer se trocar? - nego. —Tudo bem, mas não ouse me bater novamente ou irá ter consequências... - sua mão livre aperta minha cintura e o vejo se levantar.

Continuo deitada por alguns segundos tentando me recuperar do que ele fez e o vejo se afastar indo até a porta abrindo-a. Me levanto devagar e caminho até estar ao lado de fora, ele me tocou nas costas me guiando até o elevador e sempre me deixando a frente como se fosse meu guarda costas.

Quando adentramos o elevador, o botão do último andar foi apertado e se coloca atrás de mim, e quando toca meus cabelos, eu me afasto e o encaro o vendo com um amarrador de cabelo em mãos.

—Você está deplorável! - o sinto apanhar meu braço e me puxa me virando de costas e rapidamente o sinto começar a mexer com meus cabelos. —Você será minha futura esposa, então não quero ninguém mexendo contigo e que muito menos se apresente dessa maneira! - ouvir aquilo me deu uma paz disconcertante. —Olhe! - então ele se afasta e me viro vendo um rabo de cabalo perfeito e duas mechas ao lado de meu rosto, um detalhe que nunca havia pensado antes, me fazendo pensar por que nunca tentei aquele penteado.

A porta se abre e volto a senti-lo tocar minhas costas  enquanto me conduzia de volta a sala de meu pai. Os passos foram devagar e quando a porta abriu o cheiro de fumo me acertou me fazendo tossir e chamar atenção dos sete homens que estavam sentados a parte direita da sala nos sofás de couro de meu pai.

—Ella chegou! - a voz de meu pai ecoa pela sala e o vejo vir até mim enquanto continuo a tossir pelo tanto de fumaça que estou inalando. —Filha... - dou mais uma tossida e dou um passo para trás voltando a sentir o toque de Rodolfo que me observa e fita meu pai.

—Apaguem seus charutos! - a voz de Rodolfo faz o clima ficar pesado e todos os homens se levantam. —Não irei falar novamente! - sua voz ficou mais forte e presente ao mesmo tempo que volto a tossir e ele se coloca a minha frente indo em direção ao meu pai, arranca o charuto de sua boca e o expreme na parede beje do escritório deixando uma marca que me fez tremer.

Ele acabava de desafiar meu pai. Ninguém mexia com seus charutos daquela forma.

Quando penso que meu pai iria dizer algo, os outros homens apagam seus charutos no local certo e um deles que parecia ser ruivo e um pouco mais baixo que todos caminha até uma janela próxima a abrindo e então outros dois fazem o mesmo, até o local estar mais respirável e melhor me fazendo não tossir mais.

Meu pai ficou em silêncio o tempo inteiro e seus olhos fitavam Rodolfo de uma maneira feroz, me deixando tensa do que iria acontecer depois daquela "reunião terminar".

—Seja bem vinda de volta, senhorita Amaro! - o ruivo vem até mim afastando os dois homens qua ainda se fuzilvam pelos olhos e estica sua mão, hesito por alguns segundos, mas aceito e não sorrio como ele quando o cumprimento. —Seu pai nos contou que irá assumir o posto, quando se casar! - dou um passo para trás e meus olhos caem em meu futuro "marido" que evita meu olhar e observo meu pai.

—Ainda não acertamos todos os detalhes... - digo o fazendo se afastar.

—Agora entendo a razão de a esconderem! - o mesmo continua comentando sobre mim como se eu não estivesse mais ali. —Ela é diferente das outras sete... - Rodolfo se coloca atrás de mim e segura minha cintura com firmeza me deixando tensa pelo modo como ele me rondava a frente deles.

—Isabella... - fechei meu punho ao ouvir meu pai dizer meu nome, e me surpreendo com a mão de Rodolfo que segura minha mão e me olha com um olhar diferente e me sinto calma, me frustrando com a maneira que ele me tratava, sendo totalmente o contrário de todos os que já vi ali dentro. —Ela não é como minhas outras filhas, é melhor! - volto a fitar meu pai que está com o orgulho trasbordando por todos os lados.

—Posso me retirar? - minha pergunta chama a atenção de todos. —Acabei de chegar de viagem e quero passar um tempo com meu noivo, antes de lidar com negócios! - sinto a mão de Rodolfo gelar e a pertar a minha com mais força.

—Pode sim, filha! - me solto da mão dele e saio do escritório o mais rápido possível, tanto que chego antes no elevador e adentro ele segundos antes dele me acompanhar.

O silêncio se fez presente e nenhum disse algo, eu sabia que talvez aquilo iria faze-lo querer ir em frente com algo comigo, e não era essa minha intenção, porém conhecendo o tipo daqueles homens, e pelo modo como alguns me olharam, ter um noivo não era má ideia. Por enquanto.

Então a porta se abre e meus pensamento param ao sentir o toque dele em minhas costas me guiando de volta ao seu quarto, porém ele trava e não entendo até elevar meus olhos e os cabelos na cor rosa gritante me fazem travar por saber quem era a mulher ali de sutiã de renda e short jeans tão curto que aparecia parte de sua calcinha preta.

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Mais um!!

O que acham de Rodolfo?

Bjs

Ella - Escolha a quem proteger Onde histórias criam vida. Descubra agora