Alguns dias...
Se eu estou surtando? Não seria mais óbvio depois de eu ter dado um grito no consultório do médico ao saber que Rodolfo não é estéril e ao mesmo tempo saber que ESTOU GRÁVIDA.
GRÁVIDA, estou esperando um bebê de um mês.
Tanto o médico como meu noivo estão com os olhos arregalados para mim depois do grito que dei e agora eu travei.
Literalmente minha mente começou a pensar em tudo o que estava acontecendo na minha vida e que agora eu teria um filho. Minhas mãos tremem, minhas pernas estão bambas e meus olhos estão fixos no doutor.
—Pequena? - Rodolfo me toca e então me viro devagar. —Está tudo... - nego.
—É só isso, doutor? - ele nega e apanha um bloco de receitas escrevendo algo rapidamente.
—Faça seu pré natal e procure um ginecologista o quanto antes para ter o acompanhamento certo! - confirmo me levantando e meu noivo apanha a receita.
Cumprimentos foram feitos e logo estávamos dentro do carro em direção a empresa de meu tio que marcou uma reunião, Rodolfo não ousa abrir a boca pelo simples fato que somente não nos previnimos pela razão dele ter certeza de sua condição, me deixando "tranquila".
Penso em abrir a boca, mas prefiro o silêncio e toco meu abdômen pensando na possibilidade de estar grávida.
—Amor... - elevo a mão e ele para de falar.
—Não quero conversar agora! - mesmo que alguém dissesse algo, eu estava brava com ele, sim. —Depois que voltarmos para casa, conversaremos! - ele fica em silêncio e o fito rapidamente vendo seu olhar de medo.
Tinha toda a razão de estar com medo, se não fosse por eu estar apaixonada por ele, com toda certeza estaria morto a essa altura do campeonato, várias vezes conversamos sobre não adotar mais crianças ou aceitar guarda de mais nenhum, mesmo que a maternidade/paternidade falasse mais alto, unicamente pela grande encrenca que ainda estávamos enfrentrando.
—Tenho uma coisa a dizer... - ele rapidamente se vira como se o que eu fosse falar era de extrema importância. —Quando esse filho nascer, você irá fazer vasectomia! - falo taxativa e subitamente confirma sério. —Ótimo! - já bastava dois, três só melhorava a confusão, mesmo que eu já estivesse com aquele sentimento de amor igual quando Ângelo mostra suas covinhas. —Nem sei se irei conseguir ser uma boa mãe para Ângelo e Minnie, e agora temos mais um a caminho, então não quero imaginar ter mais alguma criança! - paramos no semáforo e sinto seu toque em minha mão acima de minha barriga.
—Você é uma mãe maravilhosa, Isabella! - entrelaço nossos dedos e sorrio.
Então ele acelera e sinto que finalmente estou aceitando ser chamada pelo meu nome de registro, principalmente depois de ler o diário de minha mãe e saber que ela não era a pessoa que imaginei, e infelizmente faleceu por motivos de doença, o que arrasou meu pai e ele se fechou para todos, até se apaixonar - não com a mesma intensidade - por Soraia e teve Lívia.
A fachada do prédio surge e logo estacionamos, adentramos e vemos que a empresa está com menos funcionário, principalmente que depois das investigações, a conta da empresa foi bloqueada por ordem judicial e por sorte meu tio tinha um dinheiro investido, e esse dinheiro estava dentro da lei.
Subimos com o elevador e adentramos seu escritório vendo Heloísa e ele sentados à mesa dele com papéis e concentrado.
—Finalmente! - Arthur eleva seus olhos e sorri apontando para a poltrona livre e me sento sentindo Rodolfo tocar meus ombros fazendo uma leve massagem que me relaxa um pouco da tensão. —Como foi? - pergunta e Heloísa me fita atenta e curiosa.
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Ella - Escolha a quem proteger
RomanceUm casamento forçado! Uma guarda cedida! Um relacionamento fechado! Uma filha protegida! Tudo o que Rodolfo Guliman não precisava era de uma esposa prometida a ele pelo chefe da máfia Amaro, e muito menos que essa mulher era a filha preferida do h...