18 - Ajuda e perda!

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5 Meses depois

Sinto meu sono me arrebatar, porém em segundos ouço Ângelo gritar em um choro estridente e enfio meu rosto no travesseiro por não saber mais o que fazer.

Eu já havia dado mamadeira, estava de banho tomado, fiquei com ele no colo até dormir e a fralda não estava suja, porém ele não estava bem, algo o incomodava e isso me deixava frustrada.

Me virei vendo que Rodolfo ainda não havia voltado de sua reunião com meu pai e nos últimos dias tudo estava agitado.

Levantei caminhando até o berço e quando me aproximei os olhos azuis dele me atingiram elevando suas sobrancelhas e esticou seus pequenos braços que aceitei me abaixando e o puxando para mim e seu choro cessa, nesses momentos jogo a toalha para o alto só para ter um pouco de silêncio.

Faz praticamente cinco meses que estou em treinamentos intensivos com armas de fogo e de lâminas, meu pai não cansa e somente vejo Rodolfo quando está dormindo no horário que me levanto de madrugada para verificar o bebê.

Sinto Ângelo colocar a cabeça em meu ombro e caminho um pouco pelo quarto com ele até que o sinto pegar no sono, observo o relógio digital que Rodolfo comprou a alguns dias a pedido meu e os números indicando ser duas da manhã que me deixam frustrada.

Em menos de três hora eu teria que levantar para um treinamento em equipe com os homens de meu pai.

Esse em específico foi um pedido meu, após o chefe da polícia me pedir para analisar como os homens de meu pai são treinados e então eu também saberia tudo sobre eles passando as informações.

A porta se abre e vejo a imagem de Rodolfo com a camisa cheia de furos e meus olhos se arregalam.

—O que aconteceu contigo? - ele se assusta e ascende a luz me indicando que eu estava no escuro todo esse tempo, e mostrando a ele que não estava dormindo.

—Não aconteceu nada... - o vejo retirar a camisa e mostra estar com um colete à prova de balas me dando um alívio. —Vou tomar um banho e se quiser posso ficar com ele para você conseguir dormir... - me olha rapidamente com um semblante estranho e entra no banheiro.

Ângelo dormiu em meu colo, mas iria acordar no momento que fosse colocado no berço. Minha mente não dormiria após ver o estado que chegou.

E ultimamente mesmo ignorando Rodolfo, sempre me pegava pensando nele e nos momentos que me ajudava quando o bebê não dava descanso.

Caminhei até a camisa que ele deixou no chão perto da porta e a pego sentindo que os furos estavam quentes mostrando que havia acontecido algo a pouco tempo.

Vou até a cama e me ajeito sentada na cabeceira, deixando que Ângelo dormisse no meu colo mesmo, e escolho esperar por ele após o banho.

Porém sinto meus olhos fecharem sem minha permissão e balanço a cabeça. Forço meu olhar para a porta do banheiro, mas então tudo escurece.

 Forço meu olhar para a porta do banheiro, mas então tudo escurece

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Ella - Escolha a quem proteger Onde histórias criam vida. Descubra agora