Voltamos para o prédio de meu pai e Rodolfo não me deixou sair do carro, disse que somente iria pegar nossa mala e iríamos para o aeroporto rapidamente.
Então me encontro dentro do carro, encarando a fachada do prédio e ele surge com duas malas grandes, abre o porta malas e logo coloca o veículo em movimento.
—O que vamos fazer exatamente? - pergunto o vendo ligar a seta da direita e viramos.
—Vamos nos instalar em um hotel, e quando o bebê nascer... - ele para observando os carros. —Iremos até o hospital e o pegaremos! Simples assim! - fico quieta por algum tempo. —O que está pensando? - meus olhos o atingem e o observo.
—Me conte direito essa história, Rodolfo! - o vejo arquear a sobrancelha. —Quem é a mãe dessa criança? Quando meu pai conheceu ela? Por que raios ela entregaria seu bebê para ele? Porque somos nós que temos que pegar? E...
—Okay! - me interrompe parando o carro à frente do aeroporto e se vira desligando o veículo. —Seu pai e essa moça se gostaram a um tempo atrás, e ela é mãe de Lívia, porém nunca quis filhos, diferente dele! A alguns meses eles se encontraram e tiveram uma recaída, e por isso estamos aqui novamente, para levarmos a segunda criança que ela não quer! - sua resposta foi rápida e sem muitos detalhes o que me deixava a par que tinha algo a mais nessa história.
Após adentramos o aeroporto descobrimos que nosso voo iria se atrasar por quase seis horas.
Sabem o que é ficar sentado por seis horas?
Então, após todo esse tempo, Rodolfo estava irritado por querer dormir, eu estava exausta e dentro do avião descobri que na minha mala de mão que ele havia preparado, havia um chinelo, que logo joguei no pé e me ajeitei na poltrona perto da janela, o espaço que sempre prefiro e logo o vejo guardar nossas bolsas de mão e se ajeitar ao meu lado colocando o cinto.
Em minutos ele apagou do meu lado e eu pude relaxar um pouco mais, soltei meu cabelo, o ajeitei de lado e fechei os olhos.
Porém eu não conseguia dormir, pois imagens das garotas na casa de prostituição não saiam da minha cabeça e meu estômago vivia revirando por lembrar delas no estado em que estavam, me deixando ainda pior por estar em um avião.
Observei Rodolfo que respirava com tranquilidade como se nada acontecesses em sua vida e fico pasma de como ele consegue dormir em meio a tudo aquilo.
Então eu simplesmente fiquei acordada até nosso voo pousar após uma hora. Os passageiros começaram a sair e me viro cutucando Rodolfo que devagar abre seus olhos e posso ver as linhas azuis que surgem em sua íris.
—Já chegamos! - ele assente esfregando os olhos, se levanta esticando os braços e estrala o pescoço bocejando.
Me levanto caminhando logo atrás dele, e logo estamos em um carro deixado para nós por um sócio de meu pai que havia na cidade.
Já no hotel, no quarto havia uma cama de casal e um berço me deixando com um pouco de ansiedade ao lembrar que logo estaríamos tirando um bebê de sua mãe e eu teria que compactuar com isso.
—Ainda são quatro da manhã, vou dormir... - ele se pronuncia retirando seus sapatos sociais e sua camiseta preta me fazendo desviar os olhos por vê-lo assim. —Se quiser pedir algo, me acorde, não se contenha! - ele se joga na cama logo após apagar a luz e os abajures se ascendem me deixando "sozinha".
Então vou até a mala e a abro vendo na claridade dos abajures algumas roupas, encontro uma calça pijama e uma camiseta com um panda e sorrio.
Ali mesmo me troco após verificar se ele estava dormindo e logo estou me ajeitando ao lado dele e o vejo de bruços com o rosto virado para mim, seus cabelos bagunçados seu semblante preocupado.
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Ella - Escolha a quem proteger
RomanceUm casamento forçado! Uma guarda cedida! Um relacionamento fechado! Uma filha protegida! Tudo o que Rodolfo Guliman não precisava era de uma esposa prometida a ele pelo chefe da máfia Amaro, e muito menos que essa mulher era a filha preferida do h...