Em casa.

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C.R


Eu não podia conter oque estava sentindo, realmente eu tinha uma família agora.

Eu consegui realizar meu maior sonho e faria de tudo pra ele continuar de pé e estruturado.

Eu vou fazer melhor que meu pai fez e oque minha mãe deveria ter feito.


...

Vim pra casa um dia antes da alta da Juh pra poder organizar as coisas no andar de baixo.

O médico disse que nada de escadas pra ela durante quarenta dias no mínimo, então eu trouxe o berço pra sala a já arrumei o sofá pra ela não esperar em pé quando chegasse.

O sofá é cama e muito confortável. Paguei uma nota nisso aqui.

Juliana disse que não queria ficar no quarto que tem aqui embaixo e eu tentei entender. Não consegui, mas tentei e resolvi fazer a vontade dela.

Quando arrumei tudo, voltei ao hospital levando comigo roupas novas pra Juh e fraldas para a Manu.

Quando enfim tiveram alta, nós viemos pra casa de vez.

Passei pela porta com a mulher mais linda do mundo e com a neném no bebê conforto, deixei em cima da mesa pro Duque não inventar de ir brincar com ela.

Comprei uma grade divisória no caminho de casa pra por na escada, ele teria que ficar lá em cima, pois adorava dormir com a gente, mas com a neném por perto era arriscado querer pular nela, se a mãe a deixasse na cama.

Juliana se sentou e ele veio brincar com ela, com certeza devia estar morrendo de saudade. A gente ia ver como ele reagiria com a Manu, mas só amanhã.

O coloquei trás da grade e ele subiu as escadas correndo, com certeza foi pra nossa cama.




JULIANA


Finalmente eu estava em casa, não aguentava mais aquele quarto branco. Sentia falta do calor dessa casa.

Duque ficou doidinho quando me viu, eu adoro ele e estava morrendo de saudade desse fofo.

Levantei e fui para a cozinha, lavei as mãos e peguei a neném no colo, ela estava num soninho tão gostoso, mas eu tinha que trocar a sua fralda.

Pedi ao C.R que pegasse a bolsa e logo peguei uma fralda limpa e a pomada para prevenir assaduras.

Troquei a Manu e fechei a fralda.

— Ela é tão pequena....Acho que concordo com você, dá até medo de quebrar —

Ele riu e beijou meu ombro.

— Mano, nem brinca, em ! —

Pegou a Emanuelle com cuidado. Deixou ela em seu colo para que eu pudesse me ajeitar.

— Tá com fome, amor ? — Perguntou e nós ouvimos o rádio.

Ele me olhou e eu peguei a Manu.

— Fala, porra ! — Respondeu irritado porque havia avisado para os caras, que nada de tormento esses dias.

— Chefia, beó lá na Rocinha, os morador tão brigando. Teve traição da parte da mina, e o amante tava na cama do cara. Te chamaram pra resolver, morô ? — Disse FP do outro lado.

— Carai....tu sabe oque é pra fazer nesses caso, mano, o foda é que tem pouca mulher envolvida, a gente não pode tá tirando beó com mina a limpo não, tem que ser de mulher pra mulher —

O fitei pensando numa coisa.

— Mas bate um fio lá, que eu tô chegando, se o marido for vacilão o amante só leva um pau. Se for de trampar o amante roda —

Da Zona Sul pro Morro.Onde histórias criam vida. Descubra agora