C.R
Uma semana passou e o médico disse que minha recuperação estava boa e até rápido, pro estado em que eu fiquei.
Eu estava orgulhoso e agradecido por tudo que a Juliana fez por mim.
Me contaram toda a dedicação dela enquanto eu fiquei no coma. E eu não sei se um dia ia chegar a merecer todos o esforço dela.
Vou ter alta daqui a pouco e ela foi lá em casa pegar umas roupas pra eu poder ir embora.
O Thiago ficou esperando pra poder me levar, não via a hora de sair daqui, sempre odiei esse tipo de lugar.
Juliana chegou e me ajudou a trocar de roupa, assinei minha alta e a gente foi embora.
Assim que cheguei em casa e abri a porta, vi e ouvi todo mundo lá me gritando surpresa. Com certeza, ideia da minha gata que me olhou toda sorridente, veio pertinho e beijou meu queixo.
Fui pro sofá e ligaram o som, tava bacana pra caramba mas não via a hora de ficar só com a Juliana.
Ela parecia estar tão feliz, mais tão feliz, que nem se expressava direito, ela preparou aquilo com as meninas e eu gostei pra caramba.
Só chegava mais ainda a conclusão que eu não merecia ela.
Juh me trouxe um bandeja com salgados e ao invés dos salgados puxei ela, a deixando no meio das minhas pernas.
Beijei aquele barrigão lindo e em seguida me levantei apoiando no sofá.
Fique em pé olhando os mais chegados ali e comecei a falar com todos que ali estavam.
— Aí, meus consagrados, deixa eu falar pra vocês. Eu tô mó agradecido, morô ? Por tudo que fizeram por mim, mas principalmente por essa mina responsa e pela minha filha —
Olhei a Juliana e pisquei.
— Não sei como agradecer vocês, todo mundo ajudou muito, cada um que foi me ver e cuidou delas —
Cheguei perto do Felipe e bati na mão dele, abraço era meio ruim pro meu lado por enquanto. O ombro tava zoado.
— Fiquei sabendo que mandou benzão aqui no morro, pô. Parabéns ae por cuidar da quebrada pra mim, parceiro —
Agradeci os outros meninos e me sentei, Juliana se aproximou outra vez ficando em pé na minha frente e eu apoiei a cabeça na barriga dela.
— Ptanguinha....Tem como liberar uma loira gelada ? — Dei risada da cara que ela fez. — Tô falando de cerveja, bestona —
Me deu um tapa na cabeça e acabou rindo.
— Tá todo gracioso, em — Revirou os olhos e respirou fundo.
— Que foi ? —
— Nada, só uma dorzinha chata no pé da barriga, mas tá tudo bem, não se preocupa —
— Se piorar é pra falar — Assentiu. — Mas e minha loira ? —
— Nem vem, o médico disse que nada de misturar álcool e remédios, mocinho — Sentou em meu colo e começou a comer os salgados já que eu não peguei nenhum.
Pouco tempo depois o pessoal começou a ir embora e ela a arrumar as coisas.
Eu até queria ajudar mas fui proibido então ficou deitado no sofá quase cochilando, os remédios davam uma boa chumbada em mim.
— Ei.....vai tomar um banho, depois você dorme. Vem, eu te ajudo — Me cutucou e eu abri os olhos vendo um rolo de papel filme em sua mão.
Me levantei em uma velocidade reduzida e passei o braço que estava bom no ombro dela a coitada me ajudou, ou pelo menos tentei enquanto subíamos.
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Da Zona Sul pro Morro.
RomanceJuliana é uma garota mimada de dezessete anos, que vai ter seu mundo virado de cabeça pra baixo. Uma fuga do internato pra uma festa, nunca havia machucado ninguém, até agora. Mas ela vai conhecer o lugar onde passará o resto da vida, vai conhecer...