C.R
Fiquei orgulhosão da minha gata lá no shopping, ela enfrentou a velha e ficou foda-se pra opinião de quem viu. A gente veio pra casa e eu fui conferir a carga de drogas pra entrega. Tinha um trabalhão da porra pra esconder tudo dentro do caminhão e depois colocar uma pá de móvel pra fingir uma mudança caso alguém parasse o caminhão.
Eu ia ficar mais um pouco na boca então liguei pra um colega das antiga que não entrou nessa vida errada, falei pra ele ir montar os móveis da neném, ele disse que iria e falei pra ele que quando eu fosse embora passava na casa dele pra deixar o dinheiro lá.
Os moleques e eu estávamos planejando outro roubo, dessa vez na madrugada até que ouvi a voz maldita da Natália e revirei o olhos.
— Puta que pariu, quer sair daqui ? —
Olhei pros menino e eles saíram antes dela, que veio pro meu colo e eu bufei e passei a mão na cabeça.
— Sai daqui, mano, eu to gostando da Juliana, se sabe disso, para de se rebaixar —
— Você diz isso com a boca e o coração, mas a o pau não ta pensando assim.
Eu tô insistindo há dias e você negando, mas de hoje não passa. Para gato, vou pegar whisky, tá ? Só pra acalmar, tá muito tenso —Que raiva dessa mina, eu tava controladão mas depois de tomar a bebida começou a bater um negócio louco e eu comecei a ficar excitado de um jeito que nunca vi antes. A cachorra aproveitou e começou a rebolar, levantou e trancou a porta, tirou a roupa e eu não aguentei mas, juro que tentei. Ela deitou na mesa e seu abriu todinha, eu perdi minha noção e fui pra cima dela. Tirei a roupa e foi só paulada, a gente aproveitou e claro que de camisinha, mas o bagulho foi louco.
Quando tudo terminou ela saiu e eu peguei minhas coisa e subi pra casa. Entrei e coloquei o fuzil no canto da sala, Juliana tava deitada com uma bacia de pipoca apoiada na barriga.
Dei oi e subi.Fui direto pro banho, apoiei a cabeça no azulejos e soquei a parede, que merda que fiz ? Porque me descontrolei daquele jeito ?
Era a maior cachorrada minha, e isso não é desculpa, mas enquanto eu não assumir um bagulho sério, não ia conseguir ser fiel. Então ia dar um jeito nessa merda agora mesmo.
Lavei a boca e o resto do corpo pra me desinfetar daquela rata e depois de me vestir desci outra vez
A Juh ainda estava no sofá comendo a bendita pipoca, mas agora assistia o jornal que passava e esboçava mó sorrisão de vingança.
— Que foi ? —
JULIANA
Hoje um amigo do C.R que eu já conhecia veio pra montar os móveis da neném.
Ele queria esperar eu decidir em que canto ia tal móvel ou tal coisa, mas eu disse que não precisava, o pai podia muito bem fazer aquilo.
Servi um café pro rapaz com um bolo que comprei na padaria, paguei a mais e ele logo se foi.
Tomei um banho e entrei na cozinha, fiz pipoca e voltei pra sala.
Uma hora depois C.R entrou pela porta e apesar de vidrada na TV, senti um cheiro horrível de perfume que com certeza não era dele, mas nem falei nada, continuei tão focada que nem reparei quando ele subiu.
Ao voltar, me cutucou e eu o puxei pra assistir. Passava a seguinte notícia: "Primeira dama: Tereza Souza Epistoris, fica na falência após marido ser preso com esquema e investigação da lava jato. Os bens e as contas foram confiscados até segunda ordem, do juiz Moro"
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Da Zona Sul pro Morro.
RomantizmJuliana é uma garota mimada de dezessete anos, que vai ter seu mundo virado de cabeça pra baixo. Uma fuga do internato pra uma festa, nunca havia machucado ninguém, até agora. Mas ela vai conhecer o lugar onde passará o resto da vida, vai conhecer...