Flashback on:Um ano e um mês antes...
Aperto a campainha da casa de Carol várias vezes seguidas, enquanto faço o máximo de esforço para conseguir segurar as sacolas que estavam em minha outra mão. Havia combinado de vir hoje para sua casa, para nós passarmos a tarde juntas.
Fazia pouco mais de dois meses que estamos namorando, e está melhor do que imaginei que seria. Carol é uma pessoa fácil de conviver, além de bonita e engraçada, ela é super inteligente, amorosa, companheira e tem uma capacidade incrível de me fazer sorrir por qualquer coisa, por mais besta que fosse.
Estamos na reta final das aulas, as últimas provas do ano estão se aproximando e, com isso, nós duas quase não estamos nos vemos. São poucas as vezes que nos encontramos fora da escola, pelo simples fato de estarmos estudando todo o tempo. Sorte que estudamos na mesma sala, pois, se não fosse por isso, iria ser raro nos vermos.
- Até hoje me pergunto o porquê de eu ter me apaixonada por você. - minha namorada fala assim que abre a porta.
Claro que ela sabia que era eu, quem mais chega na casa alheia tocando a campainha assim?
- É inevitável isso não acontecer, gatinha. - sorriu. - Oi.
- Oi amor. - se apróxima de mim com um sorriso, ficando nas pontas dos pés e me dando um selinho casto em meus lábios.
- Trouxe comida. - levanto minhas mãos, mostrando as sacolas.
O sorriso dela aumenta ainda mais.
- Lembrei do porquê de eu ter me apaixonado por você. - ri, pegando uma das sacolas e me dando passagem para entrar dentro de sua casa. Eram apenas duas sacolas.
- Interesseira! - acuso.
- Taurina! - se defende.
Entro dentro da casa e percebo seus pais, Roseli e Isaias, sentados no sofá assistindo à um programa de TV.
- Oi, sogrinhos lindos do meu coração. - cumprimento eles.
- O que é que você quer agora, Dayane? - Isaias pergunta rindo.
- Calúnia! - coloca as mãos no coração, fazendo drama. - Não posso mais ser carinhosa com meus sogros?
- Poder pode, mas vindo de você temos que desconfiar de tudo. - Tia Rose fala. - Última vez que você chegou nos chamando assim, Caroline passou quatro dias longe de casa e voltou, deixando a virgindade dela sei lá aonde. - gargalho alto quando ela diz isso.
Eu me lembrava muito bem desse dia! Como esquecer? Eu havia pedido permissão para os pais de Carol, para ver se ela podia ir para a casa de praia da minha família, o lugar não era tão longe, cerca de duas horas de viajem de carro até chegar lá. Carol estava tão nervosa aquele dia, me lembro que eu ria da cara dela, pela forma que ela estava se comportando na minha frente, e a mesma, como era de se esperar, colocou uma carranca no rosto e bateu em mim, até que eu parasse de rir. Foram os melhores quatro dias da minha vida!
Minha relação com meus sogros era muito boa, tipo muito mesmo, e eu agradeço por isso, pois já ouvi vários casos onde os sogros odiavam os genros. Graças a Deus isso não se encaixa em minha vida!
- Ainda temos que conversar sobre isso mocinha. - Isaias afirma, espremendo os olhos. - E depois temos que jogar xadrez, quero minha revanche!
- Claro, temos sim! - respondo fazendo meu melhor olhar ameaçador. - Mas não se iluda, vai ter que ralar muito para conseguir ganhar de mim. Sou a rainha do xadrez. - me gabo.
- Parecem dois velhos falando sobre jogos de velhos. - Carol acusa nos olhando.
- Xadrez não é jogo de velho, amor. - afirmo. - É jogo para e de pessoas inteligentes, não é mesmo, Isaias?
Saibam puxar o saco do seu sogro!
- Isso mesmo! - responde sorrindo.
- De pessoas inteligentes, sei. - a ruiva solta uma risada nasal. - Vamos para o quarto, Day?
- Vamos! Mas antes. - me aproximo do sofá e deixo a sacola que estava em minha mão ao lado de Rose e Isaias. - Comprei comida para vocês também! - sorriu. Eles agradecem e eu vou atrás da Carol.
Saibam como puxar o saco do seu sogro e sogra!
Consigo alcanço minha namorada antes que ela chegue em seu quarto. Enlaço sua cintura com minhas mãos e coloco minha cabeça na curvatura do seu pescoço, caminhando com ela assim.
- Ah droga! - exclama.
- O que houve, gatinha? - pergunto confusa.
Ela se afasta de mim e me entrega a sacola que estava segurando.
- Esqueci de pegar o refrigerante na geladeira. - coloca a língua entre os dentes.
- Se quiser eu posso ir lá. - me ofereço.
- Não, eu vou. - me dá um selinho. - Pode ir indo para o quarto, volto já.
Carol sai em direção a cozinha e eu vou até seu quarto, cantarolando uma música chiclete que não saia da minha cabeça. (N/A: VEM DE RÉ COM A RABA VEM ME ENCAPETAR) Eu conhecia cada canto dessa casa, de tanto que eu vinha aqui, já é como se ela fosse minha também. Até acho, ás vezes, que Roseli e Isaias abusaram minha cara.
Abro a porta do quarto da Carol e entro, fechando-a novamente atrás de mim. O ar-condicionado estava ligado, então o quarto estava frio, muito frio. Coloco a sacola em cima da mesa de estudos da Carol e vou até sua cama, com a intenção de pegar o controle do ar-condicionado para ajustar a temperatura, mas antes que eu possa fazer isso, levo um susto ao ver algo se mexer em cima da cama e solto um grito.
Que merda é essa?
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Ágape (2° Temporada)
Fanfiction"Ágape significa amor, é uma palavra de origem grega. Ágape pode ser o amor que se doa, o amor incondicional, o amor que se entrega." ▪Segunda temporada! ▪Primeira temporada disponível no meu perfil! ▪️Capa feita pelo @projlibelula (no twitter)! Ini...