Miami só poderia estar debochando da cara de Bruno. Ele, como não tinha carro, havia pedido um uber para poder ir até a casa de Carol. Estava chovendo na cidade, coisa que está acontecendo muito recentemente.
Assim que ele pagou o motorista, desceu rapidamente do carro e correu até a entrada da casa. Agradeceu aos céus por Roseli e Isaias terem comprado uma casa com varanda de entrada coberta.
Logo o menino começou a tocar a campainha repetidas vezes.
- Ai, que vontade que eu estou de te dar uns tapas. - Bruno fala assim que Carol abre a porta de sua casa.A ruiva o olha com os olhos marejados e um bico nos lábios, se vira de costas e faz seu caminho até seu quarto sem dizer ao menos um "oi" para o moreno. O último arqueou as sobrancelhas e franziu o cenho, trancando a porta de entrada e seguindo-a, confirmando para si mesmo que o negócio estava feio para elas.
Carol havia lhe mandado mensagem minutos antes, pedindo para o mesmo ir até sua casa. Bruno ficou fazendo drama para não sair da cama, pois, segundo ele, ainda eram dez horas da manhã de um sábado, e estava muito cedo para levantar da cama.
Só que, na realidade, isso era apenas uma desculpa que ele dera para não ter que sair de casa. Para ele o horário não importava, nem o dia, ele só não queria levantar da cama. Seu namoro com Álvaro não estava em um bom momento, e isso o deixava desanimado.
- Ei, ruivinha. - deita na cama ao seu lado, assim que entra no quarto. Ela estava com a cara enterrada no travesseiro. - Você está bem? - Carol o olha com os olhos vermelhos. - Okay, já sei a resposta. Me conta?
- Eu fui uma idiota! - fala abraçando o travesseiro. - Uma idiota burra!
- Está bem, você foi uma idiota e foi burra. Agora me fala o que ocorreu?
- Ela dormiu aqui comigo ontem, isso você já sabe. Hoje de manhã, quando estávamos tomando café, eu percebi uma mancha rocha perto do pescoço dela.
- Aham, essa ai eu já tinha percebido, ela bateu em um ferro quando estava ajudando a tia Selma a arrumar o porão da casa delas, idaí? - no momento que ele termina de falar isso, Carol o olha com uma cara de desespero misturado com tristeza. - Ah não, não me diga que foi por causa disso.
- Então não digo. - colocou a cabeça no travesseiro novamente.
- Foi por causa disso!? - falou surpreso. - Caroline.
- Não me chama de Caroline, por mensagem é uma coisa, pessoalmente é outra! - ralha.
- Eu chamo do que eu quiser. - responde. - Que vontade de te bater, garota!
- Você já falou isso.
- Falo de novo: eu estou com vontade de te bater. - se arruma na cama desacreditado. - Como você pôde pensar que ela havia te traído? Ela nunca faria isso e todo mundo que conhece bem ela sabe disso, VOCÊ deveria saber disso.
- Sei disso, eu só...
- Só estava insegura? Olha Carol, a Day está e é, desde que te conheceu, de quatro por você. Repito: ela nunca faria isso!
- É só que, eu fiquei dormindo por meses. - suspira. - Ela poderia ter sentido falta de... de algum contato físico. Você sabe do passado dela, ela não passava sequer um dia sem ficar com alguém...
- Isso mesmo, Carol, o passado dela. Sabe o quê significa passado? Algo que passou, já foi, já era! - dá um peteleco na testa da ruiva, fazendo a mesma reclamar. - Aquela garota sofreu muito depois do acidente! Ela sequer saia de casa, ficava enfornada dentro do quarto sem querer falar com ninguém. Eu e o pessoal tínhamos que obriga-la a sair com a gente. Chegou ao ponto da tia Selma levar ela em uma psicóloga por causa disso.
- O quê!? - perguntou surpresa.
Ela não sabia disso, Dayane não lhe dissera nada. Estava bastante surpresa. Chegou mesmo a esse ponto? Agora Carol se sentiu mais ainda culpada pela discussão de mais cedo.
Ela e Day nunca foram de brigar muito, eram raras as vezes que isso acontecia. O namoro das duas era, é, tranquilo. Faziam de tudo para não brigarem, porque ambas sabiam que são orgulhosas demais para dar o braço a torcer para pedir desculpas.
Mas agora Carol teria que fazer isso, e ela sabia disso.
Só a coragem bater na porta dela que ela iria.
- Ela não te contou? - Carol negou. - Day estava se culpando pelo acidente, chorava todos os dias e, como eu disse, não queria sair de casa para nada. Vendo isso, tia Selma não aguentou e levou ela para a psicóloga. Dayane parou de frequentar o consultório poucos dias antes de você acordar do coma.
- O quê!? - murmurou inconformada.
A culpa pesou ainda mais.
- Pois é... - o menino falou enquanto levantava da cama. - Tem comida aqui?
- Bruno, você está aqui para me ajudar, não para comer!
- Okay. - se sentou de novo. - Sabe o quê eu acho? Que as duas foram erradas.
- Eu também acho isso, eu fu- pera, o quê?
- Isso ai, as duas foram erradas. - afirma, levantando o dedo indicador. - Você porque teve desconfiança da sua namorada, coisa que não se deve ter querendo um relacionamento saudável. A Day porque foi embora sem ter uma conversa com você, coisa que se deve fazer em qualquer briga besta, conversar para resolverem as coisas. E as duas juntas por serem orgulhosas demais.
- Mas a Day tentou conversar comigo...
- Foda-se, as duas estão erradas e ponto. Se eu falei tá falado. - Carol soltou um sorriso nasal. - Olha, consegui arrancar um sorriso do seu rosto. Agora eu posso ir comer? Você me obrigou a sair de casa às pressas e nem deu tempo de comer nada.
- Já está quase na hora do almoço. - a ruiva disse enquanto se levantava da cama. Foi até o espelho do seu quarto e encarou a si próprio, vendo seu rosto totalmente vermelho por conta do choro, e seu cabelo bagunçado.
Ao ver sua própria imagem, ela fez uma careta em desagrado.
- Então vamos fazer o almoço. - Bruno abre a porta do quarto. - Hoje eu acordei com uma vontade imensa de comer lasanha.
- Acho que tem já pronta, só esquentar. - saiu do quarto logo atrás dele. - Você deu sorte!
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Ágape (2° Temporada)
Фанфик"Ágape significa amor, é uma palavra de origem grega. Ágape pode ser o amor que se doa, o amor incondicional, o amor que se entrega." ▪Segunda temporada! ▪Primeira temporada disponível no meu perfil! ▪️Capa feita pelo @projlibelula (no twitter)! Ini...