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Continuação...

Flashback on:

- Puta que pariu. - coloco a mão no coração e respiro fundo, tentando normalizar minha respiração, que ficou ofegante devido ao pequeno susto.

- Day? Está tudo bem? - Carol aparece na porta, segurando duas latinhas de refrigerante.

- O que ele está fazendo aqui? - aponto para aquela coisa.

Carol me olha confusa, logo depois olha para a cama, me olha de novo e começa a rir alto.

- Você se assustou com isso, baby? - deixa as latinhas em cima da mesa e vai até a cama, pegando o animal de lá. - Álvaro viajou esse final de semana com a família dele para a cidade ao lado e deixou o Kevin aqui comigo.

- Não tem como não se assustar com esse rato. - faço careta e Carol me olha feio.

- Kevin não é um rato, é um porquinho da índia! - exclama. - E ele é fofo, claro que tem como não se assustar.

- Pode até ser, mas é estranho! - afirmo. - Já viu como ele age? Ele mal se mexe, fica o tempo todo parado olhando para tudo com esses olhinhos pequenos e assassinos. Tenho certeza que um dia ele vai atacar alguém! - a ruiva se aproxima de mim, segurando ele. - Tira esse bicho de perto de mim, Caroline.

Não é que eu não goste do Kevin, é que eu tenho um pouco de medo desse bicho. Já viram como ele age? Como ele olha para as pessoas? É como se a qualquer momento ele vai pular em mim e me morder até a morte.

A primeira vez que eu vi ele levei um puta susto. Álvaro tinha convidado eu e os outros para irmos na casa dele, passar a tarde lá comendo e fofocando da vida alheia, sabe? Tudo de bom! Em um determinado momento, eu subi para o quarto dele, para pegar o carregador de celular do mesmo, pois meu celular havia descarregado e eu tinha esquecido o meu em casa. Na hora que eu entrei no quarto dele, vi Kevin lá, em cima dos travesseiros. De primeira eu pensei: "que pelúcia mais fofinha" , mero engano, não era uma pelúcia. Na hora que eu ia pegar nele, Kevin correu para o outro lado da cama, me dando um susto e me fazendo soltar um grito. Desde então eu morro de medo dele.

- Você é muito dramática! - Carol coloca Kevin na "jaula" dele, me fazendo agradecer internamente por isso.

- Só quero minha segurança, é diferente. - deito em sua cama, depois de ajustar o ar-condicionado.

Observo minha namorada ir até a sacola e abrir a mesma, tirando de lá as duas embalagens de hambúrguer e batata frita. Existe melhor comida que essa? Sou viciada!

- Você quer me ver gorda né? - pergunta quanto vê a comida.

- Acho que nem se eu te entupir disso ai você vai engordar, baby. - respondo fechando meus olhos e colocando meu braço sobre eles.

- Eu sei, sou muito gostosa! - se gaba.

Olho para ela e constato que sim, minha namorada é muito gostosa! Ela estava vestida apenas com um top branco e um short curto soltinho, seu cabelo está preso em um coque e em seus pés encontramos meias pretas com dois riscos brancos na ponta.

Solto um riso nasal ao perceber que depois que começamos a namorar, a alto estima de Carol subiu em um nível muito elevado. É, ninguém mandou eu falar tantos elogios para ela. Estou criando um monstro convencido!

- Mentindo não está. - a chamo com a mão. - Vem cá, gatinha.

Gatinha. Esse foi um apelido que realmente pegou. Sempre uso ele para chama-la, quando não é ele, ou é amor ou baby. Eu sou muito besta por essa menina!

- Hum? - chega perto de mim e segura minha mão. A puxo, fazendo a mesma cair sobre mim.

- Você não me deu um beijo decente hoje. - faço bico. Ela se arruma em cima de mim, abrindo suas penas, assim deixando as minhas no meio das suas e colocando as duas mãos uma de cada lado da minha bochecha.

- Você está manhosa hoje, é? - beija o canto da minha boca e depois meu queixo.

- Só estou com saudades da minha namorada! - respondo e ela me dá um selinho demorado.

Passo minha mão por sua cintura exposta e paro quando chego em sua bunda, metade dela estava exposta também, o short não cobria muita coisa, é curto, e sua bunda não ajuda nada com o tamanho que tem. Não que eu esteja reclamando do tamanho da bunda dela, longe de mim reclamar disso.

Sorrio e a beijo profundamente, fazendo questão de apertar sua bunda. Ela no começo do nosso namoro era até tímida, por tudo ficava vermelha e começava a gaguejar, mas depois de um tempo; mais especificamente depois da nossa primeira vez, a timidez foi embora. Não toda, ela ainda fica parecendo um pimentão às vezes. Posso até dizer que ela ficou mais safada. Como eu falei antes: "estou criando um monstro!"

- Amor. - interrompe o beijo me chamando.

- Oi? - coloco minha cabeça em seu pescoço e beijo o lugar, a vendo se arrepiar em seguida.

- Vamos comer?

- Eu estou querendo, mas você não colabora. - falo.

- Idiota! - bate meu ombro. - Estou falando sério.

- Eu também! - retruco.

- Eu estou com fome. - diz com a voz manhosa, repousando sua cabeça em meu pescoço.  

- Okay, vamos comer. - me rendo. Ela sorri, me dá um selinho e sai de cima de mim.

Ela pega nossa comida, que graças a Deus ainda estava morna, e se senta na cama com as pernas cruzadas estilo índio, ao meu lado. Me sento do mesmo jeito que ela.

- E, de qualquer forma, a gente não ia poder fazer nada, pois estou menstruada. - comenta, como quem não quer nada e logo depois dá uma mordida em seu hambúrguer, sorrindo.

Porra!

Flashback off



Ágape (2° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora