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Os tombos de Dayane

TANTANTAAAAANN

- CHEGUEI. - Vitão grita pulando assim que passa pela porta da casa do Bruno.

Detalhe: ele está comigo nos braços. O porquê disso? Nem eu sei, ele só me pegou quando eu sai de dentro do carro e não quis mais me colocar no chão.

Thaylise vinha atrás de nós dois, segurando as sacolas que estavam com as bebidas enquanto ri da gente. Parece que o estresse dela acabou. Agradeço por ela não ser o tipo de garota que fica com ciúmes da melhor amiga do namorado, se tivesse íamos ter problemas, porque não estou disposta a me distanciar de Vitão. Mas também nem tem motivo para ela ter ciúmes, não gosto da fruta.

- Percebi. - Bruno fala. - Que isso?

- Victor que ficou mais doido do que já é. - bato do braço dele. - Me solta idiota.

- Ai. - me larga no chão e passa a mão no local onde eu havia batido.

Leram bem? Ele me largou no chão! LARGOU.NO.CHÃO. Me fazendo cair de bunda, pela segunda vez no dia. Se minha perna não se quebrou em mil pedacinhos na primeira vez, quebra agora.

- VICTOR. - ouço Bruno gritar.

- A culpa é dela, ela me bateu. - se defende. - Day? Está bem?

- Não, minha perna quebrou. - deito no chão com a perna esticada e coloco meu braço por cima de meus olhos. - Não faz nem dez horas que nós nos encontramos, para quê tanta saudade, chão?

- Mas ela não já estava quebrada? - escuto alguém falar, nem ligo.

- Mas gente, me veio uma nostalgia das braba aqui. - uma voz não muito estranha fala. Tiro o braço de cima de meus olhos e levanto minha cabeça, fitando a morena que estava encostada na porta ao lado de um menino de cabelo cacheado.

Como é o nome dela mesmo?

- Day? Você está bem? - Thay chega perto de mim, me ajudando a levantar. - O que foi que aconteceu?

- Estou sim! - bato as mãos em minha calça. - Obrigada. E foi seu digníssimo namorado que me derrubou, esse idiota.

- Ei. - reclama assim que recebe um tapa na nuca, dado por mim, claro.

- Não se pode derrubar uma dama no chão, Victor, seus pais nunca te ensinaram isso não? - ralho.

- Desculpa okay? Foi sem querer. - se desculpa. - E da onde você é uma dama, cavala?

- Não desculpo, não fala comigo nunca mais até hoje! E não me chama de cavala, cavalo. - falo séria, mas por dentro estou querendo rir. - O chão hoje está gostando de mim! - comento.

- Não entendi.

- Pois vai ficar sem entender! - rebato cruzando os braços.

- Ei, essa não é aquela menina que tu derrubou lá no hospital hoje mais cedo, Ana? - uma menina, Vitória se não me engano, fala do sofá.

- É, é ela sim. - Ana responde. - Tu acha que com mais quantas quedas tua perna quebra? - pergunta para mim. - Eu acho que na próxima vai. - aponta. - Na.próxima.vai. - sussurra e anda até a cozinha de costas, enquanto me encara.

Ela é normal?

- Beloved?

- E ainda duvidam quando alguém diz que ela é louca. - o menino desconhecido que estava do lado dela fala rindo. - Oi, meu nome é Bruno. E sim, eu tenho o mesmo nome que aquele seu amigo ali e não, eu não vou namorar com ele para o nome do nosso shipper ser Bruno.

- Mas eu não falei nada.

- Mas ia falar que eu sei.

- Mas, pensando bem, iria ser um máximo né?

- Não, não iria. - revira os olhos. - Por que todo mundo quando me conhece acha que eu sou gay? - se vira para Vitória.

- Temos que concordar que você parece, amor. - ela responde rindo. Se levanta e vai até ele, ficando ao seu lado. - Oi, quanto tempo, mulher.

- Pois não é? Faz tanto tempo desde a primeira vez. - entro em sua brincadeira. - Como se tivesse sido hoje pela manhã nosso primeiro "encontro".

- E não foi? - Ana aparece na porta da cozinha de novo, dessa vez estava comendo um tipo de bolinho pequeno, esqueci o nome, só sei que é comida brasileira. Que por sinal, é muito boa!

- Poxa Ana, custa entrar na brincadeira?

- Desculpa, não sabia. - ri.

- CHEGOUU. - Álvaro, o mais louco de todos, chega da cozinha empurrando Ana sem nem um pouco de delicadeza do meio da porta e vem correndo me abraçar. - QUE SAUDADE.

E adivinha?

Quem adivinhar ganha um chocolate!

Não faz nenhuma ideia?

Nenhuma mesmo?

Vamos lá, tem só mais uma chance.

Não?

Ainda não sei porquê eu ainda estou fazendo isso, vocês já devem ter adivinhado mesmo. Se não, sinto muito dizer, mas estão mais lerdxs que eu.

Está bem óbvio: Ele me derrubou.

Estou caída no chão pela terceira vez no dia, só que dessa vez com alguém em cima do meu lindo corpinho.

Agora foi!

- AGORA QUEBROU. - ouço o grito de Ana.

- ÁLVAROO. - ouço também o grito dos outros.

- O que? - Álvaro pergunta confuso. - Ai.meu.Deus. Day, desculpa, desculpa, desculpa, não foi por querer, eu tinha esquecido.

- Tudo bem... - eu vou morrer!

- Ei, por que ele você desculpa de primeira e eu não? - Vitão se pronuncia. - Que palhaçada é essa?

- Gente, não é melhor levar ela para o hospital não? Sabe, para ver a perna dela... - dessa vez é o Bruno que fala. Não o nosso Bruno, o outro sabe? O de cabelo cacheado que é amigo das meninas.

- Não precisa. - me levanto, de novo, do chão, dessa vez com a ajuda de Álvaro. - Acho que ainda está tudo "inteiro" por aqui.

- Olha, tua perna é uma guerreira viu? É de ferro é? - se aproxima de mim. - Álias, como foi que tu fez isso com ela? Digo, como ela chegou ao ponto de ficar engessada?

- Acidente. - fala somente. Não gosto de entrar em detalhes sobre aquela terrível noite.

- Não é melhor você ir sentar não? - Bruno, o nosso, sugere.

Até que enfim alguém falou isso.

- Graças à Deus alguém falou isso. - vou até o sofá e me jogo nele, sentindo todo meu corpo relaxar. - Não estava maia aguentando ficar em pé! Faz uns vinte minutos que eu cheguei aqui e ninguém tinha falado isso ainda. Helloo, eu estou doente da perna, preciso ficar de repouso por tempo indeterminado, se não morro.

- Ela é sempre tão dramática assim?

Ágape (2° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora