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Foi assim mesmo, do nada. O pedido veio de supetão, surpreendendo não só Carol, mas Day também.

Essa última repassou o que dissera dezenas de vezes na sua cabeça, e com isso, chegou a conclusão de que sim, ela queria aquilo mais que tudo. Só não sebe se agora é o certo...

- Como assim casar? - a ruiva questionou pasmada.

- Casar, ué. - responde como se fosse obvio. - Juntar as escovas, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe, sabe?

- Casar Casar?

- É, Caroline, casar casar!

Carol se levantou da cama, colocou as mãos no cabelo e começou a andar pelo quarto. Nervosa, essa é a palavra que descreve ela nesse momento. E confusa também.

É, ela estava confusa!

Bastante, para falar a verdade!

- Carol, você está bem? - Dayane pergunta. Já estava começando a ficar tonta.

- Você realmente ouviu o que disse? - parou e colocou as mãos no rosto, encarando a namorada e, talvez, se tudo der certo para o lado de Dayane, futura noiva. - Está realmente me pedindo em casamento?

- Sim...?

- Você ficou louca? Bateu a cabeça?

- Não...?

- Dayane, tem certeza que você não bateu a cabeça ou bebeu antes de vir para cá?

- Sim!

A ruiva começou a andar pelo quarto novamente, enquanto a morena continuava sentada/deitada na cama, apenas observando com o cenho franzido.

É um pedido tão absurdo assim?

- Dayane, olha... - parou novamente. - Se fosse em outra ocasião eu até aceitaria. Deus sabe o quanto eu quero ficar do seu lado para sempre. Só que, olha para nós, para nossa situação. Eu tenho apenas 19 anos e você 20, nós nem sequer começamos a faculdade ainda, ainda dependemos dos nossos pais para viver. Não iria dar certo casarmos assim.

Era certo que Carol, por mais nova que seja, é a mais cabeça e sensata do relacionamento. Realmente não teria como "juntar as escovas" nessas condições. Dayane, pensando nisso, concordou com a cabeça mordendo o lábio.

Ela soltou aquilo em um momento de loucura. Só aparecera na sua mente um "pede ela em casamento" vindo de sei lá quem, fazendo a mesma falar.

- E, aliás, você nem ao menos aceitou meu pedido de desculpas. - Carol completou, levantando uma sobrancelha.

- Pois é, acontece. - deu de ombros, sorrindo irônica. - Você também não aceitou meu pedido de casamento.

- Então estamos no mesmo barco. - se aproximou, levantando a palma da mão. - Bate!

Day imitou o gesto, mas, ao invés dr bater na mão da ruiva, ela a puxou para a cama, fazendo Carol cair em cima do seu corpo.     

- Ai! - gemeu ao sentir o impacto do corpo da namorada sobre o seu. - Andou engordando, amor? 

- Eii - cutuca o ombro dela. - Não se deve falar para uma dama que ela engordou, é falta de ética. E foi você que me puxou, agora aguente.

- Uma dama, okay. - solta um riso nasal. Depois, selou rapidamente seus lábios com o da ruiva. - Mas eai, como passou essa semana sem mim? Chorou muito?

Carol a olha feio.

- Claro que não, por que eu choraria? Eu ein!

- Não foi isso que o Vitão me disse...

- Aquele idiota, fica me explanando. - revira os olhos.

- Deixa ele. - coloca a mãos por baixo da blusa que Carol estava vestida. - Por falar nele, que tal a gente fazer o quê ele disse? Uma boa ideia, não? - sorriu enquanto sua mão passeava pela cintura, barriga e costas da namorada, causando arrepios na ruiva.

- Até é, só que não para fazer aqui. - Day a olha fazendo um bico nos lábios. - Qual é, não faz isso. - coloca a mão na boca dela, desfazendo o bico.

- Mas amor, eu estou a mais de quatro meses sem isso. Entende isso? QUATRO MESES!!

Sim, foi isso mesmo que você leu. Dayane e Carol ainda não haviam feito... aquilo. Ah, vocês sabem muito bem o que é, seus impuros! Não foi por falta de oportunidade, porque disso elas tiveram muito, foi por motivos médicos mesmo. O médico, a qual Day costuma chamar de Doutor Estranho, por conta da semelhança dele com o personagem da Marvel, havia pedido para Carol não fazer muito esforço por um tempo. Ela ainda estava tomando alguns remédios e sentia dores no corpo, então o melhor a se fazer era o repouso.

Mas acho que duas semanas de repouso já está ótimo, certo?

- Eu também estou esse tempo todo sem fazer... isso, Dayane. - fala um pouco envergonhada.

Anos se passaram e Caroline ainda não perdeu a vergonha de falar sobre sexo com Dayane.

É sexo, todo mundo faz ( ou quase todo mundo né rs ), mas é inevitável não se envergonhar.

- Mas para você foram apenas duas semanas, a maioria do tempo você passou dormindo, nem sentiu falta. Eu sim senti. - colocou o bico novamente. - Vamoosss.

- A gente nem falou ainda o fato dos meninos terem nos trancado aqui de propósito...

- Quem liga? Depois a gente corre atrás deles com uma vassoura e pronto, vingadas! - sorriu. - Vamos, ein ein ein ein.

Carol nunca pensaria que estaria ouvindo alguém, ou melhor, sua namorada pedindo, quase implorando, esse tipo de coisa. Nunca!

E também nunca pensaria que era capaz de ficar tão envergonhada como estava agora. Certeza que estava parecendo um pimentão, daqueles bem vermelhos.

Sentiu um pequeno incomodo nas partes intimas ao perceber a mão de Dayane no interior de suas coxas, passeando na parte em que o short que ela estava usando não cobria. Uma coisa que era comum acontecer quando estava com a namorada.

Excitação.

Tesão.

Hm...

- Não aqui...      



     

Ágape (2° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora