Puta que pariu!
Assim que terminei de ler todas as mensagens que Rose havia mandado ontem à noite, liguei para a mesma com as mãos tremendo.
- Alô? - falou assim que atendeu.
- Como ela está? - pergunto sem mais delongas. Já demorei demais!
- Está bem! - responde. - Aquilo aconteceu apenas ontem mesmo, hoje ela está da mesma forma de antes.
- Os médicos não falaram mais nada? - me sento na cama.
- Apenas falaram que daqui para frente talvez ela não demoraria tanto para acordar.
- Talvez?
- Sim! Ela pode não acordar por agora, assim como pode. Talvez ela acorde hoje ainda ou amanhã, pode ser próxima semana ou no próximo mês.
- Então ela está como antes! - afirmo frustada para mim mesma.
- Basicamente. - responde. - A reação que Carol teve ontem foi como se ela quisesse avisar que está tudo bem.
- Certo... - murmuro. - Vai estar ai hoje à tarde? Gostaria de ir ai.
- Então, você pode vir. - fala. - Os meninos vão chegar hoje à tarde e eu combinei de ir busca-los no aeroporto. Vai ser melhor com você aqui, ai Carol não vai precisar ficar sozinha, apenas com as enfermeiras.
Mas já? Pensei que Renan e Rafael demorariam mais para virem.
- E Isaias?
- Está trabalhando, suas férias acabaram ontem.
- Ah. Que horas você vai buscar os meninos?
- Por volta das duas da tarde.
- Okay, apareço ai uma e meia.
Converso mais um pouco com ela, mas logo desligo assim que minha mãe começa a me gritar do andar de baixo. Desço as escadas com o celular na mão, ainda pensando nas mensagens, será que Carol irá demorar muito para acordar? Bom, espero que não!
Nesse momento eu estou sentindo meu corpo um pouco mais leve. Porra, quem na mesma situação que a minha não sentiria? Agora eu entendo o porquê da alegria repentina que senti assim que acordei, é como se meu corpo e sentimentos já soubesse. Como se eles fosse ligados com os da Carol.
- O quê aconteceu com você hoje? Acordou sorrindo para as paredes. - mamãe pergunta assim que me vê entrando na cozinha. Nem percebi que estava sorrindo. - Isso é estranho!
- Estava conversando com Roseli.
- Eai, como ela está? Faz tempo que não nos vemos.
Meus pais conheceram os pais de Carol assim que eu comecei a namorar com ela, e se deram bem de primeira, graças a Deus. Antigamente, sempre quando eles estavam com tempo livre, os quatro saiam, ou simplesmente espulsavam a gente de casa, alegando que era o momento dos adultos. Quero saber agora que eu sou adulta o que eles vão falar para me fazer sair. É gente, os vinte anos chegaram.
Observação: Não tenham pensamentos impuros com eles quatro, pelo amor de Deus. Me causa arrepios só de pensar essas coisa. Eww!
- Bem! Carol teve uma reação ontem à noite. - comento mordendo a banana que tinha pego em cima da mesa assim que entrei na cozinha.
- Reação boa ou ruim?
- Boa. - respondo de boca cheia. - Pelo menos foi o que a enfermeira disse.
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Batuco meus dedos no balcão da lanchonete do hospital impacientemente. Já havia passado no quarto de Carol antes de vim para cá, mas aproveitei que Rose estava conversando com o médico e corri até a lanchonete, para comprar um café.
Sim, eu vou tomar café às uma e dez da tarde! Você liga? Porque eu não!
- Boa tarde! Vou querer um cookie. - ouço alguém falar assim que para ao meu lado no balcão. - Ou melhor, me dê dois logo; para evitar a fadiga. - solto um riso ao ouvir isso. - O quê?
Me viro para ela, ainda sorrindo. A mesma me encara com uma cara confusa.
- Acho que pedir um cookie a mais não vai te ajudar a evitar a fadiga, sinto muito lhe avisar isso.
- Poxa. - diz desanpontada. Fingindo, óbvio. - Será que três resolve?
- Ainda não. - respondo ainda rindo. - Me chamo Dayane. - estendo minha mão.
- Elana. - pega minha mão, me comprimentando formalmente. - Prazer!
Elana tem cabelo loiro escuro, olhos castanhos escuros e pele... bronzeada? Não sei dizer ao certo, mas não é pálida e nem parda. Ou é parda? Eu não sei mais é de nada. Ela é bonita!
Já perceberam que depois do acidente eu só conheci meninas? E todas bonitas. Será que é Deus testando o quanto eu sou fiel à Carol?
- Obrigada! - agradeço a moça quando a mesma me entrega o café que havia pedido. Eu já tinha pago por ele, então não preciso me preocupar com isso. - Mas eai, está acompanhando alguém? - pergunto tentando puxar assunto.
O que é gente? Eu estava entediada ali, não iria fazer nenhum mal eu tentar puxar assunto. Ela parece ser legal. E eu não tinha nada melhor para perguntar, se ela está na lanchonete de um hospital e não dentro de alguma sala, altomaticamente ela não é paciente. Ou é e eu estou me precipitando.
- Estou sim! - responde. - Meu pai veio fazer alguns exames de rotina, para ver se está tudo em ordem sabe?
- Sei! - murmuro.
- E você? - pergunta. - Está acompanhando alguém?
- Na verdade, estou visitando minha namorada.
- Ah. - estrala a língua sorrindo. - Se não for intrometimento demais, o que ela tem?
- Coma. - bebo um gole de café.
O meu dá de dez a zero nesse aqui.
- Comer o que? - pergunta confusa. - Meus cookies ainda não chegaram!
- Não, coma. Ela está em coma!
- Uh... - murmura destorneada. - Coma, do tipo quando a pessoa dorme por tempo inderteminado?
- É, desse tipo ai.
- Ah... e ela vai ficar bem? - pergunta, e logo depois faz uma cara de quem fez merda. - Ai, merda. Desculpa, é que às vezes eu falo umas coisas inapropriadas. Merda, você ficou triste, ai meu Deus, desculpa, desculpa, desculpa... - se desespera.
- Calma, está tudo bem. - respondo a assegurando. - Ela vai ficar bem...
- Ok... obrigada. - agradece a moça, quando a mesma coloca os cookies em cima do balcão.
- Olha, eu tenho que ir. - digo me levantando sorrindo. - Foi um prazer.
- Igualmente, tchau. - sorri.
Aceno para ela em depedida e vou até a saida, que também é a entrada, da lanchonete.
Acho que ela se sentiu mal por ter falado aquilo e o fato de eu ter ido embora ajudou nisso, mas não me encomodou em nada. Okay, talvez um pouco, mas não tanto. Depois de tantas sesões com Evangeline, eu me desapeguei mais a isto, ao meu sentimento sobre Carol nesse estado. Falar dela já não é tão ruim, sabe? Não dói tanto como antes. Eu me apeguei ao fato de que ela está bem e que logo mais irá acordar.
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Ágape (2° Temporada)
Fanfic"Ágape significa amor, é uma palavra de origem grega. Ágape pode ser o amor que se doa, o amor incondicional, o amor que se entrega." ▪Segunda temporada! ▪Primeira temporada disponível no meu perfil! ▪️Capa feita pelo @projlibelula (no twitter)! Ini...