Point Of View Dayane
Flashback on:
Alguns meses atrás...
- Sabia que cada estrela visível no céu é maior e mais brilhante do que o Sol?
- O quê?
- As estrelas que a gente vê, como aquelas ali - aponta (N/A: vai criar verruga). - São maiores que o Sol.
- Isso é meio impossível de se acreditar! Já viu o tamanho do Sol? E acho que já ouvi em algum lugar que o Sol é a maior estrela que existe.
- É, já ouvi isso também. - coloca sua perna por cima da minha. - Mas estava lendo recentemente sobre e tinha uma matéria que dizia isso, que as estrelas são maiores que o Sol. A menos intensa entre as 50 mais brilhantes é a Alpha Centauri e, mesmo assim, ela é 1,5 vezes mais brilhante do que o Sol. Não sei se é realmente verdade, mas... - deixa no ar.
- Nossa. - murmuro e coloco a mão em sua coxa, ainda olhando para o céu estrelado. - E por que você estava pesquisando sobre estrelas?
- Não sei bem. - dá de ombros. - Não tinha nada para fazer, havia acabado de ler todos os meus livros, já havia estudado todos os assustos escolares, não tinha mais séries para assistir e... - a interrompo.
- Não tinha mais séries para assistir? Tem certeza disso?
- Não, não tenho certeza. Só estava com preguiça de pesquisar as novas. - sorri.
- Ai resolveu pesquisar sobre estrelas?
- Sim. - responde simplesmente.
- Nerd! - me viro para ela, que faz um bico. - Minha nerd gostosa!
Era por volta das sete horas da noite e eu e Carol estávamos na praia. Sim, estamos na praia à noite, tem coisa melhor? Até tem, só que é o que temos para hoje. Aqui está completamente vazio, é uma coisa normal dessa praia, visto que ela é a menos movimentada de Miami.
A gente está deitada na areia, sem nenhuma toalha ou canga por baixo. Estamos nos sujando toda de areia, mas nem ligamos. Metade do corpo de Carol está por cima do meu, então ela nem estava tão suja como eu.
- Só porquê eu sou curiosa sou nerd? - questiona.
- Não, é porque você é nerd mesmo! - a puxo mais para mim. Ela coloca sua cabeça em minha barriga, automaticamente minha mão vai para seu cabelo, dando inicio a um cafuné.
Eu não sei usar bem os adjetivos corretos para explicar como é bom ficar assim com ela. Bom não, maravilhoso. É relaxante, ajuda a desestressar. Como se não houvesse nada com que se preocupar, sendo que tem muito. Toda a pressão que a escola está colocando em cima de nós, nossos pais nos pressionando para escolhermos logo uma faculdade, visto que já estamos quase concluindo o ano, tudo isso estressa, muito. Eu até entendo nossos pais, o ano está acabando, no próximo já seria correto entrarmos em uma faculdade boa, eles só querem o melhor para nós. Só que, cara, deixa a gente pensar um pouco, é muita coisa de uma só vez!
Está sendo muito difícil sabe? Conciliar os momentos em família com a escola, os amigos e a namorada. É muito complicado! Quantas vezes eu já não quis gritar, mandar todo mundo ir se foder e correr para um lugar longe de tudo e todos? Apenas para ficar ponderando um pouco sobre tudo, sem escola tóxica e pais controladores.
Por isso, quando tenho a chance, sequestro a Carol para qualquer lugar que seja, contanto que a gente fique sozinha. Sei que falei que gosto de ficar sozinha, mas amo ficar com minha namorada, ela é como um calmante para mim, ao qual preciso de muitas doses. Quando conseguimos ter esses momentos eu aproveito, nós aproveitamos.
Ela com o riso frouxo dela, o jeito palhaça que encanta e me faz rir junto, mesmo que eu não goste quando ela me faz sorrir assim, pois meu sorriso não sai bonito. (N/A: quem pegou a referência pegou, quem não pegou vai ficar sem pegar) Eu amo o jeitinho dela! Eu amo ela!
Poderia até falar que a Carol nunca me estressou em todos esses meses de namoro, que tudo foi as mil maravilhas, mas estaria mentindo. Ela me estressou, e muito. Não somos muito de ficar brigando pelos cantos, são raras as vezes que discutimos, e quando o fazemos é por algum motivo bobo, como o ciúmes de ambas ou por eu ter pego a comida dela sem seu consentimento. Nunca passamos mais de um dia brigadas, na verdade, acho que nunca passamos mais de duas horas sem nos falar, sempre uma dá o braço a torcer e manda mensagem se desculpando para a outra.
Afinal, em um relacionamento sempre há esses momentos ruins, né?
- O que foi? - escuto Carol falar e volto a me concentrar nela. - Ficou calada do nada.- Estava só pensando em umas coisas. - beijo sua cabeça, já que está mais perto do que sua boca. Continuo fazendo o cafuné.
- Posso saber? - concordo.
- Em minha vida atualmente, nas nossas vidas atualmente. - me corrijo. - Em como tudo está tão corrido com as ultimas provas chegando, na pressão que estão colocando em nós por conta da faculdade, no nosso relacionamento. - suspiro. - Enfim, em tudo sabe?
- Nem me lembre. - se arruma em cima de mim de um jeito que dê para me olhar melhor. - Meus pais hoje mais cedo vieram de novo com o assunto faculdade. Eles querem que eu decida logo para não perder tempo, querem que eu seja como os meninos. - se refere aos irmãos, Renan e Rafael.
Ela fala pouco deles para mim. A única coisa que eu sei é que ambos já são formados, Renan é advogado e Rafael psicólogo. Se mudaram para Los Angeles assim que se formaram, trabalham por lá mesmo e moram juntos. Renan tem uma filha de 2 anos chamada Amélia, fruto do seu antigo relacionamento e Rafael é solteiro. Carol, pelo que percebo, sente muito a falta deles, os dois vem visitar a família apenas duas vezes ao ano, o que causa bastante tristeza e saudade na família Biazin. Eu ainda não os conheci, mas eles aparentam ser legais.
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Ágape (2° Temporada)
Fanfiction"Ágape significa amor, é uma palavra de origem grega. Ágape pode ser o amor que se doa, o amor incondicional, o amor que se entrega." ▪Segunda temporada! ▪Primeira temporada disponível no meu perfil! ▪️Capa feita pelo @projlibelula (no twitter)! Ini...