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Flashback on: (N/A: só pq não to com criatividade pra escrever o "reencontro" delas, sou sincera com vcs)

Point Of View Dayene

- Por que você tem que ser tão desastrada ein? - pergunto enquanto passo o pano úmido no joelho de Carol. - Parece criança!

- Eu ainda sou criança! - exclama emburrada. - Pelo menos minha mente é, me deixa ser feliz! Ai! - reclama da dor que sente quando aperto o pano contra a pele dela propossitalmente.

- Calada!

- Amoorr... - fala com a voz arrastada. - Sério que está com raiva por EU ter caido? - pergunta incrédula. Aperto o pano novamente. - VAI DEVAGAR AI, CARALHO.

- SE NÃO QUISER NÃO VOU, PORRA!

Vocês devem estar se perguntando: "que porra foi que aconteceu com essa louca?" Ou não né, vai que vocês nem liguem para a gente. Enfim, aconteceu que a Carol caiu; só isso.

Pareceu até que sou uma insensivel quando falei isso!

Nós estamos naquele lugar, o mesmo onde eu pedi ela em namoro. Carol estava andando em cima do pequeno muro, como ela sempre fazia, com os braços abertos e colocando um pé atrás do outro enquanto andava. Parecia uma criança, sorrindo alegremente com seus cachos ruivos soltos, que balançavam com o vento fresco que soprava ali.

Só que ai o sorriso acabou né, ela errou um passo e acabou caindo. Trágico! Graças a Deus que ela não caiu do lado oposto do muro, senão iriamos ter problemas.

Agora ela estava sentada no muro, enquanto eu passava um pano pequeno que sempre levava no carro no joelho dela. Havia molhado ele com água, para poder limpar melhor o lugar do ferimento.

Este lugar, que antes era apenas meu ponto de paz e calmaria, agora é nosso ponto de paz e calmaria. Vamos parar aqui todas as vezes quando queremos fugir do estresse da cidade.

Agradeço a Deus por ninguém mais saber da existencia disso aqui, e também pelo dono, se é que aqui tem dono, nunca ter vindo aqui brigar com a gente. Já pensou se do nada aparece um homem aqui obrigando a gente a parar de vim para cá por ser propriedade dele? Curuzes!

Nós somos muito ilegais, confesso!

- Você deveria cuidar melhor de mim, sabia? - fala fazendo bico. - Eu dou todo meu amor e carinho para você, faço cafuné no seu cabelo quase todos os dias, sem você ao menos pedir, te dou comida toda vez que vai lá em casa, ou seja, todo dia. Deixo você dormir do lado da parede sempre quando vai dormir comigo, tem coisa melhor que essa? - faz drama. - E você ai, querendo me deixar mais ferida do que já estou!

- Dormir do lado da parede? Isso lá é demonstração de amor e carinho?

- Claro que é, todos sabem que o lado da parede é o melhor lado para dormir! - me empurra. - Sai, estou de mal com você... Aiiii, DAYANE CARALHO. - grita quando aperto o pano de novo.

Confeço que estava fazendo de proposito.

- Okay, desculpe-me. - me afasto um pouco dela e observo seu joelho. Ele está vermelho e tem alguns arranhãos espalhados, nada para se preocupar.

Ela se levanta, pega a garrafa que eu trouxe com água, bebe um pouco do liquido e depois volta para o muro, sentando virada para o lado contrario. O lado que ficava de frente para a paisagem.

- Está brava por causa dessa besteira? - pergunto, tendo a confirmação quando ela pega o celular e me ignora completamente.

Solto uma risada.

Carol fica brava facilmente. Qualquer coisa que fazem com ela a deixa irritada, ainda mais quando está no meio do seu periodo menstrual, que é quando ela fica mais estressada do que o normal. Tipo agora.

Me aproximo dela, sentando-me ao seu lado no muro. Ela me olha, mas logo depois desvia o olhar para o celular de novo, o que eu acho engraçado, visto que o celular está desligado e ela não vê nada além do seu reflexo.

- Sabe, é uma pena que logo agora você tenha ficado "brava" comigo. - começo com meu jogo. - Estava com planos de irmos no Mc'Donals quando a gente fosse embora.

Ela me olha, desvia o olhar de novo, me olha e desvia novamente.

- Pelo o que eu me lembre, mais cedo você disse que estava com vontade de comer o Big Mc com milkshake e batata grita. - continuo. - É uma pena que não vamos mais, pois você não quer falar comigo.

- Isso é uma falta de respeito comigo, Dayane! - fala brava, me fazendo abrir um sorriso. - Jogo sujo!

Sabia que iria funcionar!

Saibam como subordinar sua garota!

- Não é jogo sujo, eu só queria que você desmanchasse o bico que estava fazendo.

- Não estava fazendo bico!

- Estava sim!

- NÃO ESTAVA!

- ESTAVA!

Parecemos duas crianças, confesso!

<■>

- Obrigada! - digo a atendente, assim que ela deixa nossos lanches sobre a mesa. - O que foi agora? - pergunto a Carol assim que a moça sai.

- Não gostei dela! - fala emburrada. O que não é surpresa, essa louca passou o dia quase todo assim!

- Por que, Caroline? - pergunto enquanto abro a embalagen do hamburger.

- Ela te olhou demais!

- Ela só veio entregar nosso lanche. - exclamo.

- Cala a boca, Dayane. Tenho certeza que você percebeu! Ela quase esfregou aqueles peitos siliconados em seu rosto. - o rosto dela já estava vermelho. Jesus Cristo, tem misericórdia de minha pessoa.

Confesso que eu não percebi mesmo. Eu sou lerda gente, já aceitei isso faz um tempo!

- Os seus são maiores que os dela!

Estou cutucando a onça com vara curta. Alguém me bate para que parar de fazer isso?

Melhor não, acho que Carol já vai fazer isso primeiro.

- Claro que são, olha o tamanho. - olho para os seios dela. São bem grandes... - Não olha, Dayane, para de ser safada!

- Mas foi você que mandou eu olhar...

- Eu falei na brincadeira, não precisava ter levado a serio! - cruza os braços a baixo dos peitos, fazendo-os crescerem mais ainda. - PARA DE OLHAR, MERDA! - arregalo os olhos quando ela grita.

Assim que ela percebe o que fez, abaixa a cabeça com o rosto completamente vermelho de vergonha. Algumas pessoas olham na direção da nossa mesa. Nem ligo, nunca viram ninguém gritar não? Eoem.



Ágape (2° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora