Capítulo Vinte e Dois

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Lili estava despertando quando percebeu que Cole não se estava na cama. Não conseguia acreditar que já era tão tarde. Nunca dormira até depois das 6h30... como o relógio podia estar marcando 10 horas?

Sentando-se na cama, ela olhou pela porta do quarto, que estava entreaberta, para a sala de estar da cobertura, onde podia ouvir Cole falando ao telefone.

— Não sei se posso fazer esse trabalho, Tommy. Tem certeza de que não há mais ninguém? — Em seguida ele falou, com um tom levemente resignado: — Claro, posso ir até aí hoje à tarde para algumas voltas de teste junto com a equipe.

Ela pegou um robe supermacio do armário e entrou na sala de estar bem a tempo de ouvir Cole soltar um palavrão enquanto largava o telefone sobre a mesa de café.

— Bom dia para você também — ela o provocou.

Cole estendeu o braço e a agarrou tão rapidamente que Lili se viu sentada em seu colo, com a boca colada à dele. Já deveria estar farta dele. Em vez disso, cada vez que o beijava, que o tocava, Lili percebia que queria mais.

— Eu tinha tantos planos para passar um domingo a sós com você — murmurou ele contra a boca de Lili quando finalmente a deixou tomar fôlego. — Meu amigo Tommy acabou de mandar tudo pelo ralo.

Lili teve que se esforçar — muito — para não mostrar sua própria decepção em relação a ele ter que ir embora agora. Não planejara passar qualquer parte do fim de semana com ele, mas, quando a noite de sexta- feira se transformara no sábado de manhã e repetira-se outra vez na noite de sábado, ela começara a se acostumar com a ideia de tê-lo por perto. O suficiente para que, pelo menos, um domingo juntos não a matasse.

Ela quase perguntou para onde ele teria que ir com tanta pressa, mas esse era o tipo de informação que uma namorada precisaria saber. Não uma parceira apenas para sexo, como ela.

Felizmente, Cole acabou contando.

— Tommy e meu pai foram grandes amigos. Meu pai me ensinou como se deve montar um motor, e Tommy me ensinou como colocá-lo em um carro e dirigi-lo rapidamente. — Cole falava enquanto depositava beijos suaves sob o queixo dela. — O médico não vai permitir que ele entre no carro desta vez, e ele precisa que alguém o substitua em uma corrida na segunda-feira de manhã. Tenho que ir até o sul da Califórnia hoje à tarde e dar algumas voltas de teste com a equipe.

É claro que ele sabia pilotar carros de corrida, pensou ela. Um homem como Cole não ficaria contente apenas em ser um magnata. Não seria suficiente o fato de ele poder aniquilar metade da população humana do planeta simplesmente olhando em sua direção. Precisaria do desafio de testar os limites dos carros velozes que construía, também. E ela tinha um pressentimento de que ele não tinha medo de se machucar, ou que esse tipo de medo não o intimidaria como acontecia com as outras pessoas.

Mas o fato de pensar em Cole embarcando em um carro de corridas e pilotando-o em alta velocidade fez seu coração palpitar. E se ele se machucasse? E se os últimos dias em sua companhia fossem os únicos que ela teria?

Se você fosse minha▪️ SprouseHart CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora