Capítulo Vinte e Um

2.5K 231 104
                                    


— Hora de ir para a cama.

Lili estava colocando as taças de vinho vazias em suas embalagens de plástico quando percebeu Cole a sua frente.

— Mas ainda falta fazer muita coisa.

— Os funcionários do restaurante que você contratou podem cuidar do resto. — Ele a segurou pelas mãos e a colocou de pé.

O calor nos olhos dele imediatamente a atraiu, e ela sabia que não havia mais como lutar contra o inevitável. Queria dormir com Cole outra vez, é claro, mas estava preocupada com a possibilidade de que se esqueceria de manter o relacionamento estritamente no nível sexual, mais do que já fizera na noite anterior. Depois da demonstração dele de desapego nessa noite, ela receava que seu coração fosse fazer algo imbecil.

Lili ficou surpresa quando ele a levou até os elevadores, conduzindo-a com aquela mão grande na altura da sua cintura. Ela era alta e raramente se sentia pequena ao lado de um homem, mas perto de Cole e de seus ombros largos — e seu ar de masculinidade autoconfiante — sentia-se incrivelmente delicada, feminina.

— Onde Ternurinha vai passar a noite?

— Junto com Atlas, na casa da sua assistente. Ela me disse que iria cuidar de Atlas e que ficaria feliz em cuidar de ambos.

Lili se virou para ele, surpresa, assim que a porta do elevador se abriu.

— As mulheres sempre fazem tudo que você quer? Ele fingiu observá-la com um olhar lascivo.

— Tudo o que eu quero, é? Ela revirou os olhos.

— Eu estava falando sobre outras mulheres, não sobre mim mesma.

Consigo perfeitamente resistir a você — mentiu ela, com um gesto floreado.

O sorriso de Cole indicava que ele sabia que aquilo não era verdade. Ele colocou o cartão na fechadura da suíte na cobertura do hotel.

— Você alugou a cobertura? — Além de lhe dar um carro incrivelmente caro há poucas horas? — Por acaso ficou louco?

— A maioria das mulheres não me dá qualquer coisa que eu queira, mas quase todas sabem quanto dinheiro eu tenho depois de cinco minutos de conversa. — Ele passou os dedos por entre os cabelos de Lili e a trouxe para mais perto. — Você é a primeira que não se importa com o meu dinheiro.

Ele tinha razão, ela não se importava. E talvez, se não estivesse tão cansada, teria pensado melhor antes de dizer:

— Você parece estar sempre brincando. Como é capaz de administrar uma empresa tão grande sem trabalhar o tempo inteiro, como todas as outras pessoas?

Como já era de se esperar, ele não ficou irritado com o que ela lhe dissera, ou pelo modo como dissera.

Se você fosse minha▪️ SprouseHart CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora