Emma acordou, abrindo os olhos lentamente. Olhou pra os lados, viu que estava num quarto de hospital. Seu corpo todo doía. Não conseguia lembrar de muita coisa... mas lembrava muito bem da noite passada. Deitou sua cabeça no travesseiro e começou a chorar.
A porta se abriu e Emma limpou as lágrimas rapidamente.
— olá senhora Furcken — disse um homem de jaleco — sou o Dr. Smith. Como está se sentindo?
— estranha — disse Emma, carrancuda. — quando posso ir embora?
— está muito apressada — o médico falou — temo que esperará alguns dias, precisa ficar em repouso. Não sei o que aconteceu, mas com certeza a senhora foi agredida. De acordo com os exames parece que foi chutada muitas vezes na região do útero. Emma congelou. — mas não tire conclusões precipitadas — o médico disse — tudo vai ficar bem.
Com isso, se retirou do quarto. Algumas horas depois Michael entrou no quarto como um furacão. — Minha rainha! — gritou Mich — ai meu deus o que aquele filho da puta fez com você? Eu vou matar aquele homem, eu vou! Você precisa denunciar ele! Ou se separar! Olha pra você meu deus, tem roxo por todo o corpo minha deusa.
— mich, chega por favor — Emma sussurrou. — só faça um favor pra mim. Vá até a minha casa, pegue todas as minhas coisas e leve pra sua casa. Pode ser?
— é pra já minha deusa! — disse Mich — vou agora mesmo pegar suas coisas, o quanto antes! — mich pegou a mão de Emma e beijou. Logo após saiu do quarto quase correndo. Emma sentia dor mas estava mais preocupada com sua aparência física. Estava com medo do que veria. Como iria esconder da mídia e de todos? Não iria denunciar Brad, isso tudo só se tornaria um circo. Quando saísse do hospital a primeira coisa que faria seria ir na sua casa, precisava olhar pra Brad no fundo dos olhos enquanto falava tudo o que estava guardado nela. Já era terça-feira. Ela viajaria no domingo, portanto, ainda tinha quatro dias pra consertar tudo. A jornalista Brenda deveria estar substituindo-a no jornal. Amanhã ligaria para Trevor, seria melhor Brenda substituí-la a partir de amanhã, não teria muita diferença já que substituiria Emma enquanto ela estivesse na Turquia. O dia passou rápido, Emma não soube diferenciar se já era outro dia. Acordou com o Dr. Smith chamando-a.
— você já está liberada, pode ir mas não faça coisas pesadas nas próximas semanas, por favor. Todas as despesas já foram pagas.
— quem pagou? — disse Emma — e quem me trouxe até aqui?
O homem exitou por um tempo, mas depois falou. — seu marido a trouxe aqui antes do amanhecer, ele estava machucado mas recusou atendimento. Esteve aqui quase agora, pagou tudo e deixou aquela bolsa para a senhora.
— ah... obrigada. — disse Emma.
— não tem de que. Cuide-se dona Emma. E pode deixar, o hospital manterá sigilo sobre tudo isso. — o medico virou-se e saiu do quarto.
Emma desceu da cama e foi em direção a bolsa. Havia roupas, calçado e a chave do seu carro também estava lá. Vestiu-se rapidamente. Saiu do quarto quase correndo e foi em direção ao estacionamento. Estava furiosa. Dirigiu rumo a sua casa. Chegando lá, entrou, subiu as escadas e entrou no quarto como um furacão. Encontrou Brad sentado na beira da cama, de cabeça baixa. Ela foi até ele e deu um tapa muito forte na face do homem, o mesmo não reagiu. Levantou-se e a olhou, seus olhos eram tristes e cheios de remorso. — eu sinto muito... — sussurrou. — eu...
— não diga nada! — Emma disse — nada do que você falar vai mudar a situação. Você me bateu. Seu filho da puta. Eu pensava que você era melhor Brad. Eu não consigo mais ver o que raios eu vi em você! — gritou — eu já fiz tudo o que pude, um belo dia você aparece, me trata de uma maneira linda, nós fazemos amor e até vemos filme juntos... e a noite você sai, chega bêbado e me espanca! Eu não fui feita pra isso Brad, você acha que eu vou passar o resto da minha vida assim? Sofrendo enquanto você fica por ai bebendo e transando com a primeira que aparece? Não! Eu sou muito melhor do que isso! — acalmou a voz — espero que Mich já tenha vindo aqui, vou pra casa dele, não vou denunciar você, isso seria ruim pra nós dois. Vou viajar domingo, um mês fora. Quando chegar, nós iremos acertar as contas.
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ℭ𝔬𝔪𝔭𝔩𝔢𝔱𝔞𝔪𝔢𝔫𝔱𝔢 𝖘𝖚𝖆 (LIVRO 1)
ChickLit"Emma Furcken era a melhor jornalista dos Estados Unidos, na mídia era aparentemente feliz, com um casamento de 3 anos muito próspero... Mas nem tudo é o que parece. O casamento por um fio, a dificuldade para engravidar, a mídia opressora e milhões...